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Os Arautos de Nimbral vestem distintos coletes
triangulares com enfeites em preto e branco,
sobre calções negros e botas altas.
Os coletes são idênticos a robes
negros, dominados em sua frente por um triângulo
eqüilátero - onde uma das pontas
fica no cinto e as outras duas se abrem, formando
amplos e impressionantes ombros. Este triângulo
lembra o símbolo sagrado de Leira, mas
nenhum Arauto ficará satisfeito em dizer
isto. Todo colete resiste magicamente à
mofo e sujeira, e têm poderes mais fortes,
iguais aos de um escudo alado. (Existem
evidências que os Lordes temporariamente
conferem magias adicionais em um colete para
que o usuário execute determinada tarefa).
O peitoral e as costas de um colete de Arauto
mostra o símbolo dos Lordes de Nimbral,
que também é o símbolo
do Reino: uma estrela de três pontas,
com uma apontando para baixo e outras duas a
um ângulo de quarenta e cinco graus para
cima e para esquerda e para cima e para direita.
No ponto mais abaixo está um peixe, com
a cabeça voltada para o centro do símbolo;
no ponto esquerdo está uma árvore
vigorosa cheia folhas;e no ponto direito está
uma mão esquerda de homem, dedos abertos,com
pequenas estrelas flutuando sobre o final de
cada dedo.
Doze Arautos estão estacionados nos portos:
os outros quatro (?) vagam pelo interior, exceto
quando substituem os Arautos fixos (geralmente
quando estes tiram seus nove dias de folga,
reclusos em seus chalés nas florestas,
que constroem e para onde eventualmente se recolhem).
Os Arautos podem ser conhecidos pelo seus primeiros
nomes pelos seus vizinhos, mas quando estão
a trabalho seus somente seus nomes oficiais.
Por ordem de antigüidade, os ocupantes
do cargo de Arautos são Fyrefelen (lotado
em Ormen);Ohndivur (Tethmor); Ramrath (Curstallyon);
Durlance (Nimsur);Mhanrued (Esdul); Lyaparce
(Bromtor); Skannajh (Rauthaven); Hoathal(Sombor);
Statharn (Nimith); Ultaunt (Vindal); Taerash
(Suthhaven);Thuldroun (Arevar); e os errantes:
Maunthar; Vorlmaer; Culree; e Honthallow (e
possivelmente mais). As origens dos nomes estão
perdidas na antigüidade, mas muitos acham
que foram apelidos de proeminentes líderes
dos viajantes que vieram à Nimbral à
muito tempo atrás (de Halruaa).
Todos os Arautos vivem com simplicidade, presumidamente
por recomendação dos Lordes. Eles
são encorajados a terem hobbies, alguns
dos quais considerados estranhos pelos estrangeiros
(coleção de crânios humanos,
por exemplo).Eles tendem a ser sérios,
de fala suave, firmes, sem serem arrogantes
ou intrometidos; Arautos que exibem estas características
tendem rapidamente a desaparecer.
Sendo um nimbranês, e como as coisas
ficaram desta maneira
Breves conflitos marcaram a queda da igreja
de Leira em Nimbral após o Tempo das
Perturbações, como o ocorrido
com os até então "todos poderosos"
Padres do Enganador, que foram dizimados ou
expulsos do reino pelos magos que haviam subjugado
por gerações (eles tinham trancafiado
os magos em seus laboratórios no enclave
protegido de Selpir, cujas torres da fortaleza
também levaram a loucura nimbraneses
por conta de suas constantes ilusões).
A vida em Nimbral antes da Perda de Leira tinha
duas faces: uma simples, com trabalho em pesca
e nas florestas, e uma outra, as intermináveis
"Ilusões do Sonho", praticada
por todos os nimbraneses entre si. Estas eram
jogos, sempre em constante mudança,de
falsidade e enganação repletos
de mentiras, atuações, ilusões,
disfarces e drogas alucinógenas adicionadas
à maioria das bebidas e pratos de comida.
Padres tinham o orgulho de serem os "Mestres
Tecedores de Sonhos"da manipulação,
fazendo com que os nimbrianos fizesse coisas
estranhas através de percepções
e crenças falsas. (tomar secretamente
o lugar de conjugue de uma pessoa, por exemplo,
era uma prática favorita do clero.) Nimbraneses
engajados com prazer neste jogo, procuravam
encobrir as falsidades e as tramas de outros
espalhando suas próprias farsas, pequenas
e grandes.
Desde a Queda, os sempre reclusos Lordes conseguiram
causar uma mudança nos nimbraneses em
relação a este desperdício
de vida e de manipulações sem
propósito, transformando o amor pela
invenção e espetáculo em
interesse na arte de contar histórias
e na de criar falsas impressões com decoração
(um exemplo é um tipo de pintura conhecida
no nosso mundo real como "trompe lóeil",
que os nimbraneses aplicam nas superfícies
em suas casas e em seus habituais mantos, dando-lhes
de um lado a face de animais e do outro, uma
quase perfeita camuflagem)
Os nimbraneses de hoje retiram exaltação
e prazer em suas vidas das coisas belas, das
histórias habilmente contadas e das extasiantes
músicas, e do amor e das pessoas amistosas,
ativas e espirituosas. Moda e culinária
inventivas são encorajadas, mas extremos
ridículos em ambos os casos geram momentos
em que se dão gargalhadas e estas idéias
exageradas são postas de lado em favor
de outras mais práticas, que devem ser
executadas. Ditados locais dizem: "Uma
vida perdida em sonhos é uma vida desperdiçada"
e "Tempo gasto em enganações
seria melhor gasto em realizações."
Descubra mais sobre os Cavaleiros de Nimbral
no próximo artigo.

Sobre o Autor
Ed Greenwood é o homem que lançou os Reinos
Esquecidos em um mundo que não os esperava.
Ele trabalha em bibliotecas, escreve fantasia,
ficção científica, terror, mistério e até estórias
de romance (às vezes coloca tudo isto em um
mesmo livro), mas está ainda mais feliz escrevendo
Conhecimento dos Reinos, Conhecimento dos Reinos
e mais Conhecimento dos Reinos. Ainda existem
alguns quartos em sua casa com espaço para empilhar
seus escritos.
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