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O adeus definitivo para Eleannor

Descrita por Ricardo Iglesias,
baseado no jogo mestrado por Marcelo Piropo


Personagens da aventura:

Os Humanos: Magnus de Helm; Laurin de Waukeen, Ragnar. Os Elfos: Elder Villayette Elkendor; Eleannor Elkendor; Kariel Elkendor; Feargal Rahl. Os Halflings: Bingo e Owni. Participação Especial: Bruenor Martelo de Batalha e Regis.


O adeus definitivo para Eleannor

Suspeitas

      Após demonstrar suas preocupações em uma conversa franca com Pedwinkel, Villayette não se convencera das verdadeiras intenções do misterioso mago, afinal ele não respondera suas perguntas, apenas se esquivara delas.  Então, Pedwinkel continuou.

      "Estou satisfeito com seus serviços e tenho confiança em vocês.  Morienus era um mago benévolo, mas enlouqueceu e criou coisas terríveis."

      "Eu não confio em bruxos.  Todos eles são malignos", disse Ragnar para Villayette e Kariel.  O tempo esfria e com a chegada da noite decidem parar e os irmãos Dell e Raff saem em busca de um abrigo e lenha.  Retornam mais tarde com a noticia de que haviam encontrado uma caverna rasa onde poderiam descansar.  Na caverna Villayette retira sua armadura e começa a cuidar de seus ferimentos e sua esposa o ajuda.  Magnus vendo o estado bastante debilitado de Pedwinkel tenta curá-lo com seus poderes divinos, mas não consegue, deixando o paladino de Helm desconfiado. Pedwinkel vendo a desconfiança também dos demais diz:
      "Não tenho crença nos deuses meu jovem.  Por isso seu encanto não irá me ajudar."  Magnus então parte para curar seu companheiro elfo.  Laurin prepara uma poção e dá para Pedwinkel beber.

      Eles se preparam para dormir e Kariel, que pode ficar dias sem descansar, deita-se para não chamar a atenção e nem atiçar ainda mais os bárbaros, enquanto Dell fica de guarda.  A noite foi se aprofundando quando uma sombra escurece o luar, e um vento repentino apaga a fogueira, e então um grito de desesperado horror e dor fez com que todos levantassem sobressaltados e com as espadas em punho.  Após olharem o lugar, encontram o corpo de Dell completamente inerte e desidratado, como se toda sua essência vital e seu sangue tivessem sidos sugados.  Eles olham ao redor mas não conseguem ver nada.  O amanhecer se aproxima e então Pedwinkel diz ao demais.

      "Forças demoníacas estão agindo neste lugar, devemos nos apressar, não toquem no corpo deste bárbaro."  E em seguida convida Laurin e entra na sua carruagem.

      Enquanto se preparavam para partir, Magnus se aproximou de Villayette e perguntou-lhe.
      "Villayette, porque conversou aquilo com Pedwinkel ontem à noite? Porque revelou nossas desconfianças?"
      "Magnus, achei correto fazê-lo pois ele tem o direito de saber o que pensamos, desta forma se ele não quiser que procuremos o tal diário ele diga, mas não devemos enganá-lo, isso seria errado.", disse o elfo.
      "Direito de saber? Nós é que temos o direito de revelar nossas opiniões ou não." Contestou o paladino.
      "Nós não confiamos neste mago.  Elder acredita que ele nos esconde algo e eu também desconfio dele.", continuou Kariel.
      "Villayette... Há um assunto que me incomoda desde que retornamos do Abismo.  Lá, naquele inferno, você não se importou em salvar os pequenos, somente os elfos.  Por acaso você é racista? Só se preocupa com os da sua raça?", continuou Magnus, deixando Villayette surpreso, não esperava ser inquirido sobre aquilo. Então, ele respondeu.
      "Não, Magnus.  Eu não sou racista.  Realmente me preocupo com meu povo.  Nós somos poucos nesta terra e os humanos não se importam conosco.  Nos aprisionam, matam para fazer suas poções, para ter amuletos.  Isso me deixa preocupado, e às vezes irritado, mas não sou racista.  Perdoe-me pois não tive a intenção de ofender-lhe ao resgatar meu povo daquele lugar, desculpe-me se agi mal."
      "Saiba que eu salvei os outros elfos que estavam presos.  Acredito que vocês poderiam ter salvo um de cada.  Não se preocupando somente com os elfos.", continuou Magnus.
      "Agradeço por tê-los salvo e peço novamente desculpas por não ajudá-lo a resgatar os pequenos."

      Ragnar e Raff conversavam com Feargal enquanto Laurin se encontrava com Pedwinkel na carruagem.  Lá dentro o mago disse a sacerdotisa de Waukeen:
      "Agradeço por ter preparado aquela poção.  Estou bem melhor, graças a você.. Na minha idade uma simples gripe é muito perigosa.  Eu só lamento não ser jovem para poder usufruir de uma vida contigo.  Também desconfia de mim como seus amigos? Mas por favor se você confia não deixe que seus amigos destruam o livro."
      "Não penso em destruir o livro, mas porque me tem tanta confiança?", pergunta Laurin.
      "Eu abri a porta de minha carruagem e vi um grande futuro para nós.  Eu como um grande Barão e você como uma sacerdotisa coberta de ouro na cidade de Amn.", continuou Pedwinkel.

      Do lado de fora, Feargal e Ragnar desconfiam de Pedwinkel e comentam:
      "Eu acho que esse Pedwinkel é uma criatura das trevas.  Algo como um vampiro.  Vejam que ele nunca sai durante o dia. Nós só o vemos à noite ou quando não há sol.", disse Feargal.
      "Realmente isso é muito estranho.  Iremos observá-lo daqui em diante.", falou Kariel.
      Laurin que saíra da carruagem é abordada por Feargal e por Kariel que contam suas suspeitas.  Após explicarem seus motivos, Kariel pede a sacerdotisa:
      "Laurin tome cuidado.  Não sabemos se ele é ou não uma criatura perversa, mas pedimos que você observe-o."  Laurin ouve pacientemente seus companheiros e então retorna para a carruagem.

      Pedwinkel ao vê-la pergunta.
      "Quais as desconfianças de seus amigos em relação a minha pessoa? Por favor não duvide de minha palavra e defenda-me dos que pensam mal.  Deve sentir que não sou o mal que eles imaginam."

      Feargal e os bárbaros batem à porta de Pedwinkel e gritam.
      "Velho! vamos saia desta carroça.  Deixe-nos vê-lo! Venha cá para fora." Dentro da carroça Laurin concorda com os demais.
      "Sim, você deve sair. Será mais saudável andar ao sol do que ficar aqui dentro trancado."

      Pedwinkel sai da carruagem e então após um curto período retorna para dentro.  Enquanto ele saía, Kariel tenta detectar alguma magia que proteja o mago mas não detecta a ação de nenhum encantamento, porém diversos itens mágicos estão presentes no corpo dele.  Ragnar depois que viu o mago sair olha para os demais e diz.
      "Bem, ele saiu.  Então vou confiar nele, pelo menos por enquanto."
      "Feargal, este teste pode ter sido inútil. - fala Kariel - Detectei alguns itens mágicos nele e um deles poderia muito bem tê-lo protegido."
      "O homem saiu, e eu não confio neste elfo.  Acho que ele é mais perigoso do que Pedwinkel.  Eu estarei pronto para cortar-lhe a cabeça fora se lançar algum sortilégio maligno.", sentencia Ragnar.

A Jovem fugitiva

      Após um tempo eles finalmente chegam a toca de Regis em Bosque Encantado.  O próprio atende à porta e os convida a entrar e a participarem do jantar que ele faria em homenagem a um grande amigo que partiria em uma viagem.  Eles entram e contam sobre a conversa com o Xamã Kinuk.  Então Regis conta a eles a história do derretimento atribuindo-o à fúria de Uthgar, deus dos bárbaros do Norte, e que aquilo deveria ter causado o afundamento da Torre.

      "Eu sei onde está essa árvore, mas porque você a procura?", pergunta Regis a Pedwinkel.
      "Bem isso é um segredo, mas saiba que é por uma boa causa.", disse Pedwinkel.

      Enquanto eles conversavam alguém bate a porta e Regis vai atender.  O anão Martelo de Batalha entra na casa.  O banquete começa e após algum tempo alguém mais bate à porta.  O anão levanta-se e vai atendê-la.  Era a jovem Dorothy que aparecera à procura de Vanka, que ao vê-la levantou-se dizendo.
      "Dorothy, o que você esta fazendo aqui?"
      "Eu fugi de casa. Meu pai queria me casar com o filho do prefeito.", respondeu a jovem.

      Após terminarem o banquete, enquanto todos se preparavam para partir, Raff dirigiu-se a Ragnar e falou.
      "Eu acho que o elfo me enfeitiçou.  Esta manhã minha perna ficou dormente."
      "Confio no velho.  Vamos falar com ele sobre isto.", disse Ragnar.  Então os dois seguiram até Pedwinkel para conversar.
      "Quando pedimos para você sair da carruagem, o elfo disse que você estava usando vários itens mágicos que poderiam protegê-lo, mas nós desconfiamos dele.  Eu acho que ele lançou um sortilégio em minha perna que está dormente.", especulou Raff.
      "Minha perna também está dormente.", completou Ragnar.
      "Bobagem, não se preocupem, isso tudo deve ser fantasia da cabeça de vocês.", disse Pedwinkel.

      Martelo de Batalha resolve levar Dorothy e Vanka de volta à Targos.  Feargal e Laurin reinteram seus oferecimentos de ajuda mas o anão aconselha, dizendo em seguida: "Se ele quer viver com esta jovem ele deve agir como um homem, e deve conseguir ganhar seu dinheiro sozinho, e somente após se tornar um homem ele retornará e enfrentará Kalas."

      Regis aproxima-se e entrega um pergaminho.
      "Este pergaminho indica o lugar do Carvalho Gigante."

A torre desaparecida

      Eles se despedem de Regis.  Owni decide ficar e os demais partem.  Quatro dias depois eles chegam à borda de uma floresta.  Pedwinkel entrega um baú a Feargal e outro a Raff.  Adentram na floresta e caminham até o grande carvalho que se dividia em dois gigantescos galhos, um deles estava partido e outro tocava o solo.  Raff retira do baú algumas pás e Villayette, Feargal e Ragnar o ajudam a cavar.  Repentinamente o solo cede e eles caem, mas Pedwinkel os faz levitar.
      "Chegamos!" disse ele pedindo em seguida "As cordas... amarrem e desçam, ficarei aqui esperando."

      Eles descem um por vez e antes que Laurin desça Pedwinkel a recorda.
      "Lembre-se do que eu lhe pedi.  Não deixe que eles destruam o diário."
      Ela desce após ouvir o pedido do mago.  Lá embaixo a caverna se dividia em duas direções, uma delas levava até uma construção com uma imensa torre e a outra a um corredor de pedra e ele à uma passagem selada por uma porta.  Magnus vai até a porta da torre e ao se aproximar Kariel o impede de entrar.
      "Magnus, vamos verificar o que há no outro corredor primeiro.  Não sabemos o que há lá e não quero ser pego de surpresa pelas costas." O paladino concorda e eles seguem até a passagem. Ao fim do corredor, vêem a porta coberta de runas e então Magnus pergunta a Villayette: "Você pode ler estas runas?"
      Após alguns segundos o elfo respondeu com o semblante preocupado.
      "Estas runas trazem o dizeres, "Receptáculo do Mal", respondeu o elfo.  Kariel detecta um encantamento de selar e Laurin detecta o mal.  Decidem que devem primeiro concentrarem-se em sua missão, antes de enfrentar qualquer perigo desconhecido e que o que quer que esteja atrás daquela porta, está selado e não se soltará sem provocação.  Voltam até a torre e aproximam-se de sua porta.  Magnus a abre e eles percorrem um corredor negro até chegarem em uma escada.  Ao subir chegam a um salão circular e empoeirado, apresentando pedaços de pedras e madeira espalhados.  Feargal encontra uma mandala desenhada no chão e então, do meio desta sala, um demônio balor surge ameaçando-os, mas tudo não passava de uma ilusão.  Eles a ignoram e seguem andando e após chegarem a uma nova porta ao abri-la e adentrar no novo cômodo são cercados no meio do salão por um pequeno exército de esqueletos.

      Magnus erque sua espada ao alto e invocado o nome de Helm afasta alguns esqueletos com o poder de sua divindade, enquanto Feargal e Villayette distribuíam os primeiros golpes.  Kariel lança um encantamento e de suas mãos um leque de chamas atinge alguns esqueletos. Raff, Ragnar e Feargal no calor da batalha ficam em fúria.  Eleannor ataca e Bingo empunha sua espada, trocando golpes contra os esqueletos.  Laurin tenta, invocando o nome de Waukeen, afastar os esqueletos e consegue, diminuindo o número de inimigos.  Kariel usa um encantamento ao lado de Raff e o bárbaro pensa que fora ele o alvo e o ataca, sendo seguido por Ragnar.  Villayette percebendo a desvantagem de Kariel, agarra um de seus oponentes mortos-vivos e o joga sobre os bárbaros.  Kariel ativa o seu elmo e fica invisível, fugindo de seus atacantes.  Dell e Ragnar partem agora para atacar Villayette, que corria para ajudar sua esposa e Laurin.  Magnus dá poderosos golpes com sua espada e com uma maça num dos esqueletos.  Feargal desmontava seus oponentes e até mesmo o pequeno Bingo acertava seus golpes.  Raff acerta Villayette pelas costas, mas o elfo ignora os ataques do bárbaro.  Ragnar preparava para atacá-lo quando Kariel o paralisa com um encantamento.  Feargal vendo os bárbaros atacando seu companheiro grita.

      "Idiotas! Nossos inimigos são os esqueletos, não Villayette ou Kariel."  Mas Raff não pára seus ataques e diz para Feargal: "Você está enfeitiçado por aquele elfo."  E então desfere um novo ataque em Villayette.  Magnus derrotara seus oponentes e partira para os restantes que lutavam contra Laurin e Eleannor e após vê-los destruídos, Villayette volta-se pra Raff com sua espada em punho.
      "Porque me atacou pelas costas? O que fiz para que me atacasse?"
      "Você e aquele outro estão manipulando todo mundo", respondeu o bárbaro, preparando-se para atacar, mas Feargal os impede.
      "Parem com isso vocês três.  Não devemos lutar contra nossos companheiros.  Nossos inimigos são os esqueletos."
      "Porque atacaram Kariel?", perguntou Villayette.
      "Ele tentou lançar um encantamento em mim.", disse Raff.
      "Eu ataquei o esqueleto ao seu lado, bárbaro.", defendeu-se Kariel.
      "Mentira! Você queria me atacar.", continuou Raff.
      "Parem com isso, eu conheço Kariel e ele não iria atacá-lo.  Acalme-se e desista disto.", gritou Feargal.
      "Se ele usar algum sortilégio perto de mim e não me avisar, eu o mato."
      "Da próxima vez que levantarem uma arma para mim eu os atacarei e dêem graças aos deuses que não o fiz hoje.", respondeu Villayette embainhando a sua espada.

      Kariel desfaz o encantamento que prendia Ragnar e Laurin distribui quatro poções que Pedwinkel a dera para os mais feridos.  Então Villayette, Eleannor e Raff bebem.  Kariel pede para ficar com a última guardando-a.  Eles prosseguem e sobem outro vão de escadas para o próximo nível da torre.  Lá em cima o novo salão era um templo e encostado na parede oposta havia uma estátua.  O cômodo tinha um odor fétido, e sete seres encapuzados estavam nele.  Uma das criaturas olhando para os aventureiros disse.
      "Curvem-se diante do Deus Mirkul!" Ragnar correu em direção ao sacerdote do antigo e decaído deus da Morte com seu machado em punho e Magnus adianta-se falando ao servo do mal.
      "Não me curvarei perante estátuas de deuses do mal, ainda mais diante de deuses mortos."  Feargal e Raff lançam um dos bancos do templo sobre dois dos encapuzados esmagando-os.  Villayette corre e ataca um deles sendo seguido por Eleannor.  A batalha é rápida, os oponentes são derrotados e o sacerdote de Mirkul foge.  Ragnar derruba a estátua do deus decaído despedaçando-a.  Eles seguem adiante e encontram uma imensa porta dupla vermelha.  Ragnar tenta derrubá-la com seu machado mas não consegue e antes que ele desse sua segunda machadada a porta se abre sozinha, revelando uma espécie de biblioteca.  Do outro lado em um trono, um homem lia um livro e após todos entrarem no aposento ele perguntou:

      "Quem são vocês e o que querem aqui?"
      "Nós estamos atrás da fórmula de uma poção que pode evitar a morte por doenças.", disse Magnus ao homem.
      "Tal poção não existe.  Mas me digam quem são vocês e quem os falou sobre a localização deste lugar."
      "Um mago nos trouxe até aqui.  Seu nome é Pedwinkel.  Não sabemos como ele soube a localização.", continuou Ragnar que andava em direção ao homem.
      "Somente uma pessoa conhecia a localização de minha torre e essa pessoa era Kinuk.  Digam onde está Kinuk.  Ele ainda vive?"

      Ragnar se aproxima e vê o rosto encovado, quase cadavérico do humano.  A pele ressecada e poerenta e olhos escuros.  Seu primeiro pensamento era eliminar aquela abominação.  Então o ataca, mas sua investida é repelida por uma barreira mágica.  Damien Morienus, com um gesto invoca seis guerreiros esqueletos e uma nova batalha se inicia.  Villayette e Eleannor atacam o primeiro, Magnus pega um dos mortos-vivos e Feargal outro.  Kariel observa atentamente o mago, tenta descobrir alguma fraqueza.  Ragnar não conseguindo atingir o mago, dirige-se para um os esqueletos.  Morienus conjura uma névoa venenosa e as portas se fecham prendendo-os naquele lugar.  Kariel tenta dissipar sem sucesso a névoa e após sua falha ele se aproxima do ser das trevas.  Valendo de sua imunidade a certos encantos (presente da deusa da Magia) Kariel põe sua mão através da barreira mágica erguida pelo mago e nada sofre.  Sua interferência causa a falência do encanto que desaparece.  O Dileto de Mystra ainda lança sobre o surpreso lich um relâmpago mágico.  Este aponta seu dedo e lança um encantamento mortal em Kariel.

      "Desintegre!", gritou o mago, mas o elfo rejeita o feitiço também devido à sua condição de "Escolhido".  O combate se seguia: Villayette e Eleannor derrotaram o primeiro esqueleto e então se dirigiram para outro.  A nuvem venenosa começara a enfraquecê-los, quando Morienus fez explodir no meio do grupo uma bola de fogo.  Magnus e Eleannor tombam, Villayette ao ver a esposa morrer parte desesperadamente para cima de Morienus, ignorando o esqueleto a sua frente.  Ele ataca o mago com uma fúria insana e acerta dois golpes.  Feargal também vai para cima do mago, mas incrivelmente tem seus golpes defendidos.  Kariel dá poção de cura que guardara à Magnus.  Laurin, Raff aguardam e Bingo tenta abrir a porta.  Morienus utiliza um encantamento em Villayette e o elfo fica impossibilitado de atingir o mago.  Bingo finalmente abre a porta e grita para Magnus.
      "Magnus! Venha, saia daí! Não morra! Vamos, saia!"  Mas o paladino queria retirar seus amigos daquela armadilha.

"Kinuk ainda vive? Se me disserem eu os deixo recolher os seus restos e sair daqui vivos." disse Morienus e vendo que de nada adiantara suas palavras, lança uma nova bola de fogo, desta vez Ragnar tomba.  Restam Feargal, Villayette, Kariel e o Paladino.  Magnus aproxima-se de Villayette e com uma das dádivas de Helm libera o corpo do amigo das toxinas da névoa.  O sacerdote de Mirkull reaparece e Feargal o mata deixando Morienus irado.  Ele lança outro encantamento e os corpos de Eleannor e Ragnar se levantam e atacam seus companheiros.  Villayette bastante debilitado pela névoa e pela dor da morte de sua esposa, cai derrotado.  Feargal tomba em seguida.

      "Kinuk ainda vive? Se me disserem eu deixo vocês partirem." Insistiu Morienus.
      "Não diremos onde está o xamã." Resigna-se Magnus.
      "Não importa mais.  Já sei então que ele vive. Ele irá morrer.  Retire seus restos daqui e desapareçam."
      Morienus desfaz o encantamento que controlava Eleannor e Ragnar, portanto Magnus e Kariel recolhem os seus amigos caídos.  Ao saírem do aposento a porta se fecha e a comitiva derrotada se afasta.  Ao chegar no salão com a mandala, o demônio, agora real, novamente aparece e conta-lhes a história de Damien Morienus e o verdadeiro objetivo de Pedwinkel: ele não queria fórmula para curar mas sim para tornar-se um lich, uma criatura morta-viva.

      Villayette e Feargal.  Seus corpos jaziam inertes e suas respirações mal eram sentidas.  Ambos à beira da morte.  Derrotados, eles caminhavam para sair da torre de Morienus, levando os corpos dos mortos e arrastando os feridos.  Um triste desfecho para a brava Comitiva.  Entre os mortos estavam o bárbaro Ragnar e a esposa do elfo Villayette, a bela Eleannor.  Após saírem da torre eles viram que onde antes havia apenas uma abertura outra ainda fumegante podia ser notada.  Fora por ali que o demônio aprisionado pelo mago lich passara.  Magnus, Laurin, Kariel, Bingo e Raff subiram levando seus companheiros e lá em cima o Dileto de Mystra, Kariel, transferiu magicamente um pouco de sua energia vital para seu tio.  Villayette, decepcionado com seus companheiros nada disse naquele momento.  Ele preferia ter morrido com sua amada esposa a ter que viver o resto de sua longa vida sem ela.       Levantou-se sem agradecer e caminhou e direção a carruagem de Pedwinkel.  Logo atrás de Magnus que andava rapidamente.  Raff e Kariel seguiram os dois e quando eles chegaram o mago os aguardava.

A Revolta da Comitiva

      Magnus preparou-se para atacá-lo, mas Raff o bárbaro o segurou, deixando o paladino furioso.
      "Não ataque o velho, ele não tem culpa.  É apenas um velho!" Disse Raff para o furioso Magnus.
      "Me solte.  Eu vou matar este miserável!" Replicou Magnus, tentando se libertar dos braços de Raff.  Magnus irado agride o bárbaro, que entra em fúria e ambos rolam pelo chão trocando socos.
      Villayette pondo a mão no cabo de sua espada andou lentamente até Pedwinkel que calmamente disse.
      "Meus paizinhos.  Vocês neste estado não teriam como me atacar.  Eu não tenho culpa do que aconteceu com vocês.  A culpa sim é do necromante Morienus.  Ele é o culpado pela perda de vocês."
      "Você é tão culpado quanto ele.  Não nos avisou sobre o que iríamos encontrar e mentiu sobre o que buscava, mostrou que eu estava certo em minhas suspeitas.  Não sabe nada sobre minha perda, eu perdi muito mais do que você possa imaginar." Disse Villayette irado e então continuou; "Mas você vai nos ajudar a contornar a situação.  Por sua causa libertamos uma criatura infernal, e colocamos em risco o velho xamã.  Você terá que nos ajudar a destruir a criatura."
      "Bem...eu não os contei sobre o que procurava, pois sabia que ninguém iria me ajudar a encontrar o diário com a fórmula do lich.  Todos pensam que somente pessoas malignas utilizam o dom do lich.  Eu o quero apenas para manter-me vivo e depois que conseguir me retirarei e viverei minha vida recluso estudando.  Quanto a Morienus, nem mesmo eu sabia que ele ainda estava vivo.  Se soubesse teria preparado melhor meus guerreiros.  Eu pude assistir a batalha de vocês contra ele pelos olhos de Laurin e estou disposto a fazer um acordo.  Eu os curarei e o ajudarei a deter o demônio e depois cuidaremos de Morienus.  Desistam de me atacar e façamos uma aliança." Disse Pedwinkel.

      "É certo que não deve haver um combate entre nós.  Realmente não estamos em condições, mas também não devemos fazer nenhum acordo com um traidor como você.  Tanto você como Morienus serão alvo de nossa vingança." Terminou Kariel.
      "Pensem bem.  Seu amigo morrerá se não aceitarem minha ajuda.  Parem com isso e deteremos o demônio.  Depois que vocês se vingarem de Morienus, nós veremos como isto termina." Sem alternativas, Kariel e Villa, mesmo não confiando no mago, aceitam relutantes o acordo.  Era primordial salvar o velho xamã e evitar que o demônio derretesse novamente o gelo.  A vingança contra Morienus e Pedwinkel viria depois.

      Magnus esmurrava e era esmurrado por Raff.  Os dois rolavam na neve como duas crianças.  Villayette e Kariel observavam indiferentes a luta.  Esperavam que um deles finalmente caísse em si.  Magnus saca a Chama do Norte e prepara-se para atacar Raff.  Villayette querendo que tudo acabasse logo se interpõe entre os dois dizendo.
      "Parem com isso.  Se querem matar alguém me matem, mas parem com isso agora."
      Raff tenta golpeá-lo, mas Pedwinkel erguera uma barreira de energia entre eles, e após solícitos pedidos de Villayette, Kariel e de Pedwinkel finalmente se acalma.  Magnus inconformado aponta sua espada para o mago perguntando em seguida.
      "Me dê um bom motivo para eu não matá-lo, mentiroso mago das trevas?"
      "Nós faremos um acordo.  Eu irei curá-los e ajudarei vocês a eliminar o demônio." Falou Pedwinkel.  Magnus se aproxima e dá um soco na cara do mago, mas para espanto dele e de Raff a mão do paladino atravessa o rosto do mago.  Pedwinkel dá quatro poções para Villayette que distribui.  Villa toma uma e dá uma a Raff que a guarda.  Laurin recebe uma para dar a Feargal.  Depois se aproxima de Magnus e ao tentar dá o frasco ao paladino, ele revolta-se.

      "Não vou tomar este veneno."
      "Magnus, meu amigo..." "Villayette.  Eu não tenho orelhas pontudas para você se preocupar comigo.  Quantas vezes isso vai se repetir.  Por acaso você esqueceu de Cyric?" Lembrava o paladino a aliança malfadada com o decaído deus da Mentira, durante a Crise da Orbe de Ogor.
      "Não, não me esqueci de Cyric, e minha vingança contra Pedwinkel se dará no momento certo.  Primeiro nós temos que impedir que o velho xamã Kinuk seja encontrado pelo demônio e encontrar uma forma de destruir a criatura.  Depois ainda preciso vingar-me de Morienus.  Minha vingança contra Pedwinkel será paga na mesma moeda.  Ele retirou de mim o que eu mais queria neste mundo e eu vou retirar dele o que ele mais quer.  Vou destruir o diário em sua frente."  Magnus revoltado nada diz e quando Feargal recupera-se e corre para atacar Pedwinkel, mas Kariel o impede, contando sobre os acontecimentos.

Um adeus para um grande amor

      Após a conversa com Magnus, Villayette foi até o corpo de sua esposa.  Cavou em silêncio, enquanto as lágrimas caiam e congelavam na neve.  Após terminar, voltou-se para o corpo de sua esposa.  O cobriu com seu manto e com cuidado, ajeitou-lhe os cabelos, ou o que restara dele.  Suas pernas dormentes pelo contato com a neve não o incomodavam, mas a dor que sentia sim.  Enrolou lentamente ataduras no corpo da esposa e enquanto preparava sua amada para o seu descanso, rezava ao pai de todos os Elfos.

      "Ó grande Pai Corellon, pai dos elfos nesta terra.  Mantenha esta que foi sua filha perto de você.  Esta que foi amada e que amou, esta a quem devotei minha vida e minha juventude, a quem dedicaria o resto de minha longa vida.  Retire minha felicidade se preciso e dê a ela, mantenha-na aquecida, viva, diante de vossa presença.  Mas Pai, por que não me levou e a deixou viver? Não tenho mais nada neste mundo.  Tudo que eu tinha, minha felicidade, meu amor, minha compaixão, morreram com ela.  Preparo-me para um dia reencontrá-la e permita meu pai, que esse dia chegue rápido.  Não deixe que minha dor aumente e que contagie meus amigos.  A partir deste dia estou só.  Minha casa não mais me acolhe, não serei mais aceito.  Tudo que consegui levar a eles foi desgraça, dor e sofrimento.  Todos que confiavam em mim ficaram desiludidos.  Fui motivo de desgosto para meus pais, meu irmão, até mesmo para meus filhos.  Serei odiado por eles e não tenho um ombro pra chorar.  Por que levou minha amada, a única que se importava comigo.  Porque me condenou a solidão? Perdoe-me ó grande pai, se eu o acuso, não é meu desejo culpar-lhe por meus erros, minha ignorância.  Permita meu pai, que eu seja um instrumento de vingança contra aqueles que causaram a morte dela.  Faça com que a chama guerreira me invada e que eu exploda em fúria contra meus inimigos, mas peço-lhe que interceda diante de Kelemvor para que ela fique ao seu lado me esperando.  Diga a ela que eu estarei em breve ao seu lado, que eu irei procurá-la em cada batalha que eu participar, mas que não serei fútil e que minha morte não será em vão.  Não o desonrarei, grande pai desistindo de minha vida, mas não quero definhar pela tristeza, nem pela saudade que sinto e quando eu me for eu imploro que me deixe ficar ao lado dela para que eu possa finalmente passar minha eternidade feliz."

      Ao fim de suas palavras Villayette, olhou novamente para sua amada, retirou o colar que ela trazia ao pescoço e retirou o seu próprio trocando pelo dela, aproximou seus lábios do dela e deu-lhe um último beijo, apaixonado, triste.  Suas lágrimas tocaram a face queimada, e fria.  Ele deitou-se ao seu lado e abraçou-a ignorando o frio.  Ficou lá alguns minutos em silêncio.  Quando chegou o momento de sepultá-la hesitou: pôs a mão sobre a face gélida de Eleannor e disse.
      "Eu a amo, minha estrela, sempre a amarei.  Você estará sempre viva em meu coração.  Espere-me que em breve estarei em seus braços." Então ele lentamente cobriu a face dela com o manto. Virou-se para Laurin de Waukeen e pediu.
      "Representante nesta terra da Dama de Ouro, a grande Deusa Waukeen, pode-me fazer o favor de orar pela alma da única que amei?"  E então voltou-se para Magnus, "o mesmo peço para você amigo, pois lhe tenho grande consideração e por Helm."  Após as palavras de Laurin e de Magnus, ele pousou lentamente Eleannor no fundo do túmulo, e enquanto fechava a cova rezou novamente, desta vez aos deuses dos homens.
      "Ó Dama de Ouro, Deusa da Moeda Waukeen, deu-me a oportunidade de continuar a viver minha vida ao lado desta que eu amo.  Fui imprudente e leviano, deixei que sua dádiva se esvaísse entre meus dedos.  Perdoe-me por minha imprudência, agradeço-lhe de todo meu coração.  Obrigado também grande Kelemvor, que deu-me a oportunidade que muitos não tiveram, nem mesmo Arthos meu companheiro, e eu a desperdicei, mas era a mim que deveria ter levado, não ela.  Sei que tudo tem um propósito, mas permita que ela fique ao lado do Pai de todos os elfos e não a deixe sofrer.  Quando chegar a minha vez deixe-me ficar ao lado dela, para que eu possa me completar novamente."
      Voltou-se para os amigos e por fim disse.
      "Não escreverei um epitáfio para ela pois nenhuma palavra em élfico, em comum ou em qualquer língua deste mundo a descreveria, meu amor ou meu sofrimento.  Somente quero que vocês me prometam que quando tudo acabar levem-na e a enterrem em um lugar decente.  Ela não merece isso.  Estas serão minhas últimas palavras sobre o que aconteceu.  Agradeço a todos por me consolarem, mas peço que não o façam mais.  Devo sofrer pela minha ignorância, a culpa da morte dela é minha, a obrigação de vingá-la também, se eu morrer tentando, quero morrer só.  Não quero que nenhum de vocês se envolvam.  Kariel principalmente.  Deverá dar a notícia a meus filhos e a meu irmão e entregar nossas espadas para seu pai."  Ele respirou fundo e então continuou.
      "O Elder Villayette que vocês conheciam morreu hoje, junto com aquela que lhe deixara vivo durante anos, ele não ficará mais duzentos anos para encontrá-la, não mesmo."

      Após sepultar os mortos e Kariel convencer Villayette a partir, eles ouvem o mago Pedwinkel dizer:
      "Devemos retornar à casa de Regis, para que o amigo guia dele nos leve novamente até o xamã."


Esta história é uma descrição em teor literário dos resumos de aventuras jogadas pelo grupo Comitiva da Fé em Salvador sob o sistema de RPG Advanced Dungeons & Dragons.

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