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A Torre
Descrita por M.Piropo
(baseado em The Accursed Tower de R. A. Salvatore)
Personagens da aventura:
Os Humanos:
Magnus de Helm; Laurin de Waukeen, Ragnar. Os Elfos: Elder
Villayette Elkendor; Eleannor Elkendor; Kariel Elkendor; Feargal
Rahl. Os Halflings: Bingo e Owni. Participação Especial:
Bruenor Martelo de Batalha; Regis e Drizzt Do'Urden.
A Torre
No Vale do Vento
Gélido
A
Comitiva passou duas semanas na mansão da Dama de Ouro Waukeen,
nos Planos Exteriores, na incrível cidade mercado, Sigil. Contudo,
para a maioria do grupo, cujo sangue arde por perigos, provas e
aventuras, o tempo da partida chegou. Sobretudo para o elfo
Elder Villayette. Ele deseja muito (Re) conhecer sua bela
Eleannor. Ah, quantos gozos por tê-la recuperado! quanta alegria
não foi despertar ao lado dela, enfiado em lençóis tecidos com fios
de ouro, numa cama feita de diamantes! mas o que poderia Elder aprender
sobre o seu amor, aí, numa terra de Deuses e sonhos, onde tudo é
possível?
"Mas já!" disse a Dama numa
manhã de sol fresco, ao ver a Comitiva surgir trajada para as aventuras.
Apenas Giordano, refestelado nas almofadas, não parecia disposto
a partir. E sorria, bebia e cantava, abanado por quatro nairas
super finas e belíssimas. Uma quinta, quase nua, dava-lhe
de comer, na boca, todo tipo de fruto suculento. Giordano
compreendia, um pouco, a personalidade da Dama Waukeen. Ora,
era quase como a sua própria. Entendia que em breve, ela se
enfadaria dele... Mas enquanto este dia não chegava...
"Dá cá mais uma dessas!" dizia,
apalpando as ancas das serviçais.
Foi neste momento que Villa
dirigiu-se à Deusa.
"Oh, grande Dama!, queima em
meu peito a saudade dos Reinos. O desejo de rever a jovem
Jacyra... de pisar estes pés, novamente, em Kand."
E Laurin assim falou:
"Em mim, ó, Dama de Ouro!, flameja
o anelo de prostrar-me eternamente diante dos teus lindos pés. Contudo,
há ainda muitos infiéis, ignorantes da palavra. Por isto, vou."
Os demais não tiveram voz para
dizer diante de uma Deusa, mas curvaram as cabeças. Deste modo,
Kariel de Mystra, Feargal Selvagem, Laurin de Waukeen, Elder Villa
e Eleannor, foram acompanhados até a Escadaria Infinita.
"Aventureiros", começou Waukeen,
"creio que é ainda muito cedo para que partam. Mas não os
impedirei. Como ainda devem haver patrulhas do Abismo na Escadaria
Infinita, usarei minha influência para os auxiliar, meus salvadores.
Se tiverem problemas antes de alcançar o reino da Deusa Lua,
procurem pela minha marca, pelo meu símbolo, a moeda com a minha
efígie." Disse enigmática a Deusa. Depois de uma breve
pausa, prosseguiu: "Meus benfeitores, meus paizinhos, que Eu lhes
dê uma boa viagem!"
E os cinco passaram pela porta
e chegaram a fantástica escada. Logo iniciaram a exaustiva
descida que deveria durar mais ou menos dez dias. Por volta
do oitavo dia, algo inesperado aconteceu. Magnus de Helm,
mais dois halflings, vinham descendo o mais rápido que podiam. E
era pouco. Pois, ao passo que um dos pequeninos saltava os
degraus com grande desenvoltura, o outro, segurando a enorme barriga
(que na corrida mais parecia uma gelatina ) vinha bufando, preste
mesmo a colocar os bofes para fora.
"Helm seja louvado!" disse Magnus
ao se juntar à Comitiva.
"O que há, paladino?" perguntou
Elder, antes mesmo de dizer: "oh, amigo, quanto tempo!"
Magnus estava alarmado.
"Um grande balor, acompanhado
por um exército de vrocks, está me perseguindo!" ainda acrescentou.
"Por Helm, como morrerei lutando!"
E todos sacaram as armas enquanto
o rumor dos demônios crescia. Quando Kariel enxergou a tropa
enfadonha surgir no horizonte da escadaria e atirou muitas bolas
de fogo, que explodiram ruidosamente. Feargal e Eleannor sacaram
suas espadas. O grande balor cresceu e abriu suas enormes
asas de fogo... Bingo, o halfling, também sacou sua lâmina, e tentando
não fechar os olhos, apontou-a, trêmulo, para a frente...
E poucos momentos antes do enfrentamento...
"Por aqui!" gritou Laurin. "A
face de Waukeen brilha naquela porta." E foi até ela. "Está
trancada!" disse forçando a fechadura.
"Estava!" Eleannor, com
um violento chute, escancarou a porta.
A escadaria
se encheu de uma claridade branca. Um frio intenso invadiu
a atmosfera. O tempo pareceu parar. O mundo se desfez
muito lentamente...
Despertar
Eles abriram
seus olhos diante da imensidão branca, lentamente, um após o outro,
um vento gélido atormentou-lhes a carne, as armaduras transmitiram
cruelmente ao tocar nas peles a sensação fria, gélida, adormecendo,
anestesiando. E foi com aquela sensação que eles acordaram
e no meio do campo de gelo. Feargal Selvagem respirou fundo
sobressaltou-se e com visível felicidade na voz disse a todos.
"Vejam companheiros. Que
paisagem! Olhem e contemplem a beleza deste lugar, sintam o cheiro
do ar, sintam o vento, estamos no Vale do Vento Gélido."
Bem que os demais gostariam
de comemorar, mas Villayette, Eleannor e Kariel, pensavam nas florestas
de sua terra e em seu clima agradável, o mesmo pensava Laurin de
Waukeen e Magnus de Helm. Os halflings Owni e Bingo, tremiam
de frio e resmungavam.
"Feargal. Só você gosta
deste lugar frio. Nós preferimos o calor do sol, a beleza
das florestas e dos campos. Temos que sair daqui logo. Precisamos
encontrar abrigo, pois este frio em breve irá nos causar problemas.
Lembra-se Kariel da Torre Flamejante? quase morremos de frio."
Disse o elfo Villayette. Kariel confirmou com a cabeça,
e então Feargal começou a procurar rastros, não os encontrando,
olha para uma direção como se pensasse em algo, Magnus perguntou:
"Villayette, não tem algo com
o que possamos cobrir os pequenos. Eles estão sofrendo com
o frio" Villayette retira seu manto e entrega ao paladino
que passa a um dos pequenos que tremia e resmungava sobre a habilidade
de Feargal em encontrar rastros. Então todos aguardaram uma
resposta de Feargal.
"Por aqui. Vamos nesta
direção. Encontraremos um abrigo por aqui."
Após uma longa caminhada, sob
o castigo do frio, os pequenos avistam uma mancha no horizonte e
os demais caminham até lá e chegam a uma pequena cidade pesqueira,
à beira de um imenso lago. Entrando na cidade eles caminham
a procura de alguém e então à frente de uma das casas eles encontraram
uma jovem com alguns peixes na mão. Ela olhou para eles com
curiosidade e então Kariel, o Dileto de Mystra, perguntou-lhe.
"Jovem dama. Poderia nos
dizer o nome desta cidade e onde podemos encontrar uma taverna?"
antes que a jovem pudesse falar um jovem rapaz gritou.
"Dorothy vá para dentro! você
sabe que nosso pai não gosta que você fale com estranhos" A
jovem corre para a casa e então o jovem rapaz voltou-se para os
aventureiros com firmeza em sua voz.
"Quem quer saber sobre a taverna?
Feargal adianta-se a Kariel e então o garoto continua. "Esta
é Targos, a maior cidade do Vale do Vento Gélido, e a Toca do Lobo
é a estalagem de meu pai."
A Comitiva entra na Taverna
e são recepcionados por uma jovem de cabelos vermelhos.
"Meu nome é Taires. Entrem. Bem vidos a Toca do
Lobo."
Olhando ao redor eles puderam
constatar que a Toca do Lobo estava cheia e bastante ruidosa os
clientes bebiam e conversavam. Muitos pararam para olhar os
novos viajantes pois aqueles não haviam sido os únicos a chegar.
Um bárbaro chegara a pouco e sentara-se em um dos cantos da
estalagem.
A jovem Taires leva-os até uma
mesa, e então eles pediram bebidas e algo quente para comer. Ela
trouxe vinho, conhaque e sopa de peixe. Após algum tempo Villayette
sentindo calor revelou a Feargal o desejo de retirar seu manto.
"Feargal, ao contrário do exterior,
isto está ficando quente e enfumaçado demais. Vou retirar
este manto."
"mas Elder, isso pode ser perigoso"
protestou Kariel.
"Que seja. Eu não agüento
mais este calor." E então retirou seu manto, sendo seguido
pelos demais elfos e halflings. Fez-se um silêncio mortal
na taverna. Todos olharam para eles como se estivessem visto
seres fantásticos, criaturas de outro mundo. Como se um conto
de fadas estivesse se transformando em realidade. O bárbaro
que estava sentado só ao ver os elfos terminou sua refeição calmamente
e então se aproximou.
"Meu nome é Ragnar..." Ao que
Villayette se apresenta "Elder" e faz um sinal para que o bárbaro
se sente.
"Nem preciso perguntar para
ver que vocês não são desta região. Como chegaram aqui?"
"Estamos viajando e queremos
descobrir se existe alguma caravana que vá para o sul por estes
dias" respondeu Kariel que não pretendia revelar muito ao humano.
"Caravana? para o sul? Isso
é muito raro por aqui, ninguém quer ir para o sul." disse Ragnar.
O dono da taverna também se
aproxima, e então se apresenta.
"Sou Kalas Invernos, dono deste
estabelecimento, o que desejam?"
"Gostaríamos de viajar para
o sul, para Águas Profundas. Não existem caravanas ou barcos
que possam nos levar até lá?" respondeu Feargal.
"Caravanas para o sul? Águas
Profundas? Isso é não é muito freqüente, mas irei procurar alguma.
Adianto que será muito difícil."
Feargal pergunta se seria possível
conseguir quartos para dormir. Conseguem um quarto comunitário,
onde havia somente três beliches. Os aventureiros distribuem-se
da seguinte forma: Feargal dorme na cama superior de seu beliche,
tendo Magnus abaixo, os pequenos Owni e Bingo ocupam um
beliche, um cima o outro embaixo. No beliche restante
deita-se Kariel acima e abaixo ficariam Eleannor e Laurin. Villayette
e Ragnar estendem peles e deitam-se no chão. Mas a jovem Dorothy,
filha de Kalas Invernus, antes de dormir, foi até o quarto e chamou
Eleannor e Laurin de Waukeen quase com um sussurro.
"Senhoras, vocês podem dormir
em meu quarto se quiserem. É lugar mais adequado para as damas."
Laurin aceitou a gentileza, mas Eleannor preferiu ficar com
Villayette e compartilharam a cama restante. Uma furiosa tempestade
desaba sobre a cidade.
Um homem Misterioso
No dia seguinte
a tempestade ainda urgia em sua plenitude. Eles acordaram
aos poucos e então desceram para a taverna. Lá embaixo, os
outros hospedes discutiam sobre o tempo, pois aquela tempestade
não cederia tão cedo, Dorothy aproximou-se e perguntou aos aventureiros.
"De onde vocês vieram?, como chegaram aqui?" Feargal Selvagem
na raça e nas explicações começou a falar.
"Viemos da casa da deus..."
Mas foi interrompido por Villa e Kariel.
"Feargal..." disseram os dois
elfos juntos e então Kariel continuou "Cuidado com o que irá dizer".
A garota fala aos aventureiros:
"Há rumores de que um exército
de goblins está se formando....". mas foi interrompida por seu irmão.
"Dorothy, já para dentro, imagine
se nosso pai te pega incomodando os hospedes."
Um cão magro aparece e começa
a chamar a atenção. O garoto pega sua espada curta e corre
em direção ao animal expulsando-o, mas ele retorna insistentemente.
Feargal levanta-se desconfiado. Villayette também e
então eles vão até a porta ver o que havia com o animal. Ragnar
e Bingo saem.
Taires aproximou-se perguntando
a todos que ainda estavam na mesa.
"Desejam mais alguma coisa?"
Magnus e Owni perguntaram.:
"Jovem dama, seria possível
tomarmos um banho neste lugar."
"Sim, mas um banho custa caro,
mas vejo que vocês podem pagar. Sigam-me" ela os levou até
o local do banho. Lá preparou as tinas e depois retirou-se.
Magnus despiu-se e entrou na tina. A água quente era
um alívio para seu corpo cansado, ele ansiava por aquilo desde que
fugira com os pequenos. Estava com sua barba por fazer e não
cogitou em tirá-la, não enquanto estivesse naquele lugar gélido.
Owni, mal o Paladino despira-se, já estava coberto com a espuma
de sua tina e mergulhava como se estivesse brincando. Algum
tempo depois Taires entrou no aposento deixando Magnus envergonhado.
"Senhor... gostaria que eu lhe
esfregasse as costas?"
"Não será necessário, deixe
que eu mesmo o faço, não se incomode." disse o Paladino envergonhado,
tentando esconder suas partes pudentas na espuma.
"Se precisar de algo é só me
chamar." disse a jovem antes de sair, lutando para tirar os olhos
do Jovem e belo Paladino.
Feargal, Villayette, Bingo e
Ragnar caminhavam no meio da tempestade, seguindo o cão e quando
estavam para sair da cidade o animal começou a correr, mas sempre
se voltava, como se quisesse ser seguido.
Ragnar voltou-se para Bingo.
"Pequeno, volte para a taverna
e avise aos outros que estamos saindo da cidade." O halfling
feliz com a importante missão volta correndo para a taverna e ao
chegar ofegante transmitiu sua mensagem.
"Os outros..... estão seguindo
o cão, e...... saíram da cidade.... correndo atrás dele..." foi
interrompido por um Kariel surpreso.
"Eles seguiram um cão na tempestade?"
Bingo assentiu com a cabeça, e Eleannor levantou-se e pegou
sua espada e já estava na porta quando Kariel perguntou.
"Para onde vai Eleannor?"
"Vou atrás de meu Elder. Vamos
pequeno me leve até eles" e saiu, sendo seguida por Kariel (que
ainda não via muito sentido em se seguir um cão em meio a uma tempestade).
Então eles correram atrás dos companheiros.
O cão os leva até uma carroça
cercada por goblins. As criaturas então desviaram sua atenção
para os recém chegados. Rosnavam e babavam. Os heróis
preparavam para atacar quando Eleannor e Kariel e Bingo chegaram
ofegantes. Villayette, Feargal e Ragnar iniciaram a investida
da Comitiva, seguidos por Eleannor e Kariel. Os goblins não
tiveram chances. Os goles rápidos e precisos dos experimentados
aventureiros em nada eram páreo para aquelas criaturas que, embora
perigosas para um viajante comum, não representavam grande ameaça
para os membros da Comitiva. Rapidamente vencem o combate
e os goblins sobreviventes fogem.
Um homem sai da carroça aplaudindo,
e com um gesto fez o cão desaparecer.
"Impressionante, Impressionante.
Venham. Entrem irei levá-los de volta à cidade." Todos
entram desconfiados e então o mago conjura quatro cavalos negros
que movimentam a carroça. Feargal sem perder tempo perguntou.
"Porque um mago tão poderoso
como você, não se livrou dos goblins sozinho?"
"E perder a oportunidade de
observá-los? Meu nome é Pedwinkel, e estou aqui a procura de aventureiros."
A Carroça os leva até a Toca
do Lobo. Kalas Invernos fica feliz ao ver o homem e então
eles desaparecem na taverna.
Depois de um tempo o grupo é
chamado à presença de Pedwinkel em seu aposento privado e quando
todos chegam ele finalmente relata seu objetivo.
"Eu preciso da ajuda de vocês.
Vim para estas terras para contratar aventureiros para encontrar
uma torre perdida. Há muito tempo um mago chamado Damien Morienus
criou uma torre e nela estudou com seu jovem aprendiz chamado "Cágado
Larva". Morienus descobriu um elixir que pode prolongar a
vida, e este encontra-se anotado em um diário. Eu quero contrata-los
para encontrá-lo. Não esconderei que tenho a intenção de lucrar
com isto, mas após obter algum dinheiro doarei o conhecimento a
todos. Bem, pensem em minha proposta, amanhã esta tempestade
terá se dissipado e o sol irá brilhar."
Todos ouviram em silêncio. Eles
saíram e então dirigiram-se até o quarto e fizeram uma pequena reunião.
"Eu não desejo recuperar o diário
apenas para dar lucro a um mago ambicioso", fala Kariel.
"Devemos destruir o diário, queimá-lo..." Disse Magnus de Helm.
Enquanto conversavam alguém
bateu à porta, eles pararam e o elfo Villayette abriu a porta, revelando
a jovem Taires, que visivelmente encabulada disse:
"desculpe interromper mas o
jovem Magnus encontra-se com vocês?" Magnus levantou-se e
foi em direção a porta sob os olhares curiosos de alguns de seus
companheiros. A jovem cora ainda mais ao vê-lo e então dá
ao jovem paladino algo embrulhado em pano.
"Sobrou um bom pedaço de bolo
de peixe. Então eu pensei que você poderia estar com fome
e trouxe para você."
Feargal, sob o olhar reprovador
de seus companheiros, ensaiou uma brincadeira aprendida com os anões
seguidores de Fortum Barba Grande havia. Então sussurrou.
"Magnus tem uma namorada, Magnus
tem uma namorada..."
Alguns de seus companheiros
contiveram o sorriso não só para evitar o constrangimento de Magnus,
mas também para evitar que Feargal continuasse com aquilo. E
após a saída da jovem eles retomaram a conversa.
"Não podemos queimar tal diário.
Quando estivermos de posse dele devemos retê-lo e consultar
alguém de confiança, para sabermos sobre o destino de tal conhecimento."
Disse Villayette.
Após algum tempo eles descem
para jantar e então decidem reter o diário até descobrir as reais
intenções do mago Pedwinkel. Terminada a refeição, vão dormir
e Dorothy novamente chama Laurin para seu quarto. Chegando
lá ela pede.
"Senhora, vocês vão partir para
o Bosque solitário, não vão? pode entregar uma carta para mim, por
favor?" Laurin resoluta olha para a carta nas mãos da jovem
que insiste.
"Por favor, esta carta é para
um jovem que gosto e quero que ele a leia. Seu nome é Vanka
e ele é guardador de Porcos em Bosque Solitário. Será fácil
encontrá-lo todos o conhecem." Laurin aceita levar o manuscrito
e então guarda a carta para a felicidade de Dorothy.
"Dorothy! Se teu pai te pega
incomodando os hóspedes.." Advertiu Taires à jovem filha de
Kalas Invernos.
A Partida
No dia seguinte
como o mago havia premeditado a tempestade cessou. Pedwinkel
apareceu na taverna com dois ajudantes bárbaros Dafert e Dell Tanerson.
Eles se juntam aos aventureiros e enquanto seguiam, o jovem
filho de Kalas Invernus aparece com sua inseparável espada curta.
"Bem estou pronto, vou com vocês."
"Jovem mestre, não seria melhor
ficar e cuidar de sua família?" perguntou Villayette.
"Como se chama meu jovem? E
quantos anos tem?" perguntou Kariel.
"Meu nome é Simis, e já sou
um homem. Tenho treze anos."
Feargal não querendo permitir
que o jovem se envolvesse em perigos aplicou o que ele chamou de
"teste do machado". Pegou o machado de duas mãos de Ragnar
e pediu que o jovem o segurasse. O coitado mal teve forças
para conter o peso da imensa arma e caiu humilhado. Cabisbaixo
retornou para a taverna.
Eles partem e depois de algum
tempo na estrada uma das rodas da carroça se parte. Ninguém
poderia consertá-la naquele momento e então o mago Pedwinkel, a
conserta magicamente, deixando Ragnar e os outros bárbaros desconfiados.
O mago volta-se para os seus acompanhantes.
"Não acreditem no que vocês
vão ouvir sobre as lendas do povo sobre os feiticeiros. Eles
temem o que não conhecem" e então convida a Jovem Laurin de Waukeen
para acompanhá-lo em um jantar na carroça.
Os bárbaros partem em busca
de caça, e os demais descansam. Um bando de cavalos selvagens
aparece de repente e Feargal tentou laçar um deles, e foi arrastado
pelo animal afastando-se bastante do acampamento. Encontrou
uma estranha criatura ferida, um ser gigantesco e peludo com pés
e mãos grandes, a criatura rosnou para ele e apontou para uma pequena
colina advertindo o elfo com gestos para que ele não seguisse naquela
direção. Feargal ajudou a criatura, mas ignorou seus avisos,
indo ao lugar indicado cautelosamente. Lá ele deparou-se com
um grande acampamento de goblinóides. O bom senso o trouxe
de volta a razão e ele decidiu retornar sem lutar para avisar seus
companheiros.
O Primeiro Cidadão
Contornando
o acampamento de goblinóides, eles partem e finalmente chegam ao
Bosque Solitário. Entrando na cidade seguem até uma toca de
halfling construída abaixo de um imenso carvalho. O mago Pedwinkel
bate a porta e alguém abre uma fresta e olha com um único olho e
fecha em seguida, alguns segundos depois Pedwinkel bate novamente
e então o misterioso atendente perguntou:
"O que você quer?"
"Gostaria de falar com Regis,
meu nome é Pedwinkel." respondeu Pedwinkel
"Ô Pança Mole! tem um humano
aqui fora querendo falar com você."
Os halflings se aproximaram
e ao vê-los, o misterioso porteiro disse ao seu amigo.
"Ô Pança Mole, tem dois irmãos
seus aqui também."
O atendente após conversar com
o dono da casa abre a porta revelando-se. Um anão robusto
que ao ver que os recém chegados disse:
"Sou Martelo de Batalha e vocês
podem entrar, mas devem deixar suas armas aqui fora." Feargal
recusa e Ragnar também. O anão insiste e Villayette guarda
sua espada e a de Eleannor em sua bolsa mágica e eles entram.
Um halfling gordo aparece e
convida-os a sentarem-se. Pedwinkel conversa com ele sobre
sua busca. Aquele pequeno era o Primeiro Cidadão, seu nome
Regis. Ele os convida para uma pequena refeição e durante
esta ele disse a Pedwinkel.
"Vocês querem saber sobre a
torre de Morienus. Bem, vocês devem ir para a Vila do Gelo
Movediço, encontrar um ancião que sabe sobre a torre. Devem
seguir até a Árvore Só, onde devem esperar por dez dias um amigo
meu. Não devem arriscarem -se a prosseguir sem ele. Se
após dez dias ele não aparecer retornem para cá." antes de terminar
ele ainda pergunta.
"Já que vocês vão para lá podem
me fazer um favor. Eu tenho uma pequena lista de coisas que
tenho que ir lá buscar com homem que irá lhes informar sobre a torre.
Vocês podem trazer para mim?"
"É justo." disse Villayette.
Então o halfling apresentou uma lista e entregou-a a Pedwinkel.
Após sair
da casa de Regis, Laurin pede para esperarem um pouco pois ela tinha
um assunto a resolver. Pedwinkel também diz ter assuntos a
tratar na cidade. Kariel resolve seguir o mago, mas este desaparece
em uma das ruas através de um teleporte. Ele retorna pensativo,
para junto de seus companheiros.
Laurin enquanto Pedwinkel se
ausentou, partiu em busca do Jovem Vanka. Feargal a acompanhou
e após algum tempo eles encontram um bufão e um jovem o rapaz que
cuidava de alguns porcos. Feargal adianta-se e pergunta.
"Algum de vocês conhecem um
jovem chamado Vanka?"
O bufão, olha para o jovem dizendo.
"Ele está te procurando."
"Eu... Eu não fiz nada senhor..."
Laurin aproximou-se e entregou a carta ao assustado jovem.
"Nós só viemos entregar-lhe
esta carta, não se preocupe." após ler o manuscrito o jovem disse
aos presentes.
"Ela quer fugir. Ela disse
que o pai quer que ela case com o filho do prefeito." disse o jovem
visivelmente triste. "Mas eu não tenho condições. Se ele me pega
ele me quebra todo..."
Feargal sensibilizado pela paixão
do rapaz, recordando-se de sua falecida esposa e o amor que sentia
por ela resolve ajudá-lo.
"Você gostaria de se casar com
a jovem?" O rapaz assente com a cabeça e disse em seguida.
"Mas se eu for pedir ao pai
dela ele me trucidará. Eu não tenho dinheiro, não tenho nada.
Ele quer que ela case com o
filho do prefeito para que sua família tenha status, mas eu sou
um simples guardador de porcos."
"Bem vou fazer algo por você.
Financiarei uma taverna para que você possa se casar com ela."
O jovem agradece e Feargal pergunta
a ele.
"Sabe escrever?"
"Sei escrever meu nome, senhor"
disse o jovem orgulhoso.
"Bem isso eu posso te ensinar,
se você quiser nos acompanhar até arvore Só. Sabe onde fica?"
"Sim, eu sei. Posso levá-los
até lá."
Feargal satisfeito, olha para
Laurin e ambos retornam para a pequena comitiva, juntamente com
o jovem Vanka. Ao chegar Feargal apresenta-os aos demais.
Kariel chega quase ao mesmo tempo e anuncia:
"Estive seguindo o mago e ele
desapareceu em uma rua. Usou um teleporte."
Todos ficaram desconfiados,
mas ninguém comentou sobre nada, os bárbaros haviam saído para comer
algo em uma taverna e então o Mago Pedwinkel após alguns minutos
retornou.
Emboscada em Árvore Só
Com a chegada
dos bárbaros eles partem novamente, agora sendo guiados pelo jovem
Vanka. Dias depois eles finalmente chegam ao lugar chamado
Árvore Só, e montam um pequeno acampamento. Ao anoitecer estavam
tranquilos, quando de repente urros e barulho de árvores se quebrando
e metal: foram atacados por sete gigantes.
"Droga", praguejou Villa, mentalmente.
Fora totalmente descuidado ao não levar em consideração o
aviso de sua Lâmina Lunar. Mas como poderia, se tudo ali era
frio e inóspito. Mas ele automaticamente já estava com ela em punho,
antes mesmo que seus companheiros, aguardando o ataque das criaturas.
Eles estavam cercados. Villayette
Magnus, Ragnar e Feargal estavam de prontidão, não haviam sido pegos
de surpresa como os demais. Villayette foi o primeiro a ser
atacado. Recebeu uma poderosa machadada, mas não se intimidou
e revidando o golpe. Feargal com golpes poderosos quase arranca
o braço de seu oponente que o ataca, Magnus escapa dos ataques e
atinge seu oponente. Ragnar atacou acertando brutalmente um
golpe no gigante que lhe atacava. Eleannor refeita da surpresa
ataca e atinge também o gigante. Villayette recebe um novo
golpe, este executado com perfeição, e por pouco não cai ao chão.
Revida com dois ataques: o primeiro corta o seu oponente no
peito e o segundo, um golpe perfeito, faz com a nona runa entalhada
em sua Lâmina Lunar reaja, ativando o encantamento vorpal e cortando
seu oponente ao meio.
Um segundo gigante corre para
atacar Pedwinkel e Laurin que estavam na carroça, mas um escudo
de força lançado pelo mago o impede de atacar. O gigante atordoado
muda de alvo e aproxima-se e ataca o elfo Villayette. Feargal
luta contra dois oponentes, é atingido algumas vezes mas não se
intimida, em um ataque selvagem mata um dos gigantes e fere seriamente
o outro. Os bárbaros Dafert e Dell lutam contra um dos gigantes
e Dafert é atingido brutalmente, mas o bárbaro resiste apesar do
grave ferimento e continua atacando. Ragnar agora em fúria
ataca cruelmente seu oponente com poderosos golpes com seu machado.
O gigante cai morto e ele corre para atacar o oponente de
Magnus. Kariel conjura uma flecha acida e atinge um dos gigantes.
O Paladino de Helm, ileso, lutava francamente com o gigante
que estava seriamente ferido. Um dos gigantes chama com um
apito trinta cães selvagens, que aparecem de todos os lados cercando-os.
Quatro cães atacam cada um dos membros da comitiva. Villayette
ignora os cães ataca o gigante e recebe golpe caindo de joelhos.
Eleannor preparava uma ofensiva, mas os cães a atacam. Vanka
é atacado pelos cães e é ferido no pé, Owni também é seriamente
ferido. Kariel corre para socorrer o pequeno e é atacado pelos
cães selvagens. Laurin desce da carroça para socorrê-los.
De repente os cães partem em disparada em direção a um misterioso
viajante, que saca duas cimitarras e começa a abatê-los. Feargal
ataca seu imenso oponente matando-o, e em seguida corre para ajudar
o homem misterioso. Villayette ataca novamente o gigante e
Eleannor desfere o golpe final. Ragnar elimina o oponente
de Magnus e parte para ajudar os bárbaros, que eliminam rapidamente
o ultimo gigante. Kariel olha e percebe que aquele homem misterioso
é um drow e fica muito desconfiado. Derrotam mais alguns cães
e o restante foge pela floresta. Ragnar em fúria os segue,
e então o drow, vai atrás dele dizendo antes ao elfo.
"Volte para junto de seus amigos.
Eu vou buscar o bárbaro."
Feargal retorna e então Laurin
cura os ferimentos de Villayette e Owni. Kariel demonstra
preocupação com Ragnar pois o drow fora atrás dele. Após um
tempo eles retornam e o drow se apresenta.
"Meu nome é Drizzt, serei guia
de vocês."
Kariel, demonstrando não confiar
no drow, não se convence de que ele é o guia e acusa-o.
"Ele é um drow. Decerto
um seguidor de Lolth, a malévola Rainha Aranha. Tenham cuidado!"
Pedwinkel se aproxima do drow
e então tira uma corrente com um símbolo de Mieliki e diz em seguida
ao elfo.
"Este não é um seguidor de Lolth,
como pode ver Kariel."
"Kariel, lembre-se de Nandro,
ele era um drow mas era nosso amigo.", disseram Feargal e Villayette.
Após ser repreendido pelos demais ele pede desculpas. Drizzt
apressa-os.
"Bem vamos sair deste lugar.
Só os deuses sabem que criaturas irão aparecer por causa dos
cadáveres destes gigantes."
O Velho Xamã
Eles
seguem a viagem, agora sendo liderados pelo drow. Após um
tempo eles chegam a um ponto onde a carroça não mais seguiria e
Pedwinkel, e seus dois contratados, juntamente com os halflings
e o garoto ficam aguardando. Os demais seguem o drow que os
adverte.
"Pisem somente onde eu pisar."
Eles seguem e Kariel, após se
afastar da carroça pergunta ao drow.
"O senhor conhece Pedwinkel?"
"Não o conheço bem. Estou
aqui fazendo um favor a um amigo."
"Você participou na guerra do
norte?" perguntou Ragnar com o intuito de confirmar a identidade
do guia.
"Sim, participei." respondeu
o drow.
"De que lado o senhor lutou?"
continuou o bárbaro.
"Do lado das Dez Cidades." foi
a resposta.
Depois de algum tempo eles encontraram
um velho xamã que os levam até uma cabana. Ele conversava
em uma língua estranha e o drow traduz para eles.
"Ele quer saber o que vocês
desejam?"
O grupo entrega a lista de Regis
e o velho ao ler não consegue conter um sorriso. Magnus adiantando-se
aos demais pergunta:
"onde podemos encontrar a torre
de um arcano chamado Morienus?" ao ouvir o nome do mago o Xamã,
começou a falar exaltado, e então Drizzt contou a eles toda a história
de Morienus e de sua esposa, ao fim Drizzt, traduziu as seguintes
palavras do Xamã.
"Ele disse que Morienus era
um mago perverso ao contrário de sua esposa que era boa e curava
os nativos" e em seguida completou "A torre afundou na lama gelada"
disse Drizzt traduzindo.
"Mas onde ela afundou?" perguntou
Kariel.
Drizzt refez a pergunta e o
próprio Xamã respondeu em língua comum.
"Procurar árvore caída. Vocês
dever retornar e perguntar a Regis. Pequeno saber onde está
a arvore."
O grupo retorna e transmite
as informações a Pedwinkel, e enquanto voltavam para Bosque solitário,
o guia se despede deles e desaparece.
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