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A Dama de Ouro é libertada.
O Retorno de Waukeen
Descrita por Marcelo Piropo e Ricardo Iglesias
Personagens da aventura:
O anão desaparecido:
Kedrak de Moradin, Os humanos: Magnus de Helm; Giordano o
Mercenário; Laurin de Waukeen; Os elfos: Kariel Elkendor;
Elder Villayette Elkendor; Feargal Rhal, Os halflings: Bingo
Playamundo e Owni Escudoguering.
A Dama de Ouro é libertada.
O Retorno de Waukeen
O reencontro de Villayette
e Eleanor
Após caminharem
por algum tempo, os aventureiros finalmente chegam à caverna que
ocultava a passagem para Samora. Um velho postava-se diante
da entrada, e Caravan então retirou, não se sabe de onde, um grande
pedaço de presunto e entregou ao sinistro guardião como se fosse
um presente. O interior da caverna era terrível, fezes humanas
cobriam o chão, o ar irrespirável trazia com seu fedor nuvens de
moscas. O elfo Villayette, após entrarem na caverna, perguntou
a Caravan:
"Caravan, desde nossa saída
de Zelatar eu quero perguntar-lhe algo, mas infelizmente a urgência
que impus em nossa saída de lá me fizeram protelar tais questões."
E então continuou "Em Zelatar você havia dito que eu estava
sendo procurado, ou melhor que nós estávamos sendo procurados. Mas
por favor diga-me, quem está me procurando e porque?"
"Bem, eu não posso revelar como
soube disto, assim como não posso nomear aquele que nos procura,
pois este simples ato poderia pôr-nos em risco. Ele o está
procurando, mas ainda não nos encontrou" , disse Caravan.
"Diga-me, meu amado, como vim
parar neste lugar? E quem me aprisionou deixando-me naquele salão,
presenciando as mais diversas atrocidades e atos diabólicos? Vamos,
diga-me!", perguntou Eleannor ao esposo, que ao ouvir tal pergunta,
baixou a cabeça envergonhado.
"Gostaria que me perdoasse minha
amada, mas a culpa do que lhe aconteceu é minha. Há alguns
anos, estive em uma missão no Reino de Thay. Lá fui aprisionado
por um demônio molydeus chamado Th'kalar, a serviço de um mago vermelho
chamado Szass Tam. O zulkir queria libertar e controlar um
Lorde Abissal chamado Eltab. Nossa missão era impedir que
ele controlasse tal besta, pois se o fizesse provavelmente destruiria
Rashemen e poria não somente aquele país como também toda Toril
sob seu julgo. Mas como disse, ele aprisionou-me e a meu sobrinho
Kariel. Fui levado à presença de Tam e o miserável, querendo
saber sobre meu objetivo e sobre quem havia me enviado, ameaçou
matar-lhe diante de meus olhos, esquartejar-lhe. Mas perdoe-me...
eu não podia trair meus amigos nem todos aqueles que depositaram
suas esperanças em nós. Não pude revelar..." Ele pausou
sua narrativa e após respirar fundo e limpar os olhos úmidos continuou.
"Fui levado para a prisão. Lá
fui torturado, espancado e então o demônio Th'kalar mostrou-me,
na lâmina de seu machado, você acampando no meio da floresta e os
demônios cercando-a. Eu implorei por você, pedi que ele me
arrancasse as pernas, os braços, me matasse mas que ele a deixasse
em paz, mas o demônio continuou a mostrar sua luta contra os demônios.
Vi quando fora subjugada, e um machado descer em direção a
seu pescoço. A fúria subiu-me à cabeça, tamanha a dor que
eu senti naquele momento. Prometi ao demônio que acabaria
com todos os demônios da raça dele que encontrasse. Minha
vida acabara ali, pois acreditava fielmente que estava morta. Descobri
que estava aqui por acaso. Cyric, o antigo Deus das Mentiras,
revelou-me que estava aqui, e tive confirmação quando fui portador
da espada Ar'Cor'Querin, pois Xvim, filho de Bane, ameaçou mandar
o imperador deste reino infernal destruir a sua estátua. Felizmente
destruímos Xvim Após estes acontecimentos, estava decidido à resgatar-lhe.
Há alguns dias atrás recebi uma carta pedindo que eu adiasse
minha viagem para este lugar e então me foi solicitado que eu os
ajudasse a resgatar a Dama de Ouro, que também era prisioneira do
imperador do Reino Triplo. Espero que me perdoe pois sou o
único culpado de seu sofrimento."
"Não meu amado, diga o nome
deste demônio, o nome do demônio que me aprisionou e eu o matarei."
Disse Eleannor.
"Não podemos nomeá-lo. Isto
o trará até nós, revelará nossa presença. Não podemos nos
arriscar ainda, mas se ele aparecer, sentirá minha ira por fazê-la
sofrer tanto." Termina Villayette, na esperança de ser perdoado
pelo único amor de sua vida.
Giordano, Laurin e Feargal afastados
conversam. Giordano comenta em um sussurro para que aquela
conversa não chegasse aos ouvidos élficos de Villayette.
"Viram, a esposa do elfo tem
mais atitude do que ele, até parece ter mais coragem..."
Laurin suprime um sorriso e
Feargal balança a cabeça, surpreso com a atitude de Eleannor. Voltando-se
para seu amigo Villayette ele diz:
"Villa agora posso ver porque
você vivia preocupado com sua esposa." E então voltasse para Eleannor:
"Alteza, é um prazer conhecer
tão nobre rainha."
"Agradeço seus elogios, mas
títulos são para reconhecimento e entre nosso povo somos todos irmãos",
revelou Eleannor.
"Caravan para onde este portal
nos levará?" Perguntou Giordano cansado das conversas dos elfos.
"Ele nos levará para Samora,
mas agora precisamos saber se iremos descansar ou se partiremos.",
explicou Caravan.
"Quanto tempo poderíamos descansar?",
perguntou Kariel a Caravan.
"Não mais que três horas."
"Três horas não me ajudarão
em nada. Acho que devemos partir agora." Isso disse
Laurin de Waukeen, sendo seguida por Villayette.
"Também acredito que devemos
partir o mais rápido possível. Não podemos perder tanto tempo
aqui. Não sabemos ainda como chegar até onde a Dama de Ouro se encontra."
"Então iremos até a taverna
e lá nós observaremos e encontraremos um meio de descer até a prisão
desta dama." , concluiu Eleannor.
Eles então decidem atravessar
o portal e um a um, exceto Villayette que segurando a mão da esposa,
diz:
"Não quero mais me separar de
você meu amor. Vamos juntos!" e Eleannor aperta a mão de seu
esposo e ambos atravessam.
O Desafio de Helm
As imagens foram
passando, uma atrás da outra, estava Bane deus da destruição com
seu exército reclamando pela Orbe de Ogor, depois a visão da entrada
do Abismo, restos de pessoas espalhadas pelo chão pedindo clemência,
dois halflings em perigo, elfos sendo libertados e por fim, do interior
da Escada Celestial surge um gigante em armadura completa, por entre
a viseira do elmo podia ser visto um par de olhos, olhos que irradiavam
luz, parecia que nunca se fechariam, e este turbilhão de pensamentos
termina quando William Magnus acorda.
Magnus descansara sobre os restos
de uma daquelas estranhas árvores, que o espreitavam a espera de
uma oportunidade para atacá-lo. Ergueu-se, e concluiu em voz
alta, apesar de estar sozinho:
"Guardião! Agora entendo! Tu
me desafias! Testa meu ser no intuito de saber se sou ou não digno
de tua graça! Desconfia se mereço tal júbilo?! Pois que seja feito,
vencerei teus obstáculos sejam quais forem! Verás que meus olhos
também não se fecham!" Proclamou o jovem paladino erguendo sua manopla.
Com o fôlego recobrado, decidiu
mais uma vez partir para uma corrida entre as árvores-víbora. Colocou
sua capa sobre seu escudo e protegeu-seu flanco das serpentes, e
após algumas dezenas de metros ele sentiu novamente suas forças
esvaindo-se. Então, como antes, escolhera uma das árvores
que estava solitária e a atacou-a para ter novo abrigo sobre seus
restos. Porém, desta vez a sorte não sorrira para ele: a árvore
víbora escolhida tinha seis galhos serpentes em seu grosso caule.
Magnus atacou-a furiosamente, matando sem chances de defesa
uma serpente, outra duas atacaram-no com igual fúria, mas felizmente
para o paladino de Helm elas erraram o alvo. Novos ataque
processaram-se e Magnus foi decepando com precisão uma a uma das
cabeças das víboras, mas ao fazê-lo foi atingido na coxa pela última
cabeça restante. Ao fim da luta, ele vê ao fundo suas esperanças
renovadas. Adiante, vê a alguns metros finalmente o fim de
tão tenebrosa floresta. Descansou o suficiente para mais uma
corrida e então partiu para a liberdade, mal sabendo o que o destino
lhe reservara naquele lugar.
Demônios no caminho para Waukeen
Do outro lado
do portal místico havia uma porta. Caravan, agora uma espécie
de guia para a Comitiva no Abismo, se adianta e apresenta-os a um
homem misterioso que abriu a porta e não se identificou. Curioso
pelo motivo de ali estarem perguntou:
"De que precisam?"
"Poções mágicas que restaurem
nosso vigor físico." Respondeu Villayette seguido de Feargal.
O homem não demorou muito e
arranjou os frascos solicitados. Caravan então explica aos
aventureiros que os demônios do Abismo são imunes aos efeitos do
aço convencional. Apenas prata e armas encantadas podem perfurar
a defesa natural das bestas. Portanto o Harpista os muniu
com armas de prata, com exceção de Villayette que levava sua Lâmina
Lunar de grande poder, Kariel que portava Guliath espada esta dada
de presente pelo tio Villayette e Eleannor que possuía uma lâmina
de prata. Por fim Caravan os lembrou que os tanar'ris temem
o ácido, do qual pode corroer sua carne putrefaz. Terminado
os preparativos Eleannor diz:
"Bem agora vamos para a taverna.
Descobriremos como descer ao chegarmos." Os demais concordaram.
Ao chegar em frente a Taverna
O Rei dos Peões, Eleannor aproximou-se da porta e entrou, parou
imponente observando o ambiente. Villayette veio em seguida
com os demais precedendo-a, e após o exame do lugar todos puderam
ver entre outras duas portas bastante movimentadas, uma porta escarlate.
Ninguém ousava aproximar-se dela. No bar vários soldados
de elite, demônios vrocks, contavam vantagem e exaltavam a vitória
na guerra. O taverneiro que vira quando o grupo chegou os
levou até uma mesa, e em seguida mandou que fossem servidas bebidas.
Todos estavam analisando o lugar, tentando vislumbrar chance
de adentrar por aquela passagem.
"Bem se conseguimos entrar não
precisaremos nos preocupar com o barulho. Veja a algazarra
deste lugar. Não acredito que eles consigam ouvir algo que
venha lá de baixo", disse Caravan.
"Sim mas como vamos entrar?",
perguntou Laurin.
"Nós podemos simplesmente andar
até lá e descer. Com a confusão de entra-e-sai daquelas passagens
nós poderíamos até ter a sorte de não sermos vistos.", arriscou
Villayette.
"Não! É muito arriscado, precisamos
de uma distração.", ponderou Feargal.
"Dois de nós poderíamos nos
fingir de bêbados e tentar chegar até aquela porta, para ver se
ela realmente está sendo vigiada e ainda teríamos a desculpa de
estarmos bêbados caso os guardas notem nossa intenção.", sugeriu
Villa dos elfos.
"O mercenário não seria a pessoa
mais indicada para isso?" , perguntou Kariel, o Dileto de Mystra.
"Sim, eu irei até o bar e depois
vou até a porta." , resmungou Giordano.
"Mas eu irei com você." , completou
Villayette.
Os dois levantaram-se e caminharam
até o bar. Beberam um pouco e após perceberem que ninguém
os observava começaram a cambalear até uma das portas vizinhas ao
seu objetivo. Quando Villayette tocou a maçaneta dourada, no salão
ouviu-se a confusão, copos voavam e a voz de Eleannor pode ser ouvida.
"O quê? não achas que sou boa
o bastante para você..." Feargal que estava próximo gritou de volta.
"Cale sua boca, vadia, ou eu
meto a mão em sua cara!", e ao terminar sua frase jogou a mesa para
cima. Uma fervorosa discussão começara. Villayette e
Giordano aproveitando o momento desciam e fechavam a porta. Os
demais aproveitando a distração dos guardas, desceram em seguida,
restaram somente no salão Eleannor e Feargal. Que ao perceberem
o sucesso do embuste acalmam-se e então seguiram até o bar.
Após descerem a escada, Villayette
e Giordano chegaram a um corredor mal iluminado construído com pedras
lisas. Uma bruma tomava conta do ambiente, dando um aspecto
lúgubre aquele lugar. Laurin, Kariel e Caravan, juntam-se
aos dois e eles seguem caminhando pelo corredor. Villayette
naquele momento parou e voltou-se para Laurin e então perguntou:
"Nobre sacerdotisa, não seria
este o momento de utilizar o pergaminho que lhe foi dado pelo senhor
Moedasagrada?"
Laurin que até aquele momento
não havia sequer lembrado de tal pergaminho, abriu sua bolsa e retirou-o
e então o leu, conseguindo desta maneira a dádiva de perceber todos
os inimigos presentes. Ela percebe quatro demônios vrocks,
que aguardavam prontos para atacá-los, na próxima sala. Villayette
então volta-se andando o mais rápido e silenciosamente possível
em direção a Giordano, pois ele estava à frente, indo direto para
os tanar'ris. Quando se aproximou Villayette tentou alertá-lo
sobre a emboscada mas era tarde demais: os demônios já estavam atacando.
Na taverna, Feargal querendo
criar novo tumulto grita novamente e pede com gestos que Eleannor
o esbofeteie. E quando ela levantou a mão para atacá-lo um
demônio impediu-a segurando seu pulso e dizendo em seguida.
"Este não é lugar para brigas.
Contenham-se, e paguem pelos prejuízos que causaram."
Frustrado, Feargal paga os estragos
e pede um quarto. Então eles sobem, guiados por um dos empregados
da taverna. Após ouvirem os passos do demônio se afastando,
retornam furtivamente até a porta escarlate. Percebem uma
ausência temporária dos guardas e, aproveitando a algazarra do ambiente
e entram rapidamente, porta adentro.
Giordano e Villayette são violentamente
atacados. O elfo agilmente ataca antes de seus agressores.
Os vrocks não conseguem o revide, errando todos os seus golpes.
O mercenário Giordano não teve a mesma sorte do elfo, conseguiu
desviar de alguns golpes mas foi atingido pelo seu segundo atacante.
Os sons do combate podiam agora
ser ouvidos no corredor. Caravan, Kariel e Laurin correram
em direção ao combate. Ao se aproximarem Caravan luta ao lado
de Villayette e ataca o segundo demônio. Kariel, ainda revoltado
com as atitudes desrespeitosas e imprudentes de Giordano e preocupado
com seu tio, escolhe defender seu parente, deixando o mercenário
em situação complicada. O que deixou Caravan revoltado com
tal atitude.
Dá-se prosseguimento ao combate.
Feroz foi a peleja, com as espadas cantando sua melodia metálica
e com as magias de Kariel, flechas ácidas que cortavam o ar, atingindo
demônios.
Notável era, como sempre, o
desempenho de Feargal, que tal qual as pás de um moinho em uma tempestade,
girava suas lâminas, cortando as criaturas infernais. Porém,
o elfo selvagem tinha uma companheira em perícia e atitude: a esposa
de Villa, Eleanor. Jamais se pensaria que tão bela e nobre figura
fosse uma guerreira tão feroz. No final, a vitória lhes sorriu,
porém Caravan e Eleanor sofreram injúrias sérias nas batalhas.
Laurin que permanecera afastada
concentrando-se, aproximou-se, e tratou de fechar os ferimentos
de Eleannor e Caravan com os poderes divinos concedidos pela deusa
Liira, aliada de Waukeen, pois a Dama de Ouro, que está aprisionada
não poderia fornecê-los. Feargal e Giordano fizeram uso de
poções mágicas e removeram suas chagas, estando todos prontos para
o combate novamente.
"Sinto um inimigo à nossa frente,
mas ele ainda não sabe que estamos aqui e está parado." Anunciou
Laurin.
Eles avançam pela penumbra e
pela névoa chegando do outro lado vislumbram um corredor escuro.
Eleannor, Feargal e Villayette iam à frente. Chegaram
ao final daquela passagem mas não havia porta alguma. Giordano
encontra uma passagem escondida e abre a porta secreta. Na
nova sala, um cão negro do tamanho de um cavalo, guardava uma porta.
Olhou para eles, com seus olhos penetrantes. Feargal
e Villayette atacam a criatura.
Feargal pelo instinto e Villayette
por saber que aquele era um cão do inferno e que deveriam matar
tal besta o mais rápido possível. Eleannor e Caravan entram
em seguida na sala. Villayette atacou primeiro acertando o
flanco da criatura, que mal teve tempo de virar-se pois Feargal
Selvagem a atacara impiedosamente. O cão tentou revidar sem
sucesso. Eleannor ataca mas erra o golpe, e Caravan aguarda.
Feargal elimina a criatura com seus ataques.
Laurin, precavendo-se pede que
seus companheiros aproximem-se e então conjura uma de suas bênçãos
protetoras. Giordano novamente, se aproxima da porta e um
mecanismo traiçoeiro é encontrado e desmontado. No aposento
vários baús cheios de ouro e gemas, e nas paredes diversas armas,
Kariel concentra-se e deseja saber se há algum tipo de encantamento
naqueles itens, e então após uma rápida análise ele disse ao demais:
"Não existe encantamento algum
nos baús, mas sinto que destas armas emanam alguma energia mágica..."
Giordano, ignorante para o significado das palavras do Dileto
de Mystra, pega duas das espadas que repousavam em seus painéis.
Ao tocá-las dois portais aparecem e então dois demônios vrocks
surgem através destes, perguntando:
"Quem ousa roubar nossos tesouros?"
Em seguida os dois demônios guardiões atacam Giordano e Feargal
ataca um dos demônios ferindo-o bastante.
"Saiam da frente!", gritou Villayette
para os presentes, antes de atacar. Giordano recuou e Laurin
o acompanhou. Ficaram na sala com os demônios Kariel, Eleannor,
Villayette, Caravan e Feargal, que naquele momento atacou novamente
o vrock que não resistiu aos brutais danos causados pelas espadas
do elfo selvagem. Kariel novamente desejou atingir a besta
com suas flechas ácidas, causando ferimentos no segundo vrock..
Villayette e Eleannor atacaram, mas não tiveram sucesso. Caravan
acertou um golpe perfeito, ferindo também a criatura. Feargal
realizando fantásticos ataques feriu ainda mais o demônio que revidou
seus ataques atingindo-o. Após algum tempo lutando o demônio
sucumbiu diante da força descomunal de Feargal. Caravan olhou
para Giordano com o semblante sério e disse ao mercenário.
"Dois demônios apareceram pelas
duas espadas que você pegou. Cuidado quando for tomar suas
decisões"
Eles revistaram o tesouro e
descobriram em um dos baús quatro poções. Kariel as identifica
como sendo poções de cura e então Feargal bebe uma delas, entregando
os frascos restantes a Eleannor, Caravan e Giordano.
Eles saem do lugar e Laurin
sente a presença de outro inimigo em uma passagem ao leste. Eles
seguem e ao chegarem na passagem vêm uma imensa porta dupla com
o símbolo da mão com seis dedos gravado. A porta estava aparentemente
trancada. Kariel detectando emanações mágicas, descobre que
aquela porta estava magicamente selada. Seguindo pelo corredor
eles aproximaram-se de um novo cômodo escuro. Lá dentro um
altar com uma imagem hedionda, trazia gravada o nome do demônio.
Diante desta estava Verin, o guardião da Deusa.
"Rendam-se e terão a clemência
do imperador." , disse o demônio de seis braços, deixando a vista
suas armas. A besta, meio humanóide meio serpente, apareceu ágil
e silenciosamente a frente deles.
"Clemência, render-se?" , replicou
Giordano.
Feargal, e Villayette não queriam
conversa e partiram para o combate. Então começou o pior de
seus desafios. Estavam diante de um demônio astuto e ágil.
Aquele era Verin, guardião da hóspede do Imperador do Reino
Triplo, um demônio da raça marilith.
As Formigas Abissais
Magnus caminhou
um tempo fora da floresta. Havia se desviado da estrada principal
e naquele descampado o sol moribundo o torturava, olhando ao redor
ele divisou uma imensa torre, então seguiu em direção a ela. Não
sabia onde estavam seus companheiros Owni e Bingo e muito menos
o que havia acontecido com os elfos prisioneiros de Zilgrat. Após
um longo caminho a imensa torre começou a tomar forma e Magnus percebeu,
ao aproximar-se, que aquela não era uma torre e sim um gigantesco
formigueiro. Naquele momento por pouco não fora pego de surpresa.
Atrás dele seis gigantescas formigas preparavam-se para atacá-lo.
Ele sacou a Chama do Norte e pôs seu escudo à frente. Ainda
tinha a proteção parcial de sua armadura. Três das seis formigas
o atacaram, ele se defendeu dos ataques e com um contra ataque certeiro
feriu uma delas. Mesmo cercado pelas três formigas, ele consegue
antecipar seus ataques, matando a que estava ferida com um derradeiro
golpe. Em seguida, ele desferiu nova investida contra outra
adversária eliminando-a, também, de forma rápida. A terceira
lança de sua boca um jato de ácido atingindo-o pelas costas, com
sua armadura ainda queimando ele é agarrado pela poderosas pinças
da formiga. Magnus estava preso e as outras formigas restantes
o cercaram. Bastante ferido, ele ataca sua oponente e consegue
libertar-se, e invocando ao nome de seu Deus Helm, recupera um pouco
de sua energia. Mas seu alívio é fugaz e ele é novamente atacado
por outra formiga. Um novo jato de ácido o atinge. Ele
cai desacordado. Estava sendo arrastado.
"Será que ele está vivo?", ouviu
o Paladino de Helm.
"Não sei, mas parece que ele
está abrindo os olhos.", respondeu outra voz.
Magnus ao abrir os olhos, ofuscado
pela claridade viu o vulto de duas formigas gigantes. Achava
que poderia ter enlouquecido: ouvia os monstros conversarem sobre
ele. Então dois pequenos rostos conhecidos surgiram no meio
das formigas.
"Olá. Você está bem?", era Owni
que o cumprimentava, montado em um daqueles seres.
"Pequenos, estava preocupado
com vocês. Onde estavam? Onde estão os elfos? E o que fazem
em cima desta form..."
Antes de completar aquela frase,
uma sombra negra cortou o céu. Ele viu o demônio que o procurava
passar e distanciar-se no céu. Então, após a passagem da sombra
as formigas, transformaram-se, e cinco elfas e um elfo surgiram
no deserto.
"Quando saímos do castelo, corremos
para este lugar vimos que os demônios evitavam aquelas formigas.
Então minhas irmãs transformaram-nos a todos em formigas.
Encontramos você a pouco. Meu nome é Terra e quero agradecer-lhe
por nos libertar, e neste momento eu gostaria saber onde está Lua
e minhas outras irmãs?"
Magnus olhou para os pequenos
que rapidamente disseram em voz baixa.
"Bem, nós não contamos nada
do que aconteceu. Era melhor você dizer não acha?"
Magnus ainda fraco, respirou
fundo e disse ao elfo.
"Suas irmãs foram libertadas
por um de meus companheiros. A elfa de nome Lua me encontrou
e então disse que vocês estavam indo para aquele castelo. Pediu-me
para ajudá-la a resgatá-los e então rumamos para cá, mas infelizmente
ela não conseguiu chegar. Sacrificou-se para que nós entrássemos.
Mas como vocês conseguiram transformarem-se? Lua transformou-se
em demônio e não conseguiu voltar a sua forma normal."
"Minha irmã Estrela pode explicar
melhor o que pode ter acontecido.", disse Terra a Magnus, chamando
uma de suas irmãs com um gesto sutil.
"Tomar a forma de um demônio
aqui é muito perigoso. Quando nós tentamos sentimos o perigo
e evitamos estas formas, é terrível que Lua tenha tentado.", falou
umas das elfas.
"Cuidaremos de seus ferimentos.
É o mínimo que podemos fazer por ter nos ajudado, e depois
iremos procurar este seu amigo. Estas são as Estrelas, minhas
irmãs. São a minha constelação. Estamos cansados, mas
ainda nos resta um pouco de energia para curar seus ferimentos.",
disse Terra ao fim das apresentações. Ele mesmo utilizou um
encantamento aliviando os ferimentos de Magnus, mas não fora o suficiente
para melhorar as condições do Paladino de Helm. Então, Terra
pediu as suas irmãs que o curassem.
"Vocês sabem onde fica a cidade?",
perguntou Magnus ao elfo.
"Olhe para o horizonte e então
a verá.", respondeu Terra apontando ao longe.
Magnus olhou e então viu a cidade.
Estava próxima. O grupo decide retornar para encontrar
os companheiros do Paladino. Ao entrar na cidade, Magnus,
os pequenos e os elfos foram até o mercado, compraram capas para
esconder os elfos e então o paladino falou.
"Agora devemos procurar um lugar
para descansar e comer. Não podemos ir para aquela taverna.
Poderemos ser reconhecidos lá."
"Não mesmo, disse Owni."
Eles seguiram pelas ruas até
encontrar uma outra taverna, aonde pudessem comer e descansar. Após
a refeição Magnus decidiu sair e procurar pistas do paradeiro de
seus companheiros.
Eleannor tomba
O demônio Verin
foi atingido por Feargal, Villayette tentou atacá-lo, mas falhou
e recebeu uma machadada em um contra ataque rápido do demônio, ficando
bastante ferido. Verin atacou Feargal com uma adaga envenenada
atingindo-o mas o elfo resistiu ao veneno mortal. Giordano,
Laurin e Kariel seguiram para o altar. O Dileto de Mystra
leu as inscrições mas elas nada revelaram. Caravan e Eleannor
entraram na batalha contra o demônio.
Verin convocou através de um
portal outro demônio este também da raça marilith, de nome Morgolim,
mais um servo de Graz´zt. Armado com espadas, uma lança e
um machado Morgolim, após estudar seus oponentes atacou.
"Heróis! Estou aqui venham,
atrás do altar!" Estas palavras ouviram Laurin e Giordano. Giordano
caminhou até o altar e começou a procurar alguma forma de abrir
a passagem.
Feargal atacou Verin causando-lhe
vários ferimentos. Eleannor e Caravan também atacaram. Verin
atingira Eleannor e Feargal, que novamente atacavam o demônio. O
combate seguiu franco, espadas e machados cortavam o ar. Villayette
atingido por Morgolim, caiu de joelhos no meio do combate, e reunindo
suas ultimas forças levantou no momento exato em que Verin atacou
Eleannor com sua adaga envenenada, atingindo-a. O veneno mortal
e eficaz demonstrou sua ação instantaneamente, e a esposa do elfo
Villayette caiu morta.
"Não!", gritou Villayete levantando
sua Lâmina Lunar e quando estava pronto para atacar ouviu Kariel.
"Meu tio pare..." Gritou Kariel.
Mas Villayette não deu-lhe ouvidos.
"Saia da frente Kariel. Eu
vou matá-lo, ou morrerei tentando!" disse Villayette cego pelo ódio,
e pela dor, desviou-se de Kariel e tentou acertar Verin, mas falhou
em seu ataque, o demônio era muito ágil. Kariel correu e pôs-se
à frente de seu tio novamente ele estava disposto a servir de escudo.
Sabia que Villayette não resistiria muito.
Naquele mesmo momento, enquanto
Villayette tentava atacar o demônio, Caravan que vira o golpe e
a destemida elfa caindo morta correu em sua direção. Derramou-lhe
boca adentro uma das poções de cura, mas era tarde demais, de nada
adiantara tal coisa. Feargal mais selvagem do que nunca desferiu
vários golpes em Verin que caiu morto, restando Morgolim. Villayette
foi até o corpo de Verin e pegou a adaga que matou sua esposa em
seguida com sua Lâmina Lunar em uma mão e a adaga em outra correu
e direção a Morgolim que já sofria nas mãos de Feargal. Villayette
ataca, mas falha. Feargal não, acerta seus golpes impiedosamente.
O demônio furioso toma Feargal como seu adversário esquecendo-se
dos demais. Villayette esquece cautela, e ataca atingindo
Morgolim com a adaga. O demônio atinge Feargal, mas o elfo
selvagem mantêm-se de pé para a sua surpresa. Morgolim acaba
por não resisitir e cai morto com os golpes de Feargal.
Villayette deixou sua espada
e a adaga caírem ao chão e andou até o corpo de sua amada Eleannor,
ignorando até mesmo gravidade de seus ferimentos. Naquele
momento não sentia a dor física, mas sua alma estava completamente
arrasada. Ajoelhou-se e então chorou silenciosamente abraçando
o corpo frio e sem vida de sua esposa. Não blasfemou aos deuses
e nem pediu que os ajudasse, ninguém poderia fazer nada por ele
e ninguém se aproximou dele naquele momento, nem mesmo Kariel.
Giordano encontrou o mecanismo
que abria a porta e com ele um que ativava uma armadilha, após desarmá-lo
ele abriu a passagem e uma bela dama de cabelos dourados saiu.
"Obrigado a todos!" Disse
a Dama de Ouro sorrindo.
Feargal, cortou os guizos das
caudas de Verin e Morgolim. Seriam troféus da dura batalha.
"Precisamos sair logo daqui!"
Alertou Caravan. Feargal e Kariel aproximaram-se de
Villayette e seu sobrinho pôs a mão em seu ombro, Villayette ainda
abraçado ao corpo de sua esposa disse.
"Kariel, ela está morta. Depois
de uma longa separação finalmente a encontro e ela morre, porque
não fui eu a morrer? Porque ela?"
"Não se preocupe daremos um
jeito...", respondeu Feargal.
"Dar um jeito? Lembre-se
de Diana, Feargal. Nós não podemos fazer nada, os Deuses não
podem me ajudar", disse Villayette, inconsolável.
Waukeen aproximou-se de Villayette
e disse ao elfo.
"Não se preocupe, cuidaremos
dela depois. Agora temos que sair deste lugar. Nesta
forma não poderei ajudá-los em nada, mas depois que recuperar meus
poderes poderei fazer algo."
"Tome beba esta poção.", falou
Kariel.
"Não, deixe-me morrer com ela."
"Não seja teimoso, não ouviu
o que a Deusa disse?"
"Kariel... ela não sabe o que
está acontecendo. Ela esteve presa aqui, e ainda não deve
saber que Kelemvor proibiu o retorno dos mortos."
"Beba. Como disse antes,
não se preocupe. Tudo se arranjará.", pediu Waukeen.
Villayette bebe a poção e então
recolhe a espada de sua esposa pondo-a de volta na bainha. Ajeita-lhe
o cabelo e beija-lhe os lábios. Depois recolhe sua própria
espada e a adaga que a matou. A carrega em seguida, ainda
com a face úmida pelas lágrimas.
A Fuga
"Como sairemos
daqui?", perguntou Caravan.
"Será que não poderemos utilizar
o portal que está no outro aposento?"
"Não. Aquele portal é
utilizado para ir até o salão de prata. Verin o utilizava
para conferenciar com Graz´zt.", falou Caravan.
"Não podemos destruí-lo?", perguntou
Feargal.
"Não, isso seria arriscado demais.
Ele poderia explodir.", disse Villayette.
Giordano utilizando as chaves
que encontrara no corpo de Verin, abriu a porta negra marcada com
o símbolo de Graz´zt. E eles viram no centro do aposento um
espelho.
"Vamos tentar barrar a passagem.
Já que não podemos destruí-lo, podemos virá-lo para a parede."
Disse Giordano para o demais. Eles viram o espelho para
a parede a tentativa de bloquear a passagem de quem tentasse utilizá-la
e depois saem do aposento.
"Vocês devem pensar rápido.
Nosso tempo está se esgotando", disse Waukeen.
"Existem mais prisioneiros aqui?",
perguntou Feargal.
"No corredor do outro lado existem
algumas celas. Nelas crianças, filhos recém-nascidos de humanos,
estão presas, mas infelizmente não há mais tempo de libertá-los.
Os guardas estão descendo.", completou a Deusa.
"Eu poderia abrir um portal
até a passagem da escada, mas seria arriscado, pois não tenho muito
conhecimento sobre esta cidade.", disse Kariel.
"Vamos para a sala das armas.
Ficaremos escondidos lá, depois que os demônios passarem nós
sairemos" disse Villayette aos demais.
"Mas com certeza eles vão procurar
em todos os lugares.", respondeu Caravan.
"Lá de dentro Kariel poderá
abrir um portal para a escada que descemos para chegar aqui. Então
quando estivermos diante da porta escarlate, correremos.", continuou
Villayette.
Planos feitos, eles seguiram
para a sala das armas, e foi bem a tempo, pois após fecharem a passagem
os primeiros passos dos guardas que desciam puderam ser ouvidos.
Ao chegarem e encontrarem os primeiros demônios mortos, a
guarda separou-se: metade partiu até o local onde Verin e Morgolim
jaziam inertes e o restante permaneceu alerta. Antes de sair
eles recolheram alguns dos tesouros de Graz'zt deixados ali e então
Kariel conjurou os portais e eles saíram diante da porta na taverna,
de onde desceram. Ao abri-la viram surpresos que a Taverna
que antes fervilhava estava vazia. Todos saíram normalmente
da taverna e se misturaram na multidão. Waukeen, sob a proteção
de uma capa, escondia sua beleza, seus cabelos dourados e suas ricas
vestes.
"Alguém lembra o caminho até
a Escadaria Infinita?", perguntou Feargal.
"Não sei onde estamos, mas se
conseguimos encontrar o mercado ou aquela taverna em que estivemos
primeiro, tenho certeza de que posso guiar-nos até a Escadaria Infinita.",
disse Villayette.
"Existem vários mercados nesta
cidade, mas diga em qual taverna vocês estiveram?", perguntou Caravan.
"A Deusa Adormecida. Se
não me engano o nome era este", respondeu Villayette.
"Sigam-me. Irei levá-los
até lá.", finalizou Caravan.
Eles seguiram o Harpista até
a Taverna e depois Villayette os levou até a escada e antes de chegar
ele comentou.
"Ainda tenho uma preocupação"
"O que o preocupa, meu tio?",
perguntou Kariel.
"Gildaar, ele pode nos trair.",
respondeu Villa.
Ao chegarem, viraram o beco
e então as suspeitas e temores de Villayette se mostraram verdadeiros.
Lá estava Gildaar, com dois guardas vrocks a espera.
"Se quiserem passar, cada um
de vocês deve me pagar 100 peças de ouro, e não adianta tentar me
matar pois ele, o senhor deste local, saberia rapidinho que vocês
estão aqui."
Feargal que trazia á mão um
baú cheio de moedas entrega-o a Gildaar dizendo.
"Bem ai tem mais do que você
nos pede. Agora saia de minha frente." Gildaar, abriu o baú
e um sorriso de vitória surgiu em seu rosto. Ele abriu a passagem
para o beco e Villayette antes de passar falou-lhe.
"Isso também é para garantir
a passagem de nosso companheiro que ainda está na cidade."
"Por mim, tudo bem, não tenho
mais nada a fazer aqui." E com estas palavras ele apoiou-se
nos dois vrocks que saíram voando para longe.
"Vou ficar esperando por Magnus.
Vá com eles Kariel e cuide de Eleannor.", disse Villayette.
"Se pretende ficar, eu também
ficarei.", respondeu Kariel. Enquanto eles decidiam, Waukeen
chama-os dizendo:
"Vamos para o meu reino. Lá
poderemos descansar. A escada é um lugar seguro se seu amigo
chegar até aqui." Antes de atravessar a porta Villayette,
voltou-se para Caravan.
"Caravan, pode tentar encontrar
nosso companheiro? E dizer que nós já atravessamos?"
"Como é este seu companheiro?",
perguntou Caravan.
"Um jovem humano de boa aparência,
e deve estar usando uma armadura, mas depois da confusão que criamos,
se ele não a jogou fora temo que ele terá problemas."
Caravan assente com a cabeça
despede-se e então desaparece nas sombras da cidade.
Ao atravessar a porta eles vêem
as quatro elfas, que estavam assustadas com a inesperada chegada
daquele grupo. Villayette que vinha por último aproximou-se,
e contou sobre elas aos seus companheiros.
"Senhor Villayette, onde está
nossa irmã?" Ao ser inquirido sobre Lua, ele ainda perdido
em sua dor respondeu.
"Infelizmente, nada sei sobre
ela. Nós nos separamos na loja de Warwick e desde então não
mais a vi. Espero que o nosso Pai Corellon a proteja deste
inferno, e a ajude em sua busca, pois a minha acabou, não como eu
desejei...." Não pôde continuar, pois novamente as lágrimas rolavam
por sua face.
Waukeen, deusa de grande coração,
e ansiosa por rever seu lar e seus amigos, pediu novamente a todos
que a seguissem pela Escadaria Infinita.
"Vamos, sigam-me, em breve estaremos
em meu Reino."
O Destino de Magnus
Magnus, os pequenos
e os elfos caminhavam pelas ruas de Samora. Eles viam a todo
lado patrulhas de soldados procurando algo, ou alguém. Cobriu-se
com seu manto e seguiu seu caminho em busca de pistas que levassem
aos seus companheiros, até que foi abordado por um dos soldados.
"Pare, por acaso não viu um
grupo passar com uma mulher de cabelos dourados?", perguntou ele.
"O que está acontecendo?", perguntou
Magnus, mas não teve resposta, pois o demônio vendo que ele nada
sabia continuou sua busca. Estava enganada tal besta, por
achar que aquele jovem encapuzado não sabia o que estava acontecendo,
muito pelo contrário. Magnus ao ouvir as palavras do demônio,
lembrou-se de seus companheiros então voltou-se para os seus acompanhantes
e falou:
"Eles conseguiram! Libertaram
a Deusa. Temos que voltar para a Escadaria Infinita." Diante
dos indiferentes elfos e dos atônitos halflings, que nada entendiam,
Magnus continuou. "Vamos, sigam-me!" Então começou a
tentar recordar o caminho correto para a passagem e depois de algum
tempo finalmente ele encontrou-a, atravessou e viu que nenhum de
seus companheiros estavam na escada. Decidiu voltar e esperar
por seus companheiros ali mesmo na entrada. Mais um tempo
se passou e então um estranho encapuzado apareceu e vendo o jovem
humano, perguntou:
"Você é Magnus, amigo de Villayette?"
"Quem é você, diga seu nome
e eu direi o meu.", replicou o Paladino de Helm.
"Bem, tenho uma mensagem para
Magnus, que poderá salvar a sua vida. Mas como não anuncia
o seu nome e não posso dizer o meu, não posso falar-lhe." O homem
desapareceu.
Novamente o tempo passa e então
de repente um demônio com suas asas incandescentes entrou no beco
e lançou anéis de energia, capturando todos que estavam naquele
lugar, levando-os em seguida para um lugar desconhecido.
A Volta de Eleannor
Eles subiram
por mais quatro dias, e então chegaram na cidade da Deusa. Enquanto
caminhavam pela ruas viam deslumbrados a beleza do lugar. Waukeen
cumprimentava os passantes e sorria para todos. Ela estava
visivelmente feliz.
"Dama de Ouro, A Dama de Ouro,
voltou!" gritou uma serviçal da deusa. Aquele fora um momento
de felicidade tanto para Waukeen como para os habitantes daquele
lugar. Eles caminharam para um palácio cujas portas eram feitas
de ouro puro. Lá dentro a Deusa Waukeen, pede licença aos
demais e sai do Salão , mas antes pede para que se sirva um jantar
em homenagem aos seus convidados. Eles agradecem. Villayette
olha para a Deusa e com um fraco sorriso, disse aos presentes.
"Obrigado, mas não tenho fome."
"Caro Villayette, junte-se aos
demais e coma algo. Veja... sua esposa está ao seu lado."
ao terminar sua frase Waukeen mostra o espectro de Eleannor que
estava ao lado de Villayette, então o espectro com a voz melodiosa
disse:
"Elder, não se preocupe comigo.
Venha, vamos com os outros."
Triste, ele seguiu-a para juntar-se
a seus companheiros. Aquela era para ser uma comemoração,
a volta da deusa, o sucesso da missão, mas não para ele. Havia
perdido sua esposa e mesmo com a Deusa Waukeen dizendo que ela retornaria,
ele não estava confiante. Foi quando o espectro de Eleannor
falou:
"Veja só. Eu estava no
reino dos mortos, diante do trono de Kelemvor, quando ele me disse
que era seu amigo, e que já fizera parte da Comitiva da Fé. Não
sabia que vocês eram tão importantes."
Villayette deu um triste sorriso.
Gostaria de abraçar e beijá-la, mas isso seria impossível.
Waukeen retornou naquele momento. Notava-se que ela estava
divina, ou melhor que sua força divina retornara. Aquela era
a Deusa Waukeen, a Dama de Ouro que retornava. Ela pôs-se
diante de um belíssimo espelho e então começou a conversar, com
alguém.
"Sim, Obrigada, Oh. Mas claro
meu jovem.... Eu posso? Ahhh obrigada." Terminado seu diálogo
ela voltou-se para os seus convidados. O espectro de Eleannor
desaparecera, e então a Deusa falou:
"Um homem muito educado o jovem
Kelemvor, e Villayette... ele deu-me a permissão para trazer sua
esposa de volta." Quando ela terminou, Eleannor entrou no
salão, e correu para os braços de seu amado esposo, depois se sentou
ao seu lado. Waukeen como gratidão perguntou a cada um dos
presentes o que eles desejavam. O primeiro foi Giordano.
"Giordano quanto lhe foi oferecido
para me resgatar?"
"Vinte mil peças de ouro.",
respondeu o mercenário.
"Te darei quarenta mil, e quando
retornar receberás suas vinte mil como combinado." Em seguida
perguntou a Feargal.
"E você bravo guerreiro o que
tens a me pedir?"
"Bem, eu queria minha esposa
de volta."
"Tens certeza? Vejo que ela
já partiu a muito, sabe que deverás deixar tudo para trás para cuidar
dela não sabe? Pense bem nas conseqüências deste seu pedido. Não
poderás falhar com essa jovem novamente. Se for o seu desejo
poderei conservá-la viva pelo tempo em que você viver assim não
terá mais que se preocupar com que ela morra primeiro. Mas
como já disse, deverás deixar tudo para viver somente por ela."
Feargal, apaixonado pelas batalhas
pensou duas vezes, e então lembrou-se de Magnus. Ele poderia
estar perdido naquele lugar, e talvez um dia teriam que retornar.
Então disse:
"Dama de Ouro, encante minhas
armas para que elas afetem os demônios daquele lugar."
"Está certo disso?, perguntou
ela.
"Sim, estou.", respondeu o elfo.
"Então tua arma, sempre que
estiver naquele lugar atingirá os demônios que ali vivem."
"E você Kariel, deseja algo?"
Kariel pensou. Pensou em sua esposa humana, e em tê-la de
volta. Separara-se de Ênia, pois esta não suportou a idéia
de envelhecer e morrer, enquanto vivia com um imortal marido. Kariel
imaginou em dar-lhe a mesma longevidade que ele, mas ponderou também
sobre seu filho. Se o seu desejo tornasse realidade, os dois
veriam seu filho envelhecer e morrer. Também seria duro para
ela. Talvez as coisas estivessem arrumadas da melhor maneira,
ainda que isto não o agradasse. Também refletiu no destino
e no seu direito de alterá-lo. Então pediu:
"Encante minha arma para que
ela afete demônio e ficarei satisfeito, senhora Waukeen."
E após encantá-la, a espada
de prata de Kariel, passou a ter uma runa de Waukeen gravada. A
deusa voltou-se para Laurin.
"E você minha bela jovem, terás
o maior cargo que uma mulher já teve em minha igreja. Será
inferior somente a Moedasagrada, mas somente até que aprendas o
suficiente para assumir responsabilidades semelhantes."
E por fim ela voltou-se para
Villayette, "E você Villayette, a partir de hoje terá uma espada
que aumentará sua chance de acertar qualquer oponente."
"Obrigado, senhora, mas o maior
presente que me deste foi ter minha amada de volta." Agradeceu
o elfo à Deusa.
"Todos vocês podem ficar aqui
o tempo que quiserem, e terão abrigo em qualquer templo dedicado
a mim, a qualquer momento em que precisarem."
E assim ficou a Comitiva na
cidade divina, descansando da arriscada empreitada ao Abismo de
Graz´zt.
Esta
história é uma descrição em teor literário
dos resumos de aventuras jogadas pelo grupo Comitiva da Fé
em Salvador sob o sistema de RPG Advanced Dungeons & Dragons.
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