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Pelo Divino e Pelo Dever

Descrita por Marcelo Piropo e Ricardo Iglesias


Personagens da aventura:

O anão: Kendrak. Os humanos: Laurin de Waukeen; Giordano. Os elfos: Feargal Rhal; Kariel Elkendor; Elder Villayette "Moonblade" Elkendor.


Pelo Divino e Pelo Dever


Prólogo

      A nossa história começa no bucólico Vale das Sombras, quando o elfo Elder Villayette Elkendor, membro de um grupo de aventureiros chamado A Comitiva da Fé, recebeu uma inesperada carta.  Como acabara de chegar, meio às escondidas, de uma longa viagem às terras élficas, Elder ficou surpreso.  Afinal, quem poderia saber que estava em casa.

      E Elder não vivia propriamente numa casa, não.  Vivia sim numa toca-lar, no subterrâneo de um antigo carvalho, e as raízes grossas da árvore passavam pelo chão da sua sala e decoravam as suas paredes.  Ele entrava em sua morada por uma porta redonda, que ficava oculta entre as raízes; e esta, qual alçapão, se abria com o peso do corpo e se fechava assim que o peso se passava.  No início, o elfo tinha alguma dificuldade com a manobra, hoje não, vinha correndo e pulava para dentro de uma só vez, como se tivesse feito isto a vida toda.  Mas retornemos à carta.

      Elder sopesou-a, olhou-a por todos os ângulos, conferiu o endereço: toca-lar, sob o velho carvalho, 150 passos além da Casa da Bruxa.  Estava correto.  Caminhou um pouco com a carta na mão e a fez descansar sobre a mesa da sala, ao lado da espada Lâmina Lunar.  Os elfos não são apressados como o são os humanos e também sabem controlar sua curiosidade.  Vejam que Elder teve o escrúpulo de acender a lareira, encher, pacientemente, o seu cachimbo predileto - que só fumava quando estava em "casa"- com a boa erva de fumo trazida do reino élfico.  Quando já estava fumando é que se voltou para a carta, e ainda se sentou na sua poltrona, deixando-a no colo por quase uma hora.  Antes de finalmente lê-la, Elder encheu mais uma vez seu cachimbo.  Abriu o envelope com cuidado.  Era isto o que vinha escrito:

"Elder Villayette, da antiga estirpe dos magníficos elfos da lua, é com ansiedade e dúvida que traço estas linhas.  Para dizer a verdade, se estiver lendo este manuscrito, uma grande profecia se cumpriu.  Pois eventos estranhos levaram-me ao seu nome e eu nem sei se você existe.

Mas Elder, uma coisa sei, sei de uma viagem que pretende fazer.  Não a faça, não ainda, não antes de nos encontrarmos.  Se escutei bem as palavras que me foram reveladas. Agora mesmo alguém baterá a sua porta. Siga-a,não tenha medo, eu o aguardo."

Moedasagrada Olehn


      Leu a última letra e escutou: "toc-toc". Bateram na porta-alçapão de Elder.  Neste ponto, o elfo perdeu a fleuma.  Levantou da poltrona num salto de espanto, deixou a carta cair no chão e correu até a escada. "Que Mirkuls?", praguejou.  Subiu a escada em caracol e abriu muito lentamente a porta-alçapão.  O cachimbo firme entre os dentes.

      "Quem está aí?" Disse, mas quem poderia compreendê-lo assim, com o cachimbo na boca?       "Elder Elkendor?" Fez a voz do lado de fora.  Embora a frase fosse curta e interrogativa, o elfo ficou sabendo que era uma mulher.  Isto o tranqüilizou um pouco.

      Abriu toda a porta-alçapão e saiu para a noite clara.  Encontrou uma mulher alta, magra, de cabelos muito negros, vestida à maneira dos magos.  Ainda trazia um cajado e um cinto cheio de saquinhos e poções.  Ela sorriu e disse:

      "Então, você é real!"
      "E quem é você?"
      "Sou Marcella Harauntan. Vim levá-lo e aos seus amigos. Ande depressa não temos tempo a perder."

      Tantas coisas passaram pela mente de Elder.  Mas a mulher sabia dos seus sofrimentos e, via-se, tinha os dela também.  A viagem de Elder referida na carta, bem, não era uma viagem prosaica, destas que fazem os homens que vão de Cormyr a Sembia.  O elfo pretendia uma empresa arriscadíssima: descer ao Abismo infernal para resgatar a mulher que amava das garras do demônio Graz'zt; e qualquer referência sobre este assunto merecia a sua mais completa atenção.

      "O que está acontecendo?" Argüiu.
      "A Escada Celestial no templo de Lathander não será a solução para o teu problema, nobre elfo! Mesmo que tenha permissão para seguir por ela, a jornada, assim iniciada, será dura e longa.  Talvez não longa para um elfo, mas mortal para seus amigos humanos.  Venha comigo.  Nossas angústias têm o mesmo motivo e podemos, unidos, solucioná-las."
      "De onde vem? Quem mandou você até aqui?"
      "De que isso importa? Eu posso ajudá-lo e você também poderá ajudar-me."

      Elder saltou para dentro de sua toca-lar, vestiu a cota-de-malha élfica e colocou a mochila nas costas.  Já estava na escada quando lembrou que a Lâmina Lunar ficará sobre a mesa.  Não fez caso do fato. Disse:

      "Lâmina Lunar!" E a espada mágica pousou sutilmente em sua bainha.  Foi falando assim que trancou a porta-alçapão e guardou a chave no bolso. "Há um homem que poderá resolver minhas dúvidas e aplacar seus temores.  Venha comigo, depois, a depender das palavras deste homem, irei contigo."

      Caminharam durante meia hora até que chegaram no centro do Vale das Sombras.  Lá, Elder caminhou até um edifício em construção.  Mesmo sendo noite, encontrou a obra em andamento.  Fazia-o um único e incansável trabalhador.  Era um jovem, de rosto tão angelical, que a sujeira e o suor, ao invés de diminuir-lhe a beleza, apenas acentuavam os traços das suas virtudes.  Não usava camisa, de maneira que se via a energia dos seus músculos.  O trabalhador empilhou uma grande pedra, passou a argamassa, depois enxugou o suor da testa e sorriu, revelando os dentes qual marfim.

      "Olá, Villa da raça dos elfos, vejo que Helm protegeu-lhe os caminhos! Quem traz consigo?"
      "Antes, Magnus de Helm, responda-me uma questão.  É esta mulher aqui uma serva do mal?"
      "Magnus nunca sorri para as iniqüidades.  Fosse serva do mal e eu não teria descansado o grande tijolo no muro, mas, com toda força dos meus braços, em sua cabeça."
      "Então", Elder nem esperou Magnus de Helm completar a sentença, "corre para dentro da abadia e veste a esplendorosa armadura.  Partiremos agora."
      "Para onde?"
      "Para o Abismo!"
      Foi como escutar uma palavra mágica.  Magnus correu para dentro sem perguntar mais nada.  E enquanto vestia a armadura dizia consigo: "Helm me proteja!"

      Do lado de fora, o elfo e a maga sentaram-se sobre os grandes tijolos.  Conversariam, mas alguém mais apareceu vindo dos lados da floresta.

      "Meu tio! Não me diga que partiria sem me convidar"  Fez o recém-chegado.
      Elder levantou-se para cumprimentar Kariel Elkendor. Apresentou-o a Marcella e narrou-lhe de forma resumida os acontecimentos.
      "Fique aqui!"  Pronunciou Elder.  "Eu irei chamar os outros."

      Kariel o conteve.

      "Meu tio, prudência neste momento.  Chame apenas Feargal Selvagem.  Se chamar os demais, apenas encherá seus corações de dor por não poderem segui-lo.  Iorek partirá em breve com a esposa, ambos pretendem levar uma vida tranqüila na terra dos anões; Arthos ainda chora em Avar-Cormanthir; Ájax está batalhando sua própria luta em Cormyr e Kelta encontrou a paz nos braços da família.  Não os vá perturbar.  Não faça isso... Corra até a casa de Feargal Selvagem.  Os outros não precisam saber da nossa partida, não precisam... Há tempo para as aventuras e, exceto para Ájax, o tempo dos demais passou, pelo menos por enquanto.  Não estraguemos os leves pensamentos que caminham em seus sonhos com esta empreitada perigosa.  Mas anime-se, meu tio, nós quatro ainda somos uma comitiva, A Comitiva da Fé."

      Ora, quando Feargal bom para o grito de guerra, selvagem na raça e no vestir, chegou na sua armadura negra repleta de armas, Marcella Harauntan pediu que os quatro dessem as mãos.  Fora, contudo, interrompida por um unicórnio branco que instou em se juntar ao seu mestre.  Magnus beijou o animal encantado e fez como a maga pedia.  Assim, após haver ela dito as palavras mágicas, os quatro membros da Comitiva, mais o unicórnio e a maga, desapareceram numa explosão de luzes.

A Cidade da Moeda

      Os membros da Comitiva da Fé juntamente com Marcella Harauntan reapareceram em uma tenda.  Lá dentro, três figuras distintas se podiam ser vistas, um homem e uma mulher acompanhados de um anão.  Ao aparecer ela disse aos demais.

      "Está é Athkatla, a Cidade da Moeda, capital do reino de Amn."
      Ao olhar ao redor a Comitiva vê que aquela cidade era três vezes maior que a cidade de Águas Profundas, então o Paladino de Helm, o jovem Magnus, pergunta à Maga.
      "Para onde estamos indo nobre senhorita?" Ao que Marcella responde calmamente.
      "Peço que tenha um pouco de calma, não se preocupem, pois já estamos chegando em nosso destino."

      Seguindo-a eles chegaram em uma gigantesca Catedral, um imenso e belo portão que parecia ser todo feito de puro ouro.  Após atravessarem o portão e chegarem em um imenso salão dourado.  Marcella vira-se para os demais e despede-se. Antes, porém, aproximou-se de Villayette e disse:

      "Parti na incerteza de lhe encontrar.  Não sabia se você era ou não real, mas agora que o conheci minhas esperanças aumentam."  Villayette olhou para ela deu um leve sorriso seguido de uma breve saudação, e por fim falou.

      "Apesar de não saber o que está acontecendo, nem por que estou aqui, espero descobrir isso logo pois não compreendo o que minha busca tem haver com isso, mas foi um prazer tê-la como companheira nesta pequena jornada até esta cidade e espero que siga em paz."  Marcella cumprimentou-o novamente e desapareceu em um dos corredores.

A Jovem Profetisa

      Após a saída de Marcella um homem apareceu informando-os de que os levaria até o Senhor Moedasagrada Olehn.  Eles seguem o humano caminhando pelo templo, bastante impressionados com a riqueza e ostentação da construção e após alguns minutos eles chegaram a uma sala cuja parede exibia um mapa.  Um homem que permanecera sentado atrás de uma mesa visivelmente absorto em seus afazeres ao vê-los levantou-se e disse:

      "Sou Moedasagrada Olehn e vocês são?"
      "Bem senhor, gostaria de saber mais sobre nossa vinda até esta cidade", perguntou Magnus o Paladino de Helm adiantando-se aos demais.
      "Tudo ao seu tempo meu jovem," disse Moedasagrada virando-se em seguida para os elfos e perguntando qual deles era Villayette.

      O elfo se apresenta e fala:

      "Agora tudo está mais claro.  A presença de todos vocês aqui faz parte de uma grande profecia que se cumpre, e esta profecia está ligada a doença de uma jovem que é minha protegida, que esta definhando, ó grande Dama de Ouro.  A pobrezinha em seus delírios, falou sobre você Elder Villayette e sobre a busca.  Ela dissera que o destino do elfo e de seus companheiros estavam ligados a Waukeen."  Então depois de uma pequena pausa, na qual ele manteve-se em silêncio, retomou a conversa.
     "Sim, mas venham, sigam-me e vocês verão com seus próprios olhos minha pobre protegida, e quem sabe a visão deste elfo a faça melhorar."

      Após aquelas palavras Moedasagrada os leva até os aposentos da jovem, e enquanto seguiam através dos corredores do templo ele contou mais um pouco sobre a misteriosa enfermidade e sobre os meios de cura já tentados.  No aposento, eles viram uma jovem deitada em uma cama.  Apesar de estar magra ela ainda trazia os traços da beleza da juventude, mas trazia também os sinais a misteriosa enfermidade que a consumia.

      "Esta é a minha pobrezinha, minha Halana Jacyra.  Ela era uma das mais belas sacerdotisas que alegravam este templo mas agora está definhando e nós não podemos fazer nada", disse Moedasagrada, não conseguindo evitar a tristeza nos olhos e nas palavras.
       Magnus de Helm vendo o sofrimento dos presentes e a de Moedasagrada virou-se para o tutor da jovem e pediu.

      "Senhor peço que me deixe tentar ajudá-la em nome de Helm, talvez eu possa aliviar o sofrimento dela com a graça do Deus Guardião."
      "Sim meu jovem, por favor", responde Moedasagrada.  Magnus ajoelha-se ao lado da jovem e pronuncia palavras de cura em nome de seu Deus Helm, mas nada adianta, a jovem Halana permanecera a mesma.

      Elder Villayette se aproxima da jovem e então esta, que parecia reunir suas ultimas reservas de energia, abriu seus olhos.  Elder pegou suas mãos sentindo o quão frias elas estavam, pareciam prenunciar o fim da vida de tão bela jovem.  E no meio daquele momento funesto, como se esperasse a presença do elfo a jovem falou.

      "A Dama de Ouro e a esposa de Elder estão vivas.  Se encontram nos domínios de Graz'zt." Então suas forças se esvaíram com suas últimas palavras e ela caiu em sono profundo.  Moedasagrada que ouvira tudo em silêncio saiu apressadamente do pequeno aposento visivelmente abalado.  Ele conversou rapidamente com um de seus acólitos pedindo-o para levá-los até o refeitório.

      Durante o almoço eles conversaram.  Haviam mais três pessoas na mesa, uma mulher, vestida ricamente, um homem e um anão, que se apresentaram.  Chamavam-se Laurin de Waukeen, Giordano e Kedrak de Moradin.. Também haviam sido contatados para esta empreitada.  Muitos comeram com apetite, mas Villayette comeu pouco pois estava ansioso e nervoso demais para comer.  As palavras da jovem Halana Jacyra lhe deram esperanças, mas o preocupou bastante.  Lembrou-se de Eltab, e a sorte que eles haviam tido em derrotado.  Lembrou-se também de Xvim, que a pouco tempo prometera mandar Graz'zt destruir a estátua de sua esposa.  Procurou retirar estes pensamentos da mente.  Ele precisaria de toda sua lucidez para trilhar os caminhos do Abismo.  No meio do banquete, Elder perguntou a Laurin e aos seus companheiros:

      "Nobre senhora, tem idéia do lugar para onde estamos indo? Da nossa missão?" A jovem sacerdotisa nega com a cabeça e disse:
      "Infelizmente só tenho conhecimento de que se trata de uma importante missão em nome da Deusa Waukeen"
      "Vocês não fazem idéia para onde partiremos, mas quando souberem devem pensar duas vezes antes de aceitar a missão." Disse Kariel, Dileto de Mystra.  Um bardo apareceu cantando suas músicas e fazendo charadas.  Após a refeição, eles foram levados por um acólito até uma biblioteca.  Passam-se as horas e finalmente eles são levados novamente até Moedasagrada.  O Patriarca de Waukeen aproximou-se pedindo desculpas.

      "Desculpem-me pelo meu atraso.  Ele se deu por motivos sérios, pois a presença de Villayette aqui provocou uma revelação.  A Dama de Ouro ainda vive.  Não está morta como muitos pensam.  Acho que tudo isso é parte de uma profecia.  Waukeen está no Abismo, por isso a busca de Villayette e a Deusa estão entrelaçados."  Ele vira-se para os três que foram chamados para a missão e pergunta ao mercenário Giordano:

      "Caro mercenário, não se preocupe com seu tempo perdido, será bem recompensado.  Mas agora gostaria de saber qual seu preço para partir nesta missão." Giordano olhou para Moeda sagrada e então sem pudores pediu 10.000 peças de ouro:  "Este é o meu preço", disse então sorrindo e virou-se para os demais.  Villayette e os demais membros da Comitiva estavam impressionados pois ou o humano era louco ou achava que moedas valiam sua vida.  Mal sabia ele que talvez a sua própria alma estava em jogo.  Não deveria ter idéia onde estava se metendo.  Moedasagrada considerando os riscos decide aumentar a oferta:

      "Tudo bem! Dez mil peças é o seu preço, mas pagarei o dobro, se retornar."
      Laurin de Waukeen pergunta a Moedassagrada :
      "Senhor, porque Waukeen foi aprisionada?"
      "Ela foi presa por pura maldade, pura perversidade, Graz'zt é um demônio perverso e impiedoso." Responde Moedasagrada para em seguida perguntar ao membros da comitiva:
      "E vocês, por quais motivos estão indo. Sobre Elder Villayette eu já tenho a resposta, mas vocês por que o seguem?"

      Todos os companheiros de Elder respondem de forma semelhante.

      "Iremos pela honra, lealdade a nosso companheiro, pelo dever e principalmente pela amizade que temos por Elder."  Responderam os demais membros da Comitiva da Fé. Moedasagrada virando-se para Villayette, perguntou-lhe:

      "Então nobre Villayette irá ajudar-nos a libertar a Dama de Ouro?"
      "Se ela está presa no Abismo deve ser libertada e como estou indo resgatar minha esposa também a libertarei. Ninguém deve sofrer naquele lugar."  Respondeu O elfo Elder Villayette.

      Moedasagrada feliz com a resposta disse ao elfo a sua frente:

      "Há pouco tempo para mim você era somente um nome" - então virando-se para os demais presentes, completa - "Então são três os objetivos desta aventura: salvar Waukeen, libertar a esposa de Elder e curar Halana.  Pois acredito que a doença dela esteja ligada com o destino da Deusa de Ouro."

      Kedrak, o anão clérigo de Moradin, antes de encerrar-se a discussão disse:

      "Não senhor serão cinco os nossos objetivos: salvar Waukeen, libertar a esposa do elfo, achar a cura para a jovem, acertar uma martelada neste demônio de nome Graz'zt, e libertar qualquer outra pessoa que esteja presa naquele lugar."

      Após as divagações do anão que seguia resmungando, Moedasagrada os leva até uma mandala e antes de atravessá-la entrega aos dois clérigos presentes pergaminhos dizendo em seguida:

      "Estes são encantamentos para prever. Eles podem avisar quando a sombra do inimigo estiver próxima, mas eles devem ser utilizados com sabedoria."  Uma meio-elfa sacerdotisa de Selune surge e é apresentada por Moedasagrada:

      "Esta é Kiriane.  Ela os levará até a escada infinita, boa sorte a todos."  Após despedirem-se de Moedasagrada.  Eles dão as mãos ao redor da mandala com a meio-elfa Kiriane ao centro.  Então Kiriane, os membros da comitiva e seus três acompanhantes são teletransportados para o Templo de Selune em Águas Profundas.  Lá vão a uma sala secreta e um grande espelho se revela.  Kiriane voltando-se para os seus acompanhantes explica:

      "Este espelho é uma passagem para o reino de Selune e para a escadaria infinita.  De lá a decida será certa.  Procurem a porta com o símbolo de uma mão com seis dedos.  Esta levará ao Abismo de Graz'zt."  Ela virou-se para Villayette e então disse:
      "Há alguns meses Elminster do Vale das Sombras esteve aqui neste templo.  Veio buscar um item para derrotar o exército de Bane e deixou-me este pergaminho dizendo que deveria ser lhe entregue.  Pediu-me também que dissesse que você deverá lê-lo diante da estátua de sua esposa e ela voltará ao normal."
      "Obrigado, Kiriane, que Corellon a acompanhe e que Selune lhe ilumine."  Então guarda o pergaminho em sua bolsa e eles atravessam o espelho sendo levados para uma sala iluminada com dois portões, um deles guardado por um guerreiro nórdico.  Uma mulher aparece e apresenta-se:
      "Eu sou Catharina.  Para lá está a ponte do arco-íris.  Não devem atravessar aquela porta. Esta outra leva a escada celestial.  Este será o seu caminho."

A Escadaria Infinita

      Eles descem a escada e enquanto o fazem Magnus, vendo que ela dava voltas em espirais e que muitas vezes parecia ficar de ponta cabeça, perguntou a Kariel, o Dileto de Mystra.

      "Kariel, por Helm, O que nos impede de cair desta escada lá embaixo?"
      "Não se preocupe Magnus.  Creio que quem fez esta escada não a fez para deixar cair quem a utiliza.  Por isso não se preocupe, nós não cairemos dela, pelo menos eu não espero cair". Respondeu o Dileto de Mystra com um sorriso.

      Conformado com a resposta do companheiro Magnus segue seu caminho e após uma hora de escalada, chegam às primeiras seis portas daquela que era conhecida como escada infinita.  As portas se apresentavam de várias maneiras, confeccionadas com os mais variados materiais e em cada uma delas uma Runa.  Villayette quando viu as runas lembrou aos demais.

      "Bem espero que vocês se lembrem de que só devemos abrir a porta marcada com a mão com seis dedos."

      Mas Giordano ignora as palavras do elfo e abre inadvertidamente uma das portas, esta toda feita de bronze.  Um brilho avermelhado sai dela seguido de uma onda de choque que empurra o mercenário e a sacerdotisa Laurin de Waukeen escada abaixo.  O anão Kedrak consegue segurar Giordano e Laurin antes de despencarem pela borda da escada.  Feargal e Magnus fecham a porta. Kariel, revoltado com a atitude de Giordano o repreende:

      "Está louco? Não ouviu o que meu tio disse a pouco? Poderia ter se matado assim como a dama.  A inconseqüência de seu ato poderia também ter terminado aqui a nossa busca.  Espero que você tenha aprendido a lição e não repita mais nenhuma loucura, pois não sabemos que tipo de criatura pode sair destas portas para atacar-nos."

      Após o sermão Kariel segue analisando a magia de cada runa, porta por porta.  Ao olhar uma porta feita de aço ele volta-se para o anão mostrando-a.

      "Mestre anão.  Esta é uma porta especial para você, pois esta runa diz "esta porta só deve ser aberta com o consentimento de Moradin."

      O anão Clérigo de Moradin cai de joelhos reverenciando a passagem, e enaltecendo o pai dos anões.  Então eles seguem na escalada da escada por algumas horas.  Muitas portas se apresentaram, Kariel Dileto de Mystra e conhecedor dos encantamentos deseja e então consegue ler as runas impressas.  Descobre que as portas levam a vários reinos e que alguns podem até ser seguros, mas nenhuma delas levava aos domínios do Imperador do Mal, Graz'zt.  Novamente ele adverte os companheiros pois não deveriam abrir nenhuma porta que não fora identificada e que evitassem fazer o mesmo que Giordano.

      Ao que para eles pareceu ser o terceiro dia de escalada, finalmente chegaram a porta indicada.  E lá estava ela, a abominável mão com seis dedos, visível a todos.  Exaustos pela difícil escalada, decidiram descansar ali mesmo diante da porta até recuperarem suas forças e mais três dias se passaram.  Ao fim destes três dias já recuperados do desgaste.  Estavam prontos para atravessar o umbral daquela que seria a entrada do Abismo de Graz'zt.  Kariel preparou-se para encantar as armas de seus companheiros mas fora interrompido, pois naquele momento uma figura angelical surgiu e então diante deles falou:

      "Guarde seus encantamentos, Dileto de Mystra.  Aqui na escada eles não funcionam, e lá dentro do Abismo será perigoso, até mesmo para você utilizá-los.  Naquele lugar a magia é distorcida e é muito perigoso sua conjuração, a menos que se encontre uma chave, um artefato usado pelos demônios."  Em seguida ela vira-se para os sacerdotes - "O mesmo digo a vocês, Laurin de Waukeen e Kedrak de Moradin.  Ao atravessar esta porta esquecerão muito do aprenderam."  E após os conselhos e advertências ela se retira.

O Abismo e o Mercado de Escravos

      Villayette foi o primeiro a entrar, e ao abrir a porta eles tiveram a sensação de serem engolidos pela escuridão, ou melhor, sugados, como se tentáculos negros os agarrassem e os puxassem para dentro do Abismo.  Lá eles encontraram um beco.  Olharam para trás mas a escada estava oculta com o fim daquele lugar sinistro.  Ao saírem do beco eles puderam vislumbrar sobre suas cabeças um sol azul, que irradiava sua luz pálida, dando um aspecto doentio a tudo.  As sombras tomavam conta das ruas e os becos escondiam mistérios.  Aquela era uma cidade gigantesca, de ruas estreitas e labirínticas, um desafio para os aventureiros.

      Olhando ao redor eles viam dezenas de corpos esqueléticos, gemendo, implorando por água e comida, seguindo pela estrada eles olharam apreensivos.  Enquanto andavam, tentando disfarçar o medo de serem descobertos, uma figura humanóide, um demônio com aspecto de guerreiro olhou para eles, mas pareceu ignorá-los, como se eles fossem viajantes comuns àquela região.  Depois de um tempo chegaram ao que lhes pareceu ser uma feira, mas o produto ali comercializado deixou especialmente os elfos e o Paladino de Helm indignados. Halflings e elfos eram vendidos como escravos.

      Kariel e Villayette resolutos em libertar quantos elfos pudessem, negociaram algumas escravas com o mercador.  Fora muito difícil para eles ver seu povo sendo vendido como mera mercadoria.  Não puderam comprar todos, então resolveram libertar cinco elfas.  Magnus vendo que duas Nagas compravam dois pequenos Halflings decidiu naquele instante segui-los para tentar libertá-los.  Chamou Villayette, mas o elfo estava preocupado ocupado tentando salvar os do seu povo que estavam sendo vendidos para todo tipo de práticas obscenas.

      Giordano saiu em busca de informações sobre Graz'zt e então ouve a conversa de dois demônios sobre as guerra entre os Baatezus e os Tanar'ri.  O demônio dizia a seu companheiro que Graz'zt tinha um plano, mas o Imperador estava distante em Zalatar.  Giordano vendo oportunidade de descobrir onde fica a cidade, puxa conversa com os demônios.  Mas não consegue saber muito, porém uma das bestas o orienta a alistar-se no exército.

      Magnus vira que a carroça das nagas se afastara com os pequenos, então ignorou os avisos anteriores sobre a inconstância da magia e dos itens mágicos naquele lugar, e utilizou seu elmo teleportando-se para a carroça na tentativa de libertar os pequenos reféns.  Aviso dado e ignorado: Magnus teve seu elmo completamente destruído pela inconstância na Arte.  Por sorte sua cabeça não fora junto.  Talvez por desígnios de seu Deus Helm.  Na carroça ele conseguiu pegar de surpresa as nagas, mas ainda atordoado pela explosão de seu elmo errou seus ataques.  Mesmo em desvantagem ele consegue defender-se.  Mas as criaturas atacam furiosamente, e Magnus é atingido pelo ferrão de uma delas.  O veneno injetado em seu corpo é rapidamente absorvido e ele desmaia em meio a lama da estrada.

      Na feira Elder e Kariel compram cinco elfas.  Escolha difícil, pois ainda restavam dez elfos e mais cinco elfas aprisionadas.  Os soldados falam a Giordano que para chegar a Zelatar ele deveria atravessar a Estrada Zrintor.  Laurin e Kedrak conversam e criticam Magnus por desaparecer atrás dos halflings, desviando-se da missão.  A Sacerdotisa de Waukeen revolta-se:

      "Que belo grupo nós fomos encontrar.  Põem nossa missão em risco e ainda por cima nos afastam dela."   Kedrak concorda com as palavras de Laurin e eles ameaçam se separar do grupo.

      Giordano que continuou conversando com os demônios, tentou descobrir um caminho mais rápido para a cidade do Imperador, mas não conseguiu obter sucesso.  Após comprarem as escravas Villayette e Kariel, tentaram descobrir onde poderiam adquirir alguns itens mágicos, porém o vendedor, que parecia só pensar em diversão, tentou vender para eles aparelhos utilizados nas diversas perversões sexuais imagináveis naquele local.  Não tendo outra opção, eles perguntam onde poderiam conseguir um lugar para ficar e o vendedor os indicou nome de uma taverna conhecida.

      Enquanto seguem para a taverna, Villayette resolve levar as elfas para a Escada. Então virou-se para Kariel e sussurrou ao sobrinho:

      "Kariel, vou levá-las para a escadaria.  Elas estarão mais seguras lá do que ao nosso lado.  Aqui elas correrão perigo, podem ser aprisionadas novamente"
      "Tome cuidado.  Vou ver se encontro Magnus e depois irei para a taverna" - respondeu o Dileto.

      Os outros adiantam-se em direção a Taverna.  Villayette segue em silêncio até a passagem da escada e ao ficarem a sós ele retira seu manto e se apresenta as assustadas elfas.  Então Villayette olhou-as com o semblante sério, dirigindo a palavra àquela que parecia ser a mais velha das cinco jovens:

      "Não tenham medo, não irei machucá-las.  Vocês estão livres, peço desculpas por não poder ajudar todas que estavam aprisionadas.  Não foi uma escolha fácil, pois tivemos que deixar seus companheiros.  Perdoem-nos por assustá-las.  Meu nome é Elder Villayette."
      "Meu nome é Lua e gostaria que me deixasse acompanhá-lo."
      "Lua, vim até este lugar para resgatar duas pessoas.  Não me peça para pô-la em mais perigos do que já esteve.  Sinto muito por suas companheiras, mas não seria prudente aceitar tal oferta."

      "Senhor Elder, eu agradeço por ter nos libertado.  O senhor veio libertar duas pessoas e sairá daqui libertando sete, mas sou uma guerreira e posso ajudá-lo.  Dei-me uma espada e uma armadura e verá o que posso fazer."
      "Não duvido que possa lutar.  É uma filha de Corellon e ele prepara seus filhos e filhas para a guerra, mas não me peça para ter responsabilidade sobre mais uma vida.  Eu não me perdoaria se algo lhe acontecesse."

      "Por favor, deixe-me retornar com o senhor.  Tenho que libertar minhas outras irmãs, e também o meu irmão, antes que aquele demônio os atormente."  Villayette ouve os argumentos da elfa e com o pensamento de que ninguém merecia tal destino, e muito menos ficar ali, dá uma espada e retira seu manto entregando-os a ela.
      "Use isto por um momento.  Não tenho muito dinheiro, pois quase tudo que eu tinha gastei comprando-as.  Se soubesse o que encontraria aqui teria trazido todo o ouro e jóias que tenho em casa para libertá-los.  Mas vista-se.  Chamará menos atenção do que com as roupas que se encontra."  Após Lua se vestir eles seguem para a taverna.

Magnus Perdido

      Magnus acorda no meio da lama.  Seu corpo sofria com as dores, efeito do veneno das nagas. Os pequenos estavam ao seu lado, então ele perguntou aos dois:

      "Vocês estão bem? Como conseguiram escapar?"
      "Graças a você estamos bem.  Quando você atacou aquelas criaturas, elas esqueceram de nós.  E também não sabiam trancar muito bem uma gaiola.  Nós abrimos a fechadura e fugimos.  As nagas nos viram e foram atrás de nós, mas sabemos nos esconder e elas devem estar nos procurando.  Temos que sair daqui.  Elas vão voltar, vão sim."  Disse um dos pequenos.

      Magnus levanta-se, pega sua espada e seu escudo e então decidido a retornar para o mercado caminhou pelas ruas daquela imensa cidade, na incerteza de ser aquele o caminho certo, e enquanto caminhava ele falou.

      "Vamos voltar para o mercado.  Lá encontraremos meus companheiros e depois decidiremos o que fazer com vocês."

      Magnus retorna para o mercado sem saber que Kariel seguia a trilha deixada por ele.  Ambos se afastam por caminhos diferentes.  Mal sabia o paladino que o elfo Kariel acabara de passar a poucos minutos por aquele mesmo caminho.  Seguira a trilha deixada pela carroça, mas chegando ao fim da rua uma confusão de rastros o fez perder o rastro.  Olhando as intrincadas ruas e vielas da cidade infernal, Kariel viu que poderia facilmente perder-se e resolveu retornar para a taverna.

Insinuações

      Na taverna Feargal, Kedrak de Moradim, Laurin de Waukeen e Giordano sentam-se em uma mesa. Uma mulher-demônio se insinua para Giordano:

      "Bem o que vocês desejam?  Posso conseguir qualquer coisa, o que você desejar, até mesmo diversão", disse a mulher-demônio aproximando seu corpo do de Giordano que tentava se esquivar.  Pouco tempo depois Elder Villayette entrou na taverna.  Da porta, ele olhou o ambiente a procura de seus companheiros e quando os viu seguiu em direção a mesa em que estavam sentados com Lua ao seu lado.  Giordano, galhofeiro, aproveitando-se da chegada do elfo disse a mulher-demônio.

      "Eu no momento não quero diversão, mas ele quer!  Veja que elfo arrumadinho, bem bonitinho."
      "Humm, realmente, ele é bem bonitinho."  Disse a mulher-demônio, que levantou-se e encostou-se no elfo.
      "Desculpe-me, mas não desejo diversão alguma, muito menos companhia.  Sou comprometido." Disse Villayette, que lançava um olhar furioso para Giordano.
      "Huuuummmm.  Adoro homens, ou melhor, elfos difíceis, mas se mudar de idéia eu estarei aqui." - disse a mulher-demônio acariciando Villayette, que voltou-se irado para Giordano.
      "Não sei se isso é típico de seu caráter, mas nunca mais me envolva em seus negócios.  Eu sou casado e honro a minha esposa, se não tem honra não jogue a dos outros na lama.  Não vim a este lugar a procura de diversão.  Respeite-me e a minha esposa."
      "Ficou nervoso, elfinho puritano."  E então com uma cara cínica e um sorriso de escárnio no rosto volta a beber.

      "Essa sua boca ainda irá lhe causar problemas, humano tolo."  Disse Villayette, que não queria confusão, sentando-se em seguida em silêncio. Ele estava irritado.
      Kariel retornara naquele momento, e vendo o tio com o ar irritado, perguntou-lhe:
      "O que houve, por que está irritado deste jeito?"
      "Não foi nada Kariel..., mas diga-me encontrou Magnus?"  Respondeu Villayette, que naquele momento esquecera Giordano, pois tinha outras preocupações, coisas mais importantes do que as provocações do humano.
      "Não, não o encontrei.  Infelizmente perdi sua pista.  Espero por Tymora que ele esteja bem."

Negócios no Abismo

      Após a saída da mulher-demônio, um humano encapuzado se apresenta:

      "Sou um homem de negócios.  Me chamo Gildaar, e sei que vocês são intrusos neste lugar.  Vi quando este elfo levou as escravas para a escada.  Coisa muito interessante, pois nem mesmo eu, que conheço todas as passagens deste mundo, sabia daquela.  Mas como disse, sou um homem de negócios.  Vocês me dão três quilos de ouro por meu silêncio e eu esqueço tudo que eu vi e seguiremos nossos caminhos."  Giordano vendo a oportunidade de ir até a cidade do Imperador imediatamente oferece um acordo:

      "Bem, tenho uma proposta melhor.  Nós te pagamos quatro quilos pelo seu silêncio e por uma passagem para Zelatar."  Gildaar pensa um pouco e aceita a proposta.
      "Feito, quatro quilos de ouro.  Será perigoso, mas eu aceito.  Conheço um indivíduo que pode levá-los até lá através de um portal."  Kariel aproveita e pergunta ao humano.
      "Pode nos conseguir alguma chave para encantos?"
      "Bem, será mais difícil, mas sei onde há algumas chaves para vender.  Porém cobrarei uma pequena comissão para levá-los até lá."  O grupo aceita e então Gildaar chama a mulher-demônio que se apresenta como Alakara.

      Alakara os leva até um local no centro da cidade para encontrar um homem chamado Warwick e o meio do caminho ela vai explicando:

      "Warwick é a pessoa certa se vocês querem algo nesta cidade.  Também será ele quem providenciará a saída de vocês para Zelatar e com ele poderão conseguir as chaves, mas saibam que cada escola de magia requer uma chave diferente."

      Enquanto isto, caminhando pelas ruas, Magnus chega a um outro mercado.  Neste ele vê dois unicórnios sendo comercializados, e dois demônios com chifres e bicos de Abutre demonstravam ao vendedor interesse em comprá-los.  Magnus sofre por não poder libertar os animais.  Ao lado destes, ele vê uma carroça cheia de humanos e o demônio que os comprara.  Ele o segue até um tipo de fábrica, porém sem condições de libertá-los,vai até uma taverna.

      Na loja de Warwick, eles compram as chaves para encantos e acertam os detalhes para partida.  Villayette compra uma armadura de couro para Lua e Giordano tenta comprar uma espada que possa sobrepujar a defesa natural dos demônios daquele lugar, mas não tinha dinheiro suficiente.  Alakara aproximou-se de Giordano e insinuou-se:

      "Agora que vocês já acertaram tudo para a viagem, poderíamos nos divertir um pouco, só nós três, o que acham?"  Disse ela, acariciando Giordano e olhando lascivamente para Villayette que se esquivava das insinuações.  Mas Giordano não perde tempo e tenta tirar proveito do interesse da mulher-demônio.

      "Você não poderia conseguir uma espada para mim, ou um abatimento?"
      "Bem, querido, eu poderia conseguir um abatimento no preço da chave e da espada se você e seu amigo elfo dormissem comigo. Tem um quartinho logo ali."
      "Eu aceito e tenho certeza de que ele também gostaria de participar..."  Villayette tendo sua honra ofendida, parte para cima Giordano e dá-lhe um soco no rosto.  Giordano olhando para Alakara faz pilhéria do acontecido.
      "Está vendo, ele ainda bate.", diz ele, deixando a Mulher-demônio mais interessada.  Kariel vendo a honra de sua família insultada, repreende Giordano irritado com a atitude dele.
      "Respeite meu tio, seu infame! O toma como se fosse uma meretriz.  Suas palavras são um desrespeito a Elder e a nossa Casa."

      Giordano não leva a sério e vai para um dos quartos com a Alakara, e em troca consegue um bom desconto na compra de sua espada.

      Após satisfazer os desejos de Alakara, Giordano pergunta a Gildaar:
      "Fiquei sabendo que o Imperador tem uma hóspede.  Sabe algo sobre ela?"
      "Não, não sei nada a respeito de tal hospede.  A única coisa que me interessa é o lucro"
      "E tem algum outro contato em Zelatar que nós possamos utilizar?"
      "Bem não posso dizer nada sobre isso, mas lá vocês encontrarão muitos rebeldes como vocês.", desconversou Gildaar, enquanto recebia o restante do seu dinheiro e saía do lugar.  Então Warwick os adverte:

      "Vocês se meteram em encrenca ao negociar com Gildaar.  Ele pode colocá-los em perigo, e com certeza irá chantageá-los sempre que puder.  Mas não deverá incomodá-los por enquanto. Ele provavelmente não sairá desta cidade. Tem negócios aqui."

      Villayette, não gostou nada do que ouvira, mas se aquele indivíduo os traísse, entregando-os ou prejudicando a sua missão, acabaria com ele mesmo que fosse seu último ato.
      Antes de partirem Giordano inquire Warwick sobre a hóspede do imperador.

      "Vocês deveriam ter me perguntado isso antes, agora não temos muito tempo para conversar sobre isso.  Só posso dizer-lhes que ela parece estar atrapalhando os planos do imperador.  Pelo menos é isso que muitos acham.  Mas venham.  Não tenho muito tempo.  Preciso resolver outros assuntos e já perdi muito tempo aqui."

      Então eles atravessam o portal deixando Magnus na cidade.

      Magnus entra na taverna e os demônios conversavam sobre as batalhas entre os baatezus e os tanar'ri.  Um grupo de guerreiros estava ali e ele resolve descansar, e comer, pois os pequenos estavam famintos.


Esta história é uma descrição em teor literário dos resumos de aventuras jogadas pelo grupo Comitiva da Fé em Salvador sob o sistema de RPG Advanced Dungeons & Dragons.

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