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A Nova Mestre Harpista
Descrita por Ivan Lira,
baseada no jogo mestrado por Ivan Lira
Personagens da aventura:
Os
Humanos:
Ájax de Felonte; Magnus de Helm; Kantras do Vale das Sombras;
Adsartha de Chauntea; Frogsong de Suzail; Björn DeLuna, o Comerciante;
Brandon, o mestre das batalhas; Nord Laife, o pirata; Sigel O'Blound;
Evendur Buckman. Os Elfos: Arthos Fogo Negro; Mikhail Velian;
Kariel Elkandor. A Meia-elfa: Elen Laure. Os Halflings: Gormadoc
Corneteiro; Bingo Playamundo; Owni Scudoguering. O Gnomo:
Gilbert Engrenagem Dourada. O Anão: Windolfin Braço
de Clangedin Barba de Prata. Participações Especiais:
Caladnei, a Conselheira; Lorde Thistle; Maxer, o arcano; Kelta Westingale;
A Bruxa Coral; Wondyr Landau de Mystra; Mourgrym Amcathra do Vale
das Sombras; Storm Mão Argêntea, das Sete Irmãs;
e outros personagens menores.
A Nova Mestre Harpista
Mais
uma batalha terminada, mais um mal sanado por aqueles heróis
intitulados de Comitiva da Fé. Não fosse por ela,
a família Obarskyr não teria mais um herdeiro ao trono
antes ocupado pelo lendário Azoun IV. Se esta catástrofe
ocorresse, as famílias nobres do reino reivindicariam a posse
do trono gerando assim um conflito interno que resultaria em mortes
e intrigas. Como o reino se encontra numa guerra terrível
contra as hordas goblinóides de Vorik Aris, provavelmente
Cormyr seria extinta. Garth, o mago, decidiu partir logo pela manhã
do Castelo Amir Ibicus, onde a Comitiva batalhou contra Nêmesis,
pai do falecido Cyric, e uma duplicata do magos das trevas, Manshoon.
O arcano soturno e seu pupilo Eran seguiram seu destino para o Forte
da Vela com o objetivo de ingressar na Ordem Branca, organização
recentemente formada pelas forças benignas de Faerûn.
Depois, todos os outros heróis seguiram viagem para Suzail
a pedido de Ájax de Felonte e para a felicidade de Lovering,
que sentiu-se aliviado pela ausência do grupo.
O
Reconhecimento
Dois
elfos caminhavam pela ruas de Suzail. Viam a decadência que
se instalara num reino outrora próspero e tranqüilo
de se viver. Mikhail é um elfo dourado, residiu não
na capital, mas no Planalto dos Goblins, um lugar que ficava nos
arredores de Suzail. Era aluno do sacerdote e mago da Abadia de
Mystra, Terrapin Treeworm. Seu mestre fora assassinado por Drake,
um dos goblins que até então mantinha uma relação
de paz com outras raças. Com a grande guerra que irrompeu,
Drake havia feito sua escolha infeliz. Agora a Abadia jaz em ruínas,
o planalto devastado. Mikhail tinha agora um destino em mente, voltar
ao grupo de aventureiros que o ajudara antes, um grupo que há
poucos anos foi conhecida por Comitiva da Fé. Ao seu lado,
Elen Laure, uma meia-elfa de pele negra como os habitantes do reino
de Chult, acompanhava o elfo sacerdote de Mystra. Assim como Mikhail,
Laure tinha seus propósitos, encontrar seu pai que há
muito partira para fins desconhecidos. Uma profecia lhe disse que
se ingressasse no grupo chamado Comitiva da Fé ela encontraria
o que procura. Seus cabelos pintados de verde denotavam uma graça
pouco vista e exótica para aquela cultura cormiriana, cheia
de pudores e regras opressoras, no entanto, não foram muitos
os que se importaram, pois uma guerra estava acontecendo. Ferreiros
fabricavam armas até a exaustão, soldados passavam
de um lado para o outro preparando-se para campanhas onde não
saberiam se iam voltar vivos, as mulheres cuidavam de seus filhos
que não entendiam como um lugar tão belo havia virado
um inferno, o padeiro esforçava-se para fazer o pão,
o verdureiro vendia o que conseguia colher de sua pequena plantação.
Ambos os elfos, cabisbaixos diante de tanto sofrimento causado pela
guerra, apenas se dirigiram para o castelo.
Mikhail,
já conhecido pela guarda, conseguiu uma audiência com
o Lorde Thistle, o único nobre que apoiava a presença
de aventureiros no reino. Achava ele que os heróis são
salvadores e necessários para uma nação. Diante
dele disseram:
"Lorde
Thistle, nós gostaríamos de saber onde se encontra
a Comitiva da Fé?" Começou Mikhail.
"Eles
estão numa perigosa missão em Amir Ibicus, mas logo
logo teremos notícias deles, portanto não aconselharia
que vocês fossem para lá. Não pude ainda transmitir
meus pêsames a você pelo seu Mestre Terrapin Treeworm."
"Muito
obrigado. Agora que ele está morto e não temos mais
o templo, só me resta se juntar a Comitiva para fazer algo
de produtivo."
Ambos
então ficaram apenas no castelo aguardando qualquer novidade.
Quatro
dias de viagem depois a Comitiva se aproximava de Suzail, vinham
com o herdeiro Azoun V. Um pouco cansados, foram direto para o castelo.
Thistle mais uma vez deu-lhes assistência:
"Arthos!
Que bom que vocês chegaram, já estava pensando no pior.
O que aconteceu lá?"
"Foi
como pensamos, pretendiam assassinar o herdeiro. Mas para nossa
surpresa o responsável foi Manshoon e nós o derrotamos."
"Foi
só uma cópia, Arthos. Esqueceu o que o mestre Elminster
disse?" Lembrou Ájax.
"Sim,
mas ele também era perigoso."
"Quem
é esse Manshoon?" Perguntou Thistle.
"Não
sabe? Ele foi líder dos Zhentarim."
"Mas
me disseram que o líder deles é Fzoul Chembryl. E
porque não voltaram logo depois do incidente?"
"Bom,
eu queria vir de barco, mas ninguém me acompanhou."
Disse Arthos se referindo ao Spelljammer de Nêmesis.
"De
qualquer forma, aprontem-se, haverá um evento á noite
e gostaria da presença de vocês."
"Senhor
Thistle, eu gostaria de fazer uma reclamação sobre
o mau tratamento dado a nós em Amir Ibicus comandado por
aquele Lovering." Reclamou Björn Deluna.
"Não
se preocupem, Lovering terá sua influência reduzida
no reino quando a coroa ficar sabendo disso."
Após
alguns preparativos, os membros da Comitiva, já arrumados,
perceberam uma movimentação no castelo que não
era habitual. Foram então chamados por um representante do
governo que pediu para que o seguissem. Foram então conduzidos
a grande sala do trono. O ambiente estava lotado, vários
nobres aguardavam a presença do grupo, que foi levado até
o meio da sala atravessada por um imenso tapete vermelho. Eles formaram
duas filas onde se juntaram a eles Nord, Brandon e os três
dragões púrpuras enganados por Wilfred, o traidor,
que foi decapitado em praça pública.
Surgiu
diante deles a conselheira da rainha, Caladnei, que dirigiu-se ao
trono, que naquele momento não estava ocupado pela Regente
Alusair Obarskyr, que estava em campanha de guerra. Um auxiliar
entregou um papel a Caladnei que se levantou e leu:
"Eu,
Caladnei, Conselheira Real. Representando a autoridade máxima
da Regente Alusair Nacacia Obarskyr, expresso em nome de todo o
reino de Cormyr a gratidão por serviços prestados
a esta nação ao salvar a vida do herdeiro ao trono,
o menino Azoun V. Arthos Fogo Negro, aproxime-se perante mim. Concedo-lhe
uma medalha de honra por sua bravura." Ela então fez
isso com toda a Comitiva, entregando-lhes também muitas peças
de ouro como prêmio. Foi concedido anistia a Nord, Brandon
e os dragões púrpuras envolvidos no conflito ocorrido
contra a coroa. Ela chamou Arthos novamente entregando-lhe uma caixa.
Quando o elfo abre revelando o sabre mais bonito que já viu
na vida, a espada é toda avermelhada e de uma qualidade indiscutível.
"Juro
aqui perante todos defender a paz e a liberdade de Cormyr enquanto
viver." Disse o elfo contente pelo presente. Sendo em seguida
agraciado com palmas pelo público que ali estava.
"Bardos,
música por favor." Pediu Caladnei iniciando uma agradável
festa.
Comida
e bebida à vontade, foi o que tiveram os convidados para
a celebração dos heróis. Em meio a música
tão bela que tocava alguns começaram a dançar.
Björn surpreende a Conselheira Real Caladnei pedindo-a para
uma dança, e ela correspondeu. Em outra parte da sala, formara-se
um agrupamento de pessoas da Comitiva e entre eles Mikhail pergunta
a Kantras sobre Kelta e ele responde que o aventureiro se aposentou.
"O
que fará agora Mikhail com seu templo destruído?"
"Me
juntarei a Comitiva."
"Arthos,
onde estão os outros integrantes da Comitiva?" Perguntou
Mikhail.
"Eu
não sei, depois do evento da Orbe, eles sumiram."
"Comitiva,
quero que conheçam Elen Laure. Ela também quer fazer
parte da Comitiva."
"Tem
certeza? São muitos os perigos que o grupo enfrenta."
Argüiu Ájax.
"Sim,
eu tenho meus motivos para fazê-lo e conheço os riscos
de ser um aventureiro." Respondeu seguramente a meia-elfa de
cabelos verdes.
"Mikhail,
você tem alguma notícia de Adon? Depois de Águas
Profundas nunca mais ouvimos falar dele?"
"Eu
também gostaria de saber, isso me intrigou muito."
Nord
Laife e seu amigo Brandon, o mestre das Batalhas aproximaram-se
de Arthos com um pouco de hesitação.
"Vai
Nord! Fala com ele!" Disse Brandon.
"Querem
me dizer alguma coisa?" Perguntou Arthos.
"Er..
Arthos, você vai fazer alguma coisa com o 'Diana'?" Questionou
Nord referindo-se ao navio do elfo.
"Não,
minha missão agora é em terra firme ou talvez nos
céus. Mas, por que a pergunta?"
"Nós
gostaríamos de comprá-lo se você não
se importar, temos o dinheiro da recompensa e conseguimos mais um
pouco vendendo aquele óleo de baleia."
"Tudo
bem. Não acho que o 'Diana' estaria em melhores mãos."
"Isso
é maravilhoso! Tenho meu próprio navio novamente!
Pagaremos o resto depois e não duvide disso. Ah, e vou tirar
aquela presepada que Gilbert construiu no navio, um marinheiro de
verdade não usa aquilo no seu barco." Disse Nord se
referindo a um cata-vento construído pelo gnomo para acelerar
a velocidade do 'Diana'.
"Não
está se esquecendo de nada Nord? O navio também é
meu." Lembrou Brandon.
"Hã,
é claro que não me esqueci meu amigo! A embarcação
é nossa. Muito obrigado Arthos. Vamos Brandon, acho que aquelas
donzelas ali estão reparando na gente." Os dois então
foram cortejar mulheres pela festa.
Arthos
Fogo Negro reconhece de longe um nobre que há muito tempo
esnobou os aventureiros numa festa dada por Lorde Thistle. Ele o
abordou agora sob as novas perspectivas do grupo o argüindo
sobre a proteção do herdeiro ao trono. O nobre, envergonhado,
alegou que nunca havia desprezado o valor dos aventureiros e disse
estar patrocinando alguns deles nesta grande guerra. O elfo então
indicou Nord e Brandon como possíveis heróis a serem
contratados.
Kantras,
o príncipe do Vale das Sombras, reúne a Comitiva no
meio do salão e os informa:
"Cavalheiros
e damas, hoje eu recebi uma mensagem de meu pai, o Lorde Mourngrym.
Ele pede a presença de nosso grupo na Torre Torcida no Vale
das Sombras. Principalmente aqueles que 'Tocam a Harpa'."
"Você
sabe qual o motivo para tal convocação?" Perguntou
o elfo Mikhail.
"Não,
mas acredito ser algo de grande importância."
Mais
tarde, quando a festa acabou e todos foram a seus aposentos concedidos
pelo castelo. Arthos procurou o mago Maxer para explicações
de sua nova arma, um sabre presenteado pelo reino. Maxer, um homem
muito baixo e velho se reservava em seu laboratório no castelo
real. Poucos o vêem, pois ele é muito obcecado pelos
estudos sobre a magia e suas propriedades. O arcano gentilmente
fala sobre o sabre mágico ao elfo, que aproveita e pergunta:
"Senhor
Maxer, você tem algum conhecimento em Spelljammers?"
"Apenas
tenho informações sobre eles. Gostaria de estudar
um."
"Nós
conseguimos um recentemente, mas não conheço ninguém
que sabe pilotar. Os Zhentarim possuem Spelljammers."
"O
quê? Mas isto é terrível! Eles poderiam fazer
um ataque surpresa com eles. Vá elfo, preciso refazer alguns
cálculos agora." O mago então ficou pensativo
olhando para o nada e Arthos se retirou.
Um
Novo Templo para Mystra
Pela
manhã estavam eles reunidos no pátio do castelo já
preparados para partir, Kantras e Adsartha foram os primeiros a
chegar e aguardaram os outros que apareceram um por um. Porém,
nem todos iriam partir, Ájax foi um deles, mas compareceu
para uma despedida.
"Companheiros,
desejo a sorte da minha mãe para vocês no novo caminho
que irão trilhar. Infelizmente não poderei acompanhá-los,
pois tenho uma guerra para terminar. Meu reino pede minha presença."
"Agradecemos
por tudo que tem feito pelo grupo amigo Ájax, muito do nosso
sucesso se deve a sua bravura." Disse Kantras.
"Eu
e Frog também não poderemos ir pessoal, mas digo ao
grupo que foi maravilhoso participar das aventuras junto com vocês.
Frog irá cuidar do menino Azoun V e eu a ajudarei, além,
é claro, de terminar meu livro." Se despediu Gilbert.
"Quando
estiverem em Suzail passem na minha torre, vocês serão
bem vindos lá." Falou Björn.
"Pessoal,
eu também vou ter que ficar, ajudarei Ájax na guerra,
pois já faz tempo que não esmago um crânio de
orc." Explicou o anão Windolfin Braço de Clangeddin
Barba de Prata.
"Arthos,
não se preocupe, cuidaremos muito bem do navio." Disse
Nord.
"Amigos,
logo estaremos de volta para novos desafios, afinal somos a Comitiva
da Fé." Despediu-se Arthos.
Os
cavalos então galoparam levando aqueles que se dirigiam ao
Vale das Sombras. Pegaram um caminho mais seguro, precavendo-se
de qualquer ataque goblinóide, pois o Vale fica ao norte
de Cormyr. O grupo também se surpreendeu muito com o cavalo
falante do elfo Mikhail, de nome Burgos. Ele fez observações
um tanto hilárias sobre seu mestre em relação
aos aventureiros, mas prometeu se comportar. Quatro dias foram o
tempo necessário para chegarem tranqüilos no Vale.
Ao
longe eles perceberam as mudanças que ocorriam lá,
muitos trabalhadores erguiam muralhas de pedra. Muitas pessoas trabalhavam
preparando a argamassa, outros carregavam as pedras e assim a cidade
ia se fortificando. Kantras explicou aos demais que seu pai, influenciado
pelo capitão da guarda Thurbal, mandou que construíssem
uma muralha na cidade para impedir qualquer massacre em algum ataque
inimigo, por parte dos goblinóides ou talvez o povo do Mar
da Lua. A cidade já foi atacada muitas vezes anteriormente
e Thurbal já não agüentava mais a situação,
por isso ameaçou deixar o castelo caso algo não fosse
feito. O prestígio dele é muito grande no Vale, portanto
Mourngrym não pensou duas vezes antes de executar o plano.
Os
aventureiros caminharam com seus cavalos pelas ruas até viram
uma construção de que lhes chamou a atenção.
Era uma estrutura muito bonita e grande, mas não tanto como
um castelo. No alto tinha um enorme símbolo da deusa Mystra.
O som dos cascos dos cavalos foram ouvidos por um homem no interior
da estrutura que abriu um dos portões e disse:
"Aventureiros,
vejo que nunca viram o novo templo de Mystra aqui no Vale das Sombras?"
"Não,
quando foi construído?" Perguntou Mikhail.
"Faz
pouco tempo. Venham, adentrem o templo e ouçam a palavra
de Mystra." Convidou o homem com cerca de quarenta anos vestido
em uma túnica azulada.
O
grupo entrou e alguns tiveram uma surpresa: pensavam ter visto a
própria Mystra, mas na verdade era uma estátua da
deusa muito bem talhada e pintada, com quase quatro metros de altura.
"Mas que bruxaria é essa? Ela é igual a Midnight!"
pensou Arthos boquiaberto.
"Sou
Wondyr Landau, o sacerdote deste templo, fiquem á vontade
para fazer uma oração a Deusa da Magia."
"Espere,
acho que me lembro do senhor, o vi em Arabel faz tempo junto com
o mestre Adon." Disse Mikhail.
"Sim,
agora reconheci você elfo, você era pupilo de Terrapin
Treeworm. Meus pêsames meu jovem."
"Muito
obrigado. O senhor sabe onde está o mestre Adon?"
"Não,
ele se retirou durante a guerra, depois que foi a Águas Profundas.
Ninguém sabe o eu aconteceu a ele."
"Eu
sou Arthos Fogo Negro, eu ..."
"Fogo
Negro? Acho que já ouvi falar de você. Acredito que
há uma pessoa aqui que conheça vocês, vou chamá-lo."
Wondyr dirigiu-se a uma porta no final do salão e depois
surgiu uma figura familiar a Comitiva.
"Ora,
ora, quem é vivo sempre aparece!" Disse Kelta Westingale,
um homem alto e de cabelos longos e negros.
"Você
sabe, vaso ruim é difícil de quebrar." Brincou
Arthos.
"É,
você e Feargal são invulneráveis. Mikhail, vejo
que se juntou a Comitiva agora."
"Sim,
após a morte de nosso mestre é o meu único
destino agora. Conheça Elen Laure, é uma amiga que
também deseja ingressar no grupo."
"Muito
prazer milady. Seja bem vinda, apesar de não poder dizer
isso, pois não sou mais da Comitiva."
"Bobagem
Kelta, você sempre fará parte do grupo." Disse
Arthos.
"Eu
agradeço. Espero ser útil aos ideais da Comitiva."
Respondeu a meia-elfa.
"Onde
estão os outros? Kariel, Vila, Feargal .."
"Kelta,
não sabemos o paradeiro deles. Acho que foram para o Abismo
resgatar a esposa de Vila, mas não deram mais notícias."
As palavras de Arthos, talvez apenas naquele momento, foram mágicas,
pois algo aconteceu durante a conversa. Um portal mágico
se formou diante deles os surpreendendo, de lá saiu cinco
seres, alguns familiares para o grupo. Eram Kariel Elkandor, Magnus
de Helm, o unicórnio do paladino e dois halflings o acompanhando.
Kariel surpreende-se com a imagem de Mystra a sua frente mas logo
se recompõe.
Wondyr
assustou-se por um momento, mas ficou irado logo em seguida quando
viu um símbolo de Helm no paladino. "O quê? Mas
que heresia é essa? Saia daqui infiel!"
"Por
Helm, onde estamos Kariel? Para onde nos enviou?" Indagou o
paladino perplexo.
"Não
invoque o nome daquele famigerado aqui! Você está no
templo de Mystra!" Continuou Wondyr bastante nervoso.
"Tenha
calma Wondyr, este é Magnus, o paladino de que lhe falei.
Ele é da Comitiva e tem nosso respeito." Disse Kelta
acalmando Wondyr.
"Eu
não sei quem é você, mas não gostei do
jeito que tratou meu amigo." Manifestou Kariel em reprova as
implicações de Wondyr.
"Eu
sou o sacerdote deste templo de Mystra e exijo respeito pelo menos
no interior dele."
"Kelta?! Estamos no Vale das Sombras?" Perguntou Magnus
meio perdido.
"Sim.
Quem são estes pequenos com você?"
"Ah,
quero apresentar Bingo e Owni, meus amigos."
Bingo
ficou curioso quanto ao cabelo esverdeado de Laure, que disse "Que
foi pequeno, nunca viu um cabelo assim?". Ele apenas respondeu
com a cabeça que não.
"Me
desculpem pelo incômodo. Eu e meus amigos iremos embora, depois
podemos nos ver." Disse Magnus saindo com os halflings e seu
unicórnio.
Arthos,
curioso com o destino de seus companheiros, argüiu o recém
chegado Kariel.
"Ora
Kariel...Que surpresa! Mas onde estão os outros?"
O
semblante de Kariel torna-se imediatamente pesado e ele responde:
"Meus
amigos. Tenho uma péssima notícia para dar a vocês.
Meu tio e Feargal não mais estão entre nós."
Anunciou Kariel.
"Como
assim não estão entre nós? O que quer dizer?"
Indagou Kelta.
"Eu
quero dizer que estão mortos. Foram mortos no Abismo."
"Como
aconteceu isso?"
Kariel
então, relembra com extremo desgosto para a Comitiva o destino
de Feargal e Villayette. Ele conta tudo o que aconteceu tanto no
Abismo como no Vale do Vento Gélido. Um tristeza se abateu
entre o grupo que ficaram silenciosos por um tempo até que
Wondyr disse "Por que não oramos pelas almas de seus
companheiros?" E todos ficaram diante da imagem de Mystra,
cada qual pedindo a seu deus pela tranqüilidade dos dois elfos
no Além Vida. No término, Kantras e Adsartha se despediram
dos demais e pediu pela presença deles à noite na
Torre Torcida. Wondyr convidou os membros restantes para um passeio
pelo templo enquanto Kelta voltava para o que estava fazendo nos
fundos, estava ele, junto com sua esposa Coral esperando a hora
certa para um parto de uma mulher, pois agora eram curandeiros da
cidade.
Nos
andares superiores, o grupo viu um grande laboratório que
outrora pertencia a Kelta, que não mais pratica as artes
arcanas. Wondyr mencionou que a Comitiva poderia usá-lo para
pesquisa de magias entre outras coisas. Enquanto os visitantes observavam
o lugar, Wondyr apresentou seu três discípulos, Melian,
Narthaniscan e Berinda. Estes dois últimos, mais novos, fizeram
muitas perguntas para os elfos da Comitiva, principalmente sobre
a magia.
"É
verdade que os elfos já nascem sabendo magia?" Perguntou
Narthaniscan.
"Bom,
a magia está muito presente nos elfos, talvez haja uma aptidão
maior a entendê-la." Respondeu cordialmente Kariel.
"Ora
Narthaniscan, isso é bobagem. Não acredito que os
elfos dominem a Arte melhor que os humanos. Elminster, por exemplo,
nunca ouvi falar de nenhum elfo que o supere." Comentou
Melian que estava afastada com os braços cruzados.
"É,
talvez você esteja certa, mas pode se surpreender com muita
coisa neste mundo que ainda não viu."
"Hmf,
vou voltar a minha leitura." Disse Melian se afastando.
"Não
liguem pra isso, Melian diz que vai ser uma grande maga um dia.
Como é seu nome?" Perguntou a jovem Berinda a meia-elfa
de pele negra.
"Me
chamo Elen Laure, e você pequena?"
"Eu
sou Berinda... eu...eu posso tocar na sua orelha?"
"Sim,
claro."
Depois
de um breve momento de descontração por parte da Comitiva
e dos alunos de Wondyr, eles foram resolver seus problemas pessoais.
Kariel
dá a casa do seu tio Vila para Arthos, depois, mais tarde,
ele chega finalmente na sua torre no Bosque dos Druidas. Lá
ele viu seu filho Zender que vive sob os cuidados da família
de Kelta. Zender o argüiu sobre o fato de seus pais viverem
separados, mas Kariel explica ao filho que o destino os separou
para um bem maior. O filho decide naquela ocasião aprender
magia com Wondyr na capela e a arte da guerra com Kelta Westingale.
Logo após, uma breve conversa entre Kelta e Kariel tem lugar:
"Kariel,
recentemente vi Erwin"
"Erwin?
Aqui no Vale das Sombras? O que ele estaria fazendo aqui? Sabemos
que as relações entre vocês não são
as melhores."
"Ele
está cheio de ódio. Tenha precaução
contra ele."
"Mas
eu o treinei como se fosse um filho!"
"Eu
sei e agradeço-lhe por isso. Talvez eu tenha errado, talvez
pudesse ter me esforçado mais, porém acho que ele
nunca quis ser meu filho. Falou algo sobre estirpe e que eu não
era ninguém. Que era filho somente da Hatran Lady Yel..."
"Você
acha que este ódio pode transformá-lo em alguém
perverso? Se assim for, só posso dizer-lhe que sinto muito,
pois terei falhado como mestre.
"Não
diga bobagens. Se há um culpado talvez seja eu. Vamos esperar
que um dia esta mágoa passe. Quem sabe..."
Também
no Bosque dos Druidas estava Adsartha, mas esta se encontrava na
aldeia dos druidas, a qual fazia algum tempo que não via.
Foi logo procurar sua tutora, a senhora Saja, para dar satisfações
formais de seu paradeiro. Após adentrar a confortável
morada da senhora do bosque, ela a vê prestando algumas orações
aos deuses da natureza, mas logo Saja se manifestou dizendo:
"Retornastes
tão cedo minha criança?"
"Cedo?
Mas faz tempo que parti, minha senhora."
"Para
mim pouco tempo. Tenho certeza que cuidar dos males do mundo requeira
um período muito grande."
"Senhora,
eu tenho dúvidas da necessidade da minha última missão
nos mares de Faerûn. Não
seria mais adequado a minha presença em algo relativo aos
desígnios da grande deusa?" Indagou Adsartha.
"Minha
criança, és tão jovem. Como podemos determinar
precisamente as necessidades da vida? Muitas vezes precisamos percorrer
os caminhos mais longos para obtermos as respostas corretas."
"Se
a senhora acha, eu acatarei com prazer sua autoridade, assim como
me disse antes tenho um objetivo especial na Comitiva da Fé."
"Sim,
e esta missão, creio eu, que não haverá fim,
pois não podemos ignorar o que acontece fora da nossa cultura.
Se algo destruir o mundo a nós também destruirá,
e por isso minha criança, você deve manter seu empenho
para com os ideais do seu grupo. Infelizmente, a grande deusa me
deu visões de que a Comitiva passará muito sofrimento
no futuro, uma sombra maligna está a espreita."
"Mas
quem seria tão ardiloso ser?"
"Não
sei, talvez deva interpretar melhor a mensagem da deusa. Mas por
enquanto deves tomar cuidado."
A
druida Adsartha então dirigiu-se a Torre Torcida onde fica
seu amado, o príncipe Kantras.
Eu
sou a nova Mestre Harpista
À
noite, foi chegado o momento para a reunião proposta pelo
Lorde Mourngrym, como combinado, todos responderam ao chamado. Seguiram
para o palácio real, conhecido popularmente por Torre Torcida.
Não tiveram problema algum, pois os guardas estavam instruídos
sobre a visita do grupo, que muitas vezes esteve naquele lugar.
O príncipe Kantras, junto com sua esposa Adsartha, recebeu
a Comitiva e os guiou pelo interior do castelo. Foram apenas aqueles
que eram Harpistas, os outros ficaram acomodados em outros cômodos.
A medida que andavam, Kariel percebeu que o príncipe não
os estava levando a sala do trono, já que desciam para níveis
inferiores ao invés de subir. Num determinado corredor, Kantras
abriu uma passagem secreta que dava para uma escadaria, desta originou-se
uma sala ampla com uma grande mesa redonda no meio. Nela também
estava um homem cuja face exalava experiência que ao vê-los
disse:
"É
bom nos encontrarmos mais uma vez nobres heróis. Alguns de
vocês se tornaram Harpistas de forma pouco convencional e
posteriormente terão de ir à Berdusk passar pelos
processos necessários. Porém, no momento isso não
é importante, e sim alguém que apresentarei agora."
De
um cômodo anexo à sala, uma figura surgiu, uma mulher
esbelta vestida com uma bela armadura, um olhar muito profundo e
cabelos prateados.
"Acho
que alguns de vocês já me viram antes, sou Storm Mão
Argêntea. Serei a nova Mestre Harpista da região."
Disse ela de forma bastante segura.
"É
uma honra conhecê-la, estamos aqui como Harpistas, e como
juramos defender a Harpa estaremos prontos para nossa missão."
Manifestou Kariel, expondo o compromisso da Comitiva.
"Sim,
não estou aqui apenas para apresentar o novo cargo e sim
revelar uma importante missão que vocês terão
de realizar. Prestem bastante atenção. Como bem sabem
Cormyr está em guerra contra um exército de goblinóides.
Os malditos aproveitaram tentando a sorte também nos Vales,
mas felizmente pudemos contê-los e impedir uma catástrofe
maior. No entanto, ainda não descobrimos qual a rota que
o exército maligno tomou para invadir estas terras, então
foram designados dois harpistas para tal tarefa. Um é Danicus
Gaundeford e seu parceiro Klerf Maunader. Eles foram ao norte dos
Vales, onde se originaram os ataques, e lá montaram uma base
avançada para pesquisar uma possível invasão,
tanto por parte dos goblinóides como dos zhents. Porém,
há duas semanas eles desapareceram misteriosamente sem deixar
nenhum sinal. Eles estavam no Vale da Adaga. O lorde do Vale cidade,
Randal Morn, nos informou que na capital, Cachoeiras da Adaga, também
estão acontecendo desaparecimentos. Portanto vocês
devem ir para o Vale da Adaga falar com o lorde e descobrir este
mistério."
"Mestra,
vamos para lá o quanto antes e impediremos mais desaparecimentos."
Disse Arthos.
"Espero
que sim, pois muitos Harpistas morrem para que informações
de grande valor sejam passadas."
"Bom,
espero que Randal tenha mais hospitalidade do que Khelben."
Continuou o elfo.
"Vocês
são muito difíceis de se encontrar, portanto não
devem saber de algumas coisas sobre os Harpistas. O Bastão
Negro não é mais da organização."
"O
quê? Mas como?" Surpreendeu-se Kariel.
"Isso
mesmo, foi decidido pelo conselho dos Harpistas que ele deixasse
o grupo, pois ele esteve fazendo acordos com Fzoul Chembryl."
"O
que o mestre Elminster fez a respeito?"
"Se
manteve neutro, embora tenha dito que Khelben pensava estar fazendo
o certo."
"Mas
isso é terrível, o que acontecerá agora?"
"Alguns
Harpistas aliados dele também abandonaram a organização
incluindo sua esposa é claro, minha irmã Laeral Mão
Argêntea. Tenham cuidado ao encontrá-lo, ele poderá
convidá-los para formar um novo grupo. Mudando de assunto,
uma das funções de um Harpista é sempre deixar
a organização informada sobre tudo, vocês tem
algo a revelar sobre possíveis ameaças que pairam
sobre os reinos?"
Kariel
então conta toda a história sobre como foram Abismo,
resgataram a esposa do elfo Villayette e acabaram salvando também
a deusa desaparecida Waukeen. Mencionou sobre a tentativa dos demônios
de invadirem os reinos. Arthos e Adsartha revelaram sobre os eventos
recentes do qual se deu uma conspiração arquitetada
por uma cópia do arquimago Manshoon e seu assecla Nêmesis.
Após isso a Mestre Harpista retirou-se deixando os heróis
intrigados com as novidades. Kantras manifestou ao seu pai o desejo
de ser um Harpista, no entanto, ainda lhe restam dúvidas
de tão importante compromisso.
Tranqüilidade
Perturbada
Sigel
O'Blound é um homem devotado à natureza, sobretudo
aos animais, tanto que construiu uma casa em cima de uma árvore
para se sentir mais à vontade. O Vale da Adaga era seu lar,
conhecia aquelas florestas como a palma da mão, sabia onde
ficava cada buraco. Num certo dia vira alguém muito estranho
perambulando pelas matas, alguém de capuz que não
dava para identificar como humano ou não. Tentou seguir a
figura mas para sua surpresa perdeu o rastro. Dois dias depois,
dois homens andando pela floresta viram Sigel e foram até
ele. Eram apenas soldados de Cachoeiras da Adaga.
"Ei,
você é aquele ranger que mora por estas florestas.
Nós estamos procurando pessoas que desapareceram há
alguns dias, você sabe de algo?"
"Não,
mais vi alguém muito suspeito andando por aí. Pena
eu não puder ajudar mais."
"Bom,
quanto a isso não problema, podemos conduzir você ao
Lorde Randal e lá poderá se oferecer para desvendar
este mistério, o lorde pode pagar muito bem."
"Muito
bem, vá na frente então."
Horas
depois em Cachoeiras da Adaga, Sigel vai a uma taverna local de
nome Rocha Vermelha onde a dona é uma meia-elfa chamada Kessla.
Lê ele toam um pouco de vinho até que se alguém
se aproxima dele. Um homem de aparência simples embora com
uma expressão de bastante curiosidade, suas botas desgastadas
revelavam ser um viajante que chegara há pouco tempo e suas
roupas indicavam que o forasteiro vinha de longe.
"Posso
me sentar amigo? Cheguei faz pouco tempo, esta cidade parece um
pouco quieta."
"Eu
gosto assim, é uma paz confortável."
"Desculpe
minha indelicadeza, sou Evendur Buckman, e você, como se chama?"
Sigel fez que não ouviu, desconfiado do motivo de tantas
perguntas, não devia nada a aquele povo, procurou não
dar satisfação deixando o recém chegado meio
sem jeito. Buckman disse algumas palavras e voltou a sua mesa.
Sigel
se reservou apenas a esperar o momento em que Randal pudesse atendê-lo,
pois os soldados lhe tinham informado da falta de tempo de seu líder.
Ataque
Inesperado
Mais
uma vez o Sol aparecia radiante, aquele seria um belo dia, contudo
uma tristeza se abateu sobre o halfling Bingo e o paladino Magnus.
Eles se despediram de Owni que decidiu voltar a sua terra natal
Luiren. Admitiu ele não ser um aventureiro, mas agradeceu
novamente a Magnus por tê-los salvo dos demônios no
Abismo.
Magnus
e Bingo então juntaram-se ao restante do grupo e partiram
para Cachoeiras da Adaga. Foram todos, com exceção
de Kantras e Adsartha que ainda tinham assuntos pendentes a resolver.
A
viagem até Cachoeiras da Adaga não duraria muito já
que a distância é pequena e a rota era bem conhecida
pelos membros do grupo, que passaram por aquelas estradas várias
vezes. Um dias depois, o que era para ser uma jornada tranqüila
acabou tornando-se uma surpresa indesejável. Arthos, Kariel
e Magnus que cavalgavam à frente foram derrubados por alguma
coisa que eles não viram no momento, os demais se assustaram
com o fato e não puderam prever a aproximação
de inimigos pelo mato. Era uma emboscada.
Surgiram
oito orogs, seres semelhantes aos orcs só que mais robustos,
que não hesitaram em atacar os viajantes que empunharam suas
armas para conter a fúria de tão ardilosas criaturas.
Apenas um orog vestido de forma mais refinada que os outros ficou
observando o combate, Arthos levantou-se rapidamente perfurando
o braço de um deles, Kariel tentou sem sucesso conjurar um
encanto pois foi golpeado severamente por uma grande espada manuseada
por um oponente orog. Dois flanquearam Magnus, este que se levantou
com dificuldade pela sua resistente armadura, os orogs imaginaram
ser ele o mais forte do grupo pela sua altura e músculos,
então atacaram com tudo, só que o seguidor de Helm
não era um novato e se defendeu de um golpe aparando-o e
esquivando-se de outro. O mesmo fez o elfo Mikhail que com elegância
safou-se de uma perfuração de lança, o clérigo
de Mystra tentou revidar mas não obteve êxito. Elen
Laure foi golpeada duramente por uma espada, no entanto, revidou
com igual destruição tirando sangue de seu inimigo.
Bingo levou-se pela habilidade e sorte escapando da maça
do enorme orog que tentava matá-lo passando por debaixo das
pernas dele, e logo depois fincou uma de suas pequenas adagas na
coxa do inimigo. Arthos não teve dificuldade alguma com seu
atacante, esperou o adversário atacar e aproveitando-se da
guarda aberta, cortou-lhe a garganta, causando um pequeno jorro
de sangue que lambuzou o elfo, ele então partiu para cima
de outro. Kariel, através de seus feitiços, conseguiu
ficar invisível e foi em direção ao orog que
estava observando, depois fez de suas mãos uma labareda que
feriu bastante o adversário. Magnus batalhava contra dois
orogs, desvencilhou-se da espada de um e com enorme fúria
decepou a cabeça do outro ficando apenas um adversário.
Bingo fora atingido de raspão então recuou para pedir
apoio ao paladino, Laure trocava golpes severos com outro orog conseguindo
atingir suas víceras fazendo agonizar de dor. Numa cambalhota
foi suficiente para Arthos eliminar outro inimigo, foi então
correndo ajudar Bingo que conseguia mais vez cortar a perna do adversário.
Kariel, para decidir sua luta de uma vez, invocou um relâmpago
transformando o corpo do orog em cinzas, Mikhail não conseguia
ferir muito seu oponente, porém teve a perspicácia
de aprisioná-lo com um feitiço, para interrogá-lo
mais tarde. Laure teve dificuldades para ceifar a vida do orog e
Magnus dilacerou o coração de outro com sua Chama
do Norte. Arthos deu uma mãozinha a Bingo e o pequeno conseguiu
matar seu atacante que caiu sem vida em cima do halfling. No final
havia apenas um orog, este preso pela magia sagrada de Mikhail estava
indefeso.
Quando
todos pensavam que a batalha havia acabado, esferas de energia surgiram
de repente indo em direção ao mago Kariel que, mesmo
surpreso, foi defendido por seu pingente dos Harpistas, objeto este
que absorveu os projéteis mágicos. Todos então
olharam para cima e viram dois homens de aspecto hostil, que estavam
num morro acima até então apenas observando a batalha.
Arthos percebe que as vestes de um se parecem muito com as de alguns
magos dos Zhentarim que enfrentaram no passado. Os dois homens disseram
alguma coisa um para o outro e desapareceram em seguida deixando
os aventureiros bastante intrigados.
Os
heróis interrogaram o orog graças a Kariel que conhece
o idioma orc. Ficaram sabendo que um homem de nome Korb os contratou
para eliminar quaisquer aventureiros que passassem por aquelas bandas.
Logo depois deixaram o orog ir embora desarmado. Laure descobriu
que o que havia derrubado Arthos, Kariel e Magnus de suas montarias.
Na verdade foi uma corda invisível colocada estrategicamente
de uma árvore a outra. Os aventureiros prosseguiram sua viagem
com mais cautela e intrigados de quem eram aqueles homens que queriam
suas mortes.
Esta
história é uma descrição em teor literário
dos resumos de aventuras jogadas pelo grupo Comitiva da Fé
em Salvador sob o sistema de RPG Advanced Dungeons & Dragons.
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