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Mistério no Vale da Adaga
Descrita por Ivan Lira,
baseada no jogo mestrado por Ivan Lira
Agradecimentos especiais a
Jullyano Alves de Faria, que concedeu idéias para esta aventura.
Personagens da aventura:
Os
Humanos:
Magnus de Helm; ; Siegel O'Blound (Limiekli); Evendur Buckman, Sirius
Lusbel. Os Elfos: Arthos Fogo Negro; Mikhail Velian; Kariel
Elkandor. A Meia-elfa: Elen Laure. O Halfling: Bingo Playamundo.
Participação Especial: Lorde Randal Morn.
Mistério no Vale da Adaga
Os
aventureiros conhecidos por Comitiva da Fé rumaram para o
Vale da Adaga sob as instruções da nova Mestre Harpista
Storm Mão Argêntea. É claro que apenas os integrantes
harpistas da equipe obtém este conhecimento, mas no geral
pretendem descobrir os estranhos desaparecimentos que ocorrem no
Vale da Adaga contactando o lorde de Cachoeiras da Adaga, Randal
Morn. Após derrotaram um bando de orogs que lhes armaram
uma emboscada, os heróis prosseguiram sua viagem chegando
ao destino um dias depois.
Depois
de subirem uma pequena colina, já podia-se vislumbrar a uma
certa distância uma cidade fortificada sob muros altos. A
visão bela apresentava o grande contraste da vegetação
que cercava a fortaleza com suas construções de pedra
e madeira. Desceram eles o pequeno morro e passaram uma pequena
ponte que cruzava o Rio Tesh que ali corria. Bastou apenas que caminhassem
por mais alguns metros para serem abordados por soldados armados
que argüiram os viajantes.
"Alto lá!
Quem vem?"
"Somos
apenas viajantes. Lorde Mourngrym do Vale das Sombras nos instruiu
a ter uma audiência com o governante local, Lorde Randal Morn."
Afirmou o elfo Kariel.
O
soldado afastou-se por alguns minutos até que finalmente
liberou os aventureiros de adentrar Cachoeiras da Adaga. Passando
pelos portões todos tiveram que amarrar pequenas cordas atando
o cabo das armas às suas respectivas bainhas, lei essa igual
a aplicada eme Cormyr para impedir que malfeitores causem problemas
aos cidadãos da cidade. Um dos soldados gentilmente os conduziu
até uma estrutura em destaque na cidade, o palácio
real. O grupo apresentou a carta com o selo real do Vale das Sombras,
e consequentemente foram guiados para uma sala ampla nos dos andares
do castelo. Lá um homem se encontrava, era um rapaz loiro
sentado numa cadeira que parecia esperar alguém. Foi quando
logo em seguida surgiu o Lorde Randal Morn, um homem alto, forte
e rechonchudo. Um sorriso se abriu por debaixo de sua grande barba
que viu os aventureiros.
"Por Tyr,
vocês finalmente chegaram!"
"Milorde,
desculpe a demora mas tivemos um pequeno atraso em nossa viagem.
Fomos atacados por orogs." Revelou Mikhail.
"Orogs?
Que coisa terrível, parece que alguns goblinóides
permaneceram nos Vales após a guerra."
Os demais se
apresentaram ao lorde e Kariel disse:
"Lorde,
fomos enviados por Mourngrym para lhe ajudar na questão dos
desaparecimentos."
"Sim, e
também descobrir o paradeiro sobre dois Harpistas desaparecidos."
Lembrou Arthos Fogo Negro.
"Harpistas
desaparecidos? Não ouvi falar sobre isso" Pensou o paladino
Magnus.
"Oh sim,
Mourngrym me mandou uma mensagem. Por este motivo enviou vocês
para solucionar os desaparecimentos que tem ocorrido no Vale da
Adaga. Temos aqui também outra pessoa se oferecendo para
ajudar. Como se chama meu jovem?" Perguntou Morn ao rapaz loiro.
"Me chamo
Limiekli, milorde. Estarei a sua disposição para contribuir
na resolução deste mistério." Apresentou-se
o ranger Siegel com outro nome, por algum motivo ocultou o verdadeiro.
"Senhor
Randal, o que pode nos contar sobre estes misteriosos desaparecimentos?"
Perguntou Mikhail.
"Aventureiros,
dois fatos em destaque ocorreram no Vale da Adaga anos atrás.
Há muito tempo Cachoeiras da Adaga era governada por um zhentarim
infiltrado chamado Tren Noemfor. Na época eu comandava uma
força rebelde que aos poucos foi repelindo esta ameaça,
mas antes uma sacerdotisa de Cyric de nome Eragyn instalou-se no
subterrâneo das ruínas do templo de Lathander, que
hoje se encontra reconstruído e funcionando, e tentou ressuscitar
um antepassado meu, o mago Colderan. No processo ela matou algumas
pessoas, mas felizmente conseguimos destruí-la. Em outra
ocasião, uma feiticeira morta-viva denominada Gothyl tinha
um plano de se apossar dos corpos de outras pessoas e até
me seqüestrou, contudo fui resgatado por meus soldados, mas
Gothyl fugiu, e consegui reaver a Espada dos Vales. Chamo a atenção
para este segundo caso, pois há uma chance de que Gothyl
esteja por trás desses desaparecimentos. Portanto eu sugiro
uma busca no antigo covil da bruxa, localizado na Floresta das Aranhas
ao sul do Vale da Adaga."
"Senhor,
a poucos dias estava andando pela floresta quando vi alguém
muito suspeito, mas estava todo encapuzado e não pude identificá-lo,
tentei segui-lo, mas ele sumiu de repente." Revelou Limiekli.
"Hum, interessante...seria
oportuno, meu jovem, que se juntasse a este grupo para facilitar
a investigação." E a Comitiva acatou a sugestão
de Randal Morn.
"Lorde,
nós tínhamos capturado um dos orogs que nos atacaram.
O interrogamos e ele nos disse que um tal Korb os havia contratado
para atacar quaisquer aventureiros que passassem por lá.
O senhor está sabendo de alguma coisa?" Levantou esta
questão Kariel.
"Não
elfo, nunca ouvi falar em algum Korb, mas quem sabe se não
são os malditos Zhentarim envolvidos nisso."
"Talvez
devêssemos também averiguar o local onde os dois Harpistas
sumiram." Lembrou Arthos.
"Bom, talvez,
mas antes gostaria de convidá-los para uma festa hoje à
noite aqui no castelo para o aniversário de Lucille, filha
de um nobre amigo meu, Nolam Copriph. Seria muito bom, pois assim
eu os apresentaria para a nobreza para que fiquem mais tranqüilos
vendo que estamos tomando uma resolução para os problemas."
"Agradecemos
o convite, estaremos na festa à noite então."
Finalizou Kariel.
No
final da reunião, um garoto bastante alegre veio correndo
em direção a Randal, era seu filho Alars. O menino
fez algumas perguntas inocentes ao grupo de aventureiros, mas logo
foi recolhido por Madelyne, mãe e esposa de Randal.
O Templo do Amanhecer
O
grupo, junto com o jovem Limiekli, saiu do castelo para passear
pela cidade e talvez até descobrir algo. Limiekli diz aos
heróis que Cachoeiras da Adaga é um lugar pacato atualmente,
com exceção do problema dos desaparecimentos. Sem
muitas opções, o grupo resolve seguir para o templo
de Lathander.
Uma
estrutura de tamanho razoável, era o belo templo do Deus
do Amanhecer. Chamava a atenção pela arquitetura diferente
de outras construções da cidade. A Comitiva adentrou
com curiosidade. O interior se apresentou mais bonito que o exterior,
ornamentos e obeliscos enfeitavam o ambiente simbolizando a vida,
o nascer, o florescer. Os visitantes se entretiam vendo algumas
esculturas sacras quando se apresentou um homem de meia idade, pela
sua túnica esplendorosa constatou-se ser o sacerdote da casa.
"Bom dia,
querem estar à vontade para ouvirem um pouco sobre a valorização
da vida sob o aspecto do nosso senhor Lathander?"
Alguns olharam-se
esperando que alguém respondesse, mas apenas aceram positivamente
para o sacerdote.
"Sou Temeron,
sacerdote do Deus do Amanhecer, ele vos abençoa."
"Muito
obrigado, que Mystra nos abençoe também." Completou
o elfo Mikhail.
"Oh, também
és um devoto. Que alegria ver um seguidor de Mystra por aqui."
"Agradecemos
pela benção senhor. Nós estávamos no
castelo, tivemos uma audiência com o lorde Randal Morn. Ele
nos falou sobre os desaparecimentos." Mencionou Kariel.
"Sim, é
lamentável. Até agora não descobriram nada,
mas a presença de vocês pode alimentar um pouco de
esperança para este povo que já sofreu tanto."
"O senhor
e seus discípulos não conseguiram descobrir nada sobre
este problema?" Argüiu o paladino Magnus.
"Fizemos
tudo que pudemos, mas não recebi nenhuma resposta do Deus
do Amanhecer. Provavelmente outros métodos terão de
ser usados para solucionar o caso."
Em
meio a tanta conversa religiosa, Arthos já estava cheio,
achava inútil debater sobre entidades que fazem pouco para
os mortais. Ele lutou muito até hoje, mas os deuses não
puderam nem devolver sua amada à vida. Por isso, quebrou
sutilmente a conversa convidando alguém para a taverna local,
lugar que provavelmente o agradaria. O ranger Limiekli aceitou,
mesmo porque Arthos não sabia onde ficava a taverna, mas
antes lembrou de algo.
"Padre,
o senhor Randal disse que há alguns anos atrás uma
mulher chamada Eragyn profanou as ruínas do antigo templo
que existia aqui neste mesmo local. O lugar ainda existe debaixo
deste templo?"
"Não
meu filho, todas as passagens subterrâneas foram soterradas
para que nunca mais fossem usadas, e então gentilmente o
lorde Randal mandou construir este templo para devolver a harmonia
que havia aqui antes em tempos passados."
Limiekli
e Arthos saíram combinando com o grupo que à noite
se encontrariam no castelo. Os outros continuaram conversando com
Temeron sobre assuntos religiosos, mencionando relatos fantásticos
sobre combaterem deuses entre outras coisas das quais o sacerdote
ficou com enormes dúvidas, embora tenha se interessado bastante
nas informações sobre a época conhecida por
Tempo das Perturbações.
Mercenário à
Vista
Enquanto
Limiekli e Arthos andavam, o ranger ficou pensando se ainda existia
alguma passagem subterrânea por debaixo do templo. Cogitou
até a possibilidade desta suposta passagem passar também
por debaixo da Taverna Rocha Vermelha, esta que estava bem a frente
dos dois. Com as portas abertas eles entraram. Assim como quase
todas as tavernas de Faerûn, a Rocha Vermelha era um lugar
cheio de mesas e cadeiras, mas não tinha a mesma quantidade
de pessoas que a habitual. Talvez o motivo seja a série de
desaparecimentos que vem ocorrendo no Vale da Adaga. O elfo e o
ranger se sentaram e pediram bebidas, a dona, uma meia-elfa já
de idade avançada de nome Kessla os atendeu. Além
deles estavam mais duas pessoas na taverna, um anão e um
gnomo.
"Ah,
o gnomo é Nilix e o anão é Thaugor. Não
ligue pra eles, só vivem bebendo aqui e contando um monte
de mentiras. Não sabem fazer outra coisa." Advertiu
Limiekli a Arthos Fogo Negro.
O
elfo, que estava entediado com tanta tranqüilidade, foi até
Kessla e perguntou:
"Senhora, você sabe alguma coisa sobre estes desaparecimentos
que vêm ocorrendo aqui em Cachoeiras da Adaga?"
"Ninguém
sabe elfo, mas sei de uma coisa, se isso continuar com certeza vai
chover mercenários aqui, pois os nobres estão começando
a se preocupar com isso. Já há um mercenário
aqui e tudo."
"Mercenário?
Quem?"
"Não
sei bem o nome dele, está hospedado aqui mesmo. Acho que
ele é meio preguiçoso, só acorda mais ou menos
nesta hora. Espere mais alguns minutos e ele descerá."
Foi dito e certo, poucos momentos depois, descia as escadas um homem
magro vestindo trajes modestos. Ele foi até uma mesa e esperou
o 'café da manhã', em meio a este tempo, Arthos aproximou-se
dizendo:
"Olá
amigo, posso sentar-me? Parece-me novo nestas bandas."
"Sim, claro,
é sempre bom conversar com alguém, e interessante
também se tratando de um elfo."
"Sou Arthos,
vim aqui tentar resolver o mistério desses desaparecimentos."
"Me chamo
Evendur. Fiquei sabendo disso há algum tempo e por isso vim.
Quem sabe não pagam uma boa recompensa por isso, não?"
"É,
talvez você esteja certo, os nobres já estão
com medo."
"Vamos
fazer o seguinte, podemos resolver o problema juntos, vai ser moleza.
Com certeza isso deve ser obra de um bando de orcs ignorantes."
"Acho que
seria precipitado pensar assim, mas se você quer algum contato
poderá encontrar na festa que haverá hoje à
noite no castelo."
"Sim, fiquei
sabendo, mas não tenho como entrar lá. Não
é aberto ao público plebeu."
"Ah, mais
aí é que eu entro. Tenho como conseguir sua entrada."
Revelou Fogo Negro.
"Tem certeza?
Isso seria muito bom. Como faremos então?"
"Me encontre
na entrada do castelo e o resto é comigo, e vê se arranja
uma roupa decente."
"Tá
legal, estarei lá."
Fogo
Negro e Limiekli jogaram cartas com o gnomo e o anão. Ouviram
um pouco de lorotas e posteriormente foram embora.
O Orgulho Nobre
O
Sol já havia se posto há algum tempo, estava toda
a Comitiva em seus quartos no castelo, apenas Limiekli preferiu
alojar-se nos estábulos, detalhe que deixou intrigados o
resto do grupo. O ranger por um momento jurou que ouviu o cavalo
de Mikhail falar. Como a festa era de requinte, Randal ofereceu
roupas finas para os aventureiros que se encontraram numa situação
embaraçosa, a exceção do príncipe Kariel
Elkandor. O elfo e sacerdote de Mystra Mikhail Velian, e Arthos
Fogo Negro, ficaram meio atrapalhados ao vestirem as roupas requintadas
cedidas pelo lorde. O paladino de Helm Magnus não estava
acostumado a comemorações deste tipo. Ele nem mesmo
fazia parte de alguma ordem, pois era o próprio dono da sua
fé e crença no deus guardião. Estar de armadura
era seu modo habitual. Seu grande amigo, Bingo Playamundo, foi freqüentador
assíduo de grandes festas no reino de Luiren, sua terra natal,
contudo nunca teve a necessidade de encobrir seus pés de
halfling, e estava ele agora com o par de sapatos que lhe foi oferecido
e estava esmagando seus grandes dedões que eram de longe
maiores que nozes. Elen Laure colocou um vestido meio que a contra
gosto, ela preferia algo mais leve e menos sufocante do que aquelas
vestes que escondiam todas as qualidades femininas.
A
movimentação no castelo era grande, pessoas correndo
pra lá e pra cá, terminando todos os preparativos
de modo a satisfazer as exigências de Lorde Copriph, o pai
da aniversariante. Foi então que aos poucos as carruagens
dos nobres foram chegando. Fogo Negro se lembrou do compromisso
que marcara e logo compareceu à entrada do castelo. E lá
estava Evendur o esperando, o elfo alegou aos guardas que Evendur
era uma 'assistente' dele e conseguiu que o rapaz entrasse. Os demais
já se dirigiam ao salão principal onde se encontravam
todos os convidados. No momento em que os viu, Randal Morn apresentou
o grupo a Nolan Copriph e sua filha Lucille, a aniversariante.
"É
um prazer conhecer tão nobres aventureiros, Randal me informou
sobre a gentileza de se oferecerem na solução dos
desaparecimentos. Vocês tem meu apoio." Expressou-se
Copriph.
Lucielle ficou um tanto envergonhada em falar com grupo, intimidou-se
com a beleza de alguns homens da Comitiva, especialmente com o jovem
paladino. Ela apenas os cumprimentou e voltou-se para suas amigas
cortesãs que ficaram fazendo comentários sobre os
aventureiros em voz baixa. Logo depois chegou um casal no salão.
Era um homem bastante elegante, de aproximadamente quarenta anos,
e sua belíssima esposa, que apesar de aparentar a mesma idade,
possuía uma beleza que superava até a aniversariante.
Randal os apresentou como Lorde Gryvus Loriath e sua esposa Mariel.
Gryvus cumprimentou o grupo, mas disse:
"Randal,
não acha que a nossa guarda já é mais que necessária
para desvendar tão infortúnios problemas?"
"Talvez,
mas tenho certeza de que estes jovens detém recursos alternativos
para isso."
"Ora, querido,
dê uma chance para estes heróis provarem seu valor."
Disse Mariel lançando um olhar lascivo para Arthos e Magnus.
Em
seguida, outro casal se aproximou para participar da conversa. Um
homem bastante simpático com sua mulher adorável.
"Boa noite
caros aventureiros, sou Garekh Inklas e essa é minha esposa
Jayna. Estava ouvindo a conversa e expresso meu apoio com a presença
de vocês nesta situação deveras ruim que passamos."
"Ficamos
contentes que alguns não se sintam desconfortáveis
com aventureiros." Revelou Arthos.
"Acho que
aventureiros são necessários para a sociedade, afinal
se não fossem por eles esta cidade ainda estaria em mãos
Zhentarins."
"Sim, de
certa forma os aventureiros ajudam na economia, pois promovem ideais
e ações que movem o comércio nas cidades, e
isso é muito bom." Disse Furtum, outro nobre que chegou
para participar do debate, ele era gordo, alto e usava um monóculo.
Sua mulher era obesa e tinha um belo vestido.
"Ah, esse
aí gosta tanto de dinheiro que eu acho que ele come moedas
de ouro." Comentou Randal em voz baixa para a Comitiva.
Evendur
se aproximou para pegar a conversa no meio e se entrosar com algum
nobre, viu em Garekh uma segurança de lucro, não descartando
Furtum, que poderia pagar uma boa quantia para um mercenário
como ele. Mas vendo Arthos no meio de um grupo de aventureiros logo
perguntou:
"Arthos,
eu não sabia que tinha mais gente na jogada. Eu não
posso repartir uma recompensa com tantas pessoas."
"Não
se preocupe, não estão fazendo isso por dinheiro.
Eu garanto."
O diálogo
entre o elfo e o forasteiro foram suficientemente alto para que
os ouvidos élficos de Mikhail e Kariel os captassem, portanto
logo protestaram de forma particular com Fogo Negro.
"Arthos,
tem certeza do que está fazendo? Você conhece este
sujeito?" Argüiu Kariel longe da presença de Evendur.
"E ainda
falando sobre recompensa. Nós não somos mercenários."
Completou Mikhail.
"Relaxem
vocês dois. Afinal de contas nós precisamos de maneiras
alternativas para investigar este mistério. Se Evendur descobrir
alguma coisa, vai ser útil para nós, e se conseguir
quem pagará alguma recompensa será sem dúvida
algum nobre ou o próprio Randal Morn." Explicou-se o
elfo se afastando, pois viu algumas pessoas começarem a dançar,
e esperava convidar alguma beldade, talvez a aniversariante. Porém
Lucille aproveitou que Magnus estava meio perdido na festa e o convidou.
Mas Arthos teve uma surpresa, Lady Mariel, esposa do Lord Gryvus
o puxou para dançar.
"Por que
não dança comigo, elfo?"
"O lorde
não se importará?"
"Não
se preocupe com isso. É uma ótima oportunidade para
conversarmos."
"De que
fala, milady?"
"É
que estes desaparecimentos estão me preocupando. Gryvus vai
viajar daqui há alguns dias. Você poderia ficar comigo
me protegendo."
"Er.. estarei
ocupado durante este tempo, mas tenho outra pessoa que pode cuidar
disso." Disse Fogo Negro percebendo as intenções
dela.
"Vai recusar-me?
Pois muito bem, não preciso dos seus serviços."
Finalizou ela dando-lhe as costas e se misturando aos convidados.
Fogo
Negro imaginaria que ela fosse ao encontro do marido, mas quando
o viu à distância, ele estava cortejando outra mulher,
"Que espécie de casal é esse?" pensou o
elfo intrigado.
Kariel
conversou um pouco com Limiekli, e descobriu que era um adorador
de Mielikki, pois seu nome era um anagrama do nome da deusa. O ranger
alegou ter experiência para continuar com o grupo.
Randal
chamou a atenção de todos e anunciou que se preparassem
para a apresentação da trupe Grifo Verde,. Todos então
acataram a solicitação e sentaram-se nas cadeiras.
Logo o show começou, e os atores, formados em sua maioria
por anões humanos. A encenação desenrolou-se
numa pequena história sobre um herói da cidade que
os livrou das garras sinistras dos Zhentarim. É claro que
todos perceberam ser Randal Morn este herói, e a história
foi contada também sob um aspecto cômico, que provocou
muitas gargalhadas da platéia, e o vilão central era
sem dúvida Tren Noemfor, que governara a cidade antes de
Randal.
Terminado
o espetáculo, todos foram convidados para um banquete numa
grande mesa retangular, os heróis da Comitiva também
se sentaram. Foi comum alguns cochichos dos nobres em relação
aos elfos e o halfling do grupo, então não demorou
muito a iniciarem novamente a discussão sobre os desaparecimentos.
O Lorde Gryvus
mais uma vez se expressou contra a presença de aventureiros
no Vale da Adaga, pois alegou se preocupar muito com a quantidade
de mercenários que poderiam causar problemas a cidade. Garekh
Inklas mais uma vez contestou, seus argumentos de que os aventureiros
impediram a invasão nos Vales por goblinóides foram
bem aceitos, e Furtum complementou que os heróis movem o
mercado de armas, assim o fluxo na economia ficaria mais agitado
dando até uma possibilidade de Cachoeiras da Adaga algum
dia se equiparar ao comércio de cidades como Athkatla e Portal
de Baldur. Alguns convidados acharam isso uma loucura, mas o objetivo
de Furtum era aproveitar a crise que se passava em Cormyr para vender
muitas armas e transformar Cachoeiras da Adaga num grande eixo econômico.
As esposas dos lordes se reservavam a cochichar sobre a aparência
de Elen Laure, uma meia-elfa de cabelos esmeraldas e pele negra
que chamava muito a atenção. Bingo, longe de qualquer
discussão, saboreava todos os tipos de bolo que estavam ao
seu alcance e teve uma grande idéia. Ao invés de fazer
seis refeições por dia como era habitual, ele resolveu
diminuir para três, contudo iria dobrar a quantidade de comida
para cada uma das três refeições, assim não
atrapalharia seus companheiros nas missões. Evendur conversava
bastante com Garekh vendendo seus serviços, Arthos ia fazer
alguns comentários mas viu algo estranho, o Lorde Gryvus
e a jovem Lucille se encarando, ela nem sequer piscava e ele a fitava
profundamente, isso durou algum tempo até que cessaram. O
elfo ficou muito intrigado, imaginando que relação
teria um homem daqueles com uma menina tão jovem.
A
festa chegara ao seu fim, os nobres foram pegando suas carruagens
para ir embora, sorte de Bingo que imediatamente tirou seus sapatos
ao ver os convidados saindo. Arthos despediu-se de Evendur dizendo
que esperaria por qualquer informação sobre as investigações.
Alguns foram dormir, menos Arthos e Kariel, o dileto de Mystra quase
nunca precisava dormir, já Fogo Negro ficou inquieto e fez
um passeio a cavalo para descobrir algo nas redondezas, Kariel fez
o mesmo, mas depois voltaram para seus quartos.
Mais Um Desaparecimento
A
manhã deveria ser tranqüila, a Comitiva estava pronta
para partir em direção à Florestas das Aranhas.
Lá ficava o antigo covil de Gothyl, inimiga de Randal Morn,
a qual o lorde alega que talvez seja a responsável pelos
desaparecimentos. Mas quando já iam comunicar o lorde sobre
a viagem, receberam uma triste notícia: Lucille desapareceu.
Nolam Copriph, amigo pessoal de Randal e pai da jovem, chegara desesperado
no castelo pedindo ajuda. O grupo resolveu ir com Randal para a
casa de Copriph.
A
Comitiva fez uma investigação no quarto de Lucille
e não encontrou nenhuma pista, enquanto isso Arthos e Kariel
foram para as propriedades de Lorde Gryvus. Pensavam eles ter algo
haver com isso, pois Fogo Negro achou estranho a troca de olhares
do lorde com a jovem Lucille. Antes de chegarem a pequena torre
de Gryvus, Kariel usou sua magia para ficar invisível, assim
poderia descobrir algo. Na entrada, Arthos foi recebido por um empregado
que demorou algum tempo até permitir a entrada do elfo, Kariel
aproveitou o tempo em que a porta ficara aberta e adentrou. Fogo
Negro foi conduzido para uma sala onde esperou pela presença
do lorde que logo chegou.
"A que
devo sua presença em minhas propriedades, elfo?"
"Lucille,
a filha de Copriph, desapareceu."
"Mais que
tragédia! Será que isso não vai parar? Mas,
por que veio me comunicar isso?"
"É..,
que estamos perguntado a algumas pessoas se viram algo estranho,
algo que ajude nossa investigação."
"Não,
não vi nada, apenas cheguei ontem e repousei."
No
momento em que Gryvus falava, Kariel usou um encantamento que lhe
permitia pegar traços de pensamentos das pessoas, e captou
alguns de Gryvus, o nobre estava preocupado com suas próprias
economias e afazeres. Logo depois surgiu Mariel perguntando sobre
o que estava acontecendo, ela ficou assustada com o desaparecimento
de Lucille e retirou-se. Como não descobriram nada, Arthos
e Kariel, ainda invisível, voltaram para o castelo.
O
grupo reuniu-se, Randal mais uma vez pediu que os aventureiros investigassem
o covil de Gothyl, pois era a única pista a procurar. Os
aventureiros acataram o pedido, mas Elen Laure resolveu ficar, pois
queria descobrir o lugar onde os dois Harpistas moravam no Vale
da Adaga. Então partiram para a Floresta das Aranhas.
A Floresta das Aranhas
Em
frente a uma fogueira, estava Sirius Lusbel. Ele vislumbrava as
labaredas e pensava no passado, pensava como começou tudo,
como se tornou um aventureiro. Sabe que foi fundamental os ensinamentos
que adquiriu ao longos dos anos sobre a arte de lutar, sua espada
era sua amiga, e seu escudo, seu protetor. Irmão de Glenna
Lusbel, esposa do ranger Iorek Jester Bergson, ele se tornou um
grande amigo do cunhado, este que num certo dia lhe apresentou alguns
aventureiros que fizeram empreendimentos arriscados como invadir
a Fortaleza Zhentil para destruir um suposto líder de uma
organização do mal ou expulsar os drows que residiam
sob o Vale das Sombras. Mas sua alegria maior foi quando ajudou
seu grande amigo, o anão Belga, libertando seu povo das garras
de um mago, a no final estava de volta aos Vales. Porém,
há poucos dias, teve sonhos estranhos, algo como uma voz
de um anão lhe pedindo que o ajudasse a completar o ritual.
Este sonho foi se repetindo nos últimos dias, ele viu imagens
de uma floresta bastante densa. Ele conhecia superficialmente tal
lugar, era lendário, era a Floresta das Aranhas. Segundo
alguns na Taverna do Crânio no Vale das Sombras, este lugar
era muito perigoso. Contaram histórias de aventureiros que
lá entraram e nunca mais voltaram. Mesmo assim, Sirius decidiu
ir, sua amiga halfling Winck protestou ficando em casa. Já
tinha quase um dia de viagem que Sirius havia entrado na Floresta
das Aranhas e não acontecera nada, como anoiteceu ele montou
acampamento e ficou olhando para sua fogueira. Entretanto, algo
interrompeu seus pensamentos, ouviu algum ruído no mato,
mas permaneceu firme até ter certeza do que era, uma figura
se aproximou, então ele reconheceu, era Arthos Fogo Negro.
"Sirius?
Que myrkuls está fazendo aqui?"
"Bom, até
então estava preparando minha comida."
O
grupo se aproximou, a Comitiva da Fé viajou por pouco mais
de dois dias para chegar ali, na Floresta das Aranhas. E encontraram
um amigo, Sirius Lusbel, que não vêem há algum
tempo.
"Sirius,
que surpresa! É bom ver um rosto conhecido." Cumprimentou
Mikhail.
"É
bom rever vocês, mas o que vieram fazer aqui?"
Foi então
que Kariel e Arthos contaram muitas coisas sobre os últimos
dias, é claro que tiveram a prudência de não
mencionar nada sobre a missão Harpista. Eles ficaram muito
intrigados com a história de Sirius sobre os sonhos recentes.
Kariel e Magnus o convidaram a juntar-se ao grupo novamente, pois
talvez os objetivos deles sejam comuns. Sirius ficou com um pouco
de receio pelos perigos que geralmente a Comitiva atrai, mas aceitou
a proposta. No momento em que conversavam, os heróis não
perceberam mas estavam sendo cercados, de repente algo caiu sobre
eles: era uma teia bastante espessa. Limiekli percebeu o perigo,
mas não houve tempo para avisar. Do lado deles surgiram duas
enormes aranhas: eram maiores que cavalos e começaram a atacar.
Bingo ficou totalmente preso na teia, mas estava atrás de
Magnus. O paladino não hesitou e deu um duro golpe na aranha
com a Chama do Norte ferindo-a, a aranha revidou o ataque com uma
patada violenta que provocou um corte. Sirius prontamente saca sua
espada e seu escudo e investe contra outra aranha e faz um belo
corte na mesma. Mikhail tenta acertá-la com sua maça
mas não consegue, pois a aranha se move com muita rapidez.
Arthos e Kariel estavam presos, uma das aranhas tentou atravessar
Fogo Negro com uma pata, o elfo esquiva-se e o golpe pega justamente
na teia que o prendia, então Arthos estava libertado sacando
assim sua Lâmina das Rosas. Kariel ainda estava preso, por
isso foi ferido com um golpe do monstro. Limiekli ajudou Magnus
a derrotar uma aranha dando seus golpes de machado. Enquanto isso,
Arthos e Sirius fizeram o mesmo, deram cabo da outra aranha, mas
para a infelicidade deles surgiram mais duas. E Limiekli escutou
um estranho som vindo de um arbusto, quando foi investigar viu um
ser de aparência horrível, era baixo, com olhos e presas
enormes e era bípede com uma barriga grande. O ranger, mesmo
assustado com o que estava acontecendo lutou contra a criatura.
Arthos usava sua habilidades esguias para desvencilhar-se dos ataques
da nova aranha, Kariel aproveitou e lançou um relâmpago
sobre ela deixando-a bastante ferida. Sirius, Mikhail e Magnus lutavam
ferozmente contra a outra aranha, só que o paladino vendo
Limiekli tendo dificuldades com o estranho monstro humanóide
o ajudou. Outra criatura daquelas apareceu e pegou Sirius desprevenido,
deu-lhe um golpe com suas enormes garras arranhando sua armadura,
apesar do susto ele devolveu-lhe o golpe. Kariel invocou um encanto
que o fez dobrar de tamanho, mas não a tempo de ajudar seu
amigo Arthos que lutava contra uma aranha, o monstro pulou e acertou
todas as suas patas no corpo do elfo tirando muito sangue de Fogo
Negro, contudo ele não estava derrotado e revidou o ataque
atravessando sua espada no cérebro da criatura fazendo-a
tombar. Magnus esfacelou a cabeça da estranha criatura bípede,
enquanto Sirius conseguiu o mesmo, mas antes esta criatura deu-lhe
uma mordida no braço. Kariel então matou a última
aranha que restava com sua espada Goliath.
A Vila Stormpenhauer
Com
a batalha terminada, Mikhail, o elfo sacerdote de Mystra usou os
poderes concedidos pela deusa para curar seus amigos que estavam
muito feridos e o paladino fez o mesmo. Entretanto, Sirius começou
a se sentir mal, suando frio.
"Oh não!
Parece que aquele bicho o envenenou!" Supôs Mikhail.
"Eu.. eu
acho que tem uma vila aqui por perto, um pouco ao norte, levem-me
para lá." Pediu o febril Sirius.
Mas uma dúvida
se instalou no grupo, será que havia tempo de salvá-lo?
Onde estaria tal vila? Foi então que Mikhail foi até
seu cavalo falante Burgos e contou sobre a situação,
Burgos gentilmente pediu para colocar Sirius em cima dele e na frente
de todos, junto com Mikhail e Sirius na montaria, deu um grande
salto que ultrapassou as árvores. Parecia que chegaria aos
céus. Limiekli ficou pasmo com aquilo, pensava agora "Por
Mielikki, que tipo de pessoas são estas?"
A Comitiva pouco
conhecia sobre as propriedades mágicas de Burgos, que com
apenas um salto, pousara numa pequena vila, algumas pessoas que
estavam acordadas tomaram um susto. Ao se aproximarem com tochas,
Mikhail viu quem se tratavam de gnomos, e logo disse:
"Por favor,
não somos inimigos! Meu amigo foi envenenado por uma criatura!
Ajudem-me!"
"Ta bom,
vai até aquela cabana ali, tem uma amigo nosso chamado Madarn.
Ele entende disso."
Burgos
deu outro salto, mas de extensão menor e parou em frente
a um casebre. No seu interior um gnomo abriu a porta, parecia mais
um anão do que gnomo, pois era muito robusto com um enorme
nariz. Com muita má vontade ele os recebeu, viu do que se
tratava, derramou algo no corte feito pelo monstro em Sirius e depois
lhe deu algo para beber.
"Pronto,
não vai morrer. Podem se deitar aí no chão
mesmo, agora me deixem dormir." E então ele coçou
suas nádegas e pôs-se a dormir.
Minutos
depois, o resto da Comitiva chegou e se alojou na casa de Madarn.
Apenas pela manhã, houve tempo para apresentações.
Madarn ficou muito feliz sabendo que tinham matado aranhas na floresta.
Ele explicou aos aventureiros que as criaturas que eles enfrentaram
eram ettercaps, seres amigos das aranhas que prepararam armadilhas
para pegar suas presas.
"Senhor
Madarn, agradecemos pelo atendimento que deu a nosso amigo Sirius.
Nós estamos procurando um lugar aqui nesta floresta, um covil
de uma bruxa." Revelou o tão polido Mikhail.
"Ah, pergunte
para Telimas. Ele deve saber de algo, agora me levem para o lugar
onde enfrentaram as aranhas." Disse o gnomo rudemente.
Madarn então
pegou sua carroça-jaula e foi até lá com Mikhail
e Limiekli.
Aquela
era a vila de Stormpenhauer, uma pequena morada de gnomos, logo
que os aventureiros saíram da casa de Madarn, foram bombardeados
por um monte de perguntas das crianças gnomas que os esperavam
do lado de fora. Elas passaram algum tempo os admirando mas foram
recolhidas pelos pais. Sirius ainda estava inconsciente e dormia,
o resto do grupo decidiu procurar o gnomo de nome Telimas como Madarn
recomendou.
Chegaram
a casa mais bonita da aldeia, bateram à porta e um gnomo
atendeu.
"Olá!
Quem são vocês?"
"Somos
chamados de Comitiva da Fé. Madarn disse que o senhor poderia
nos ajudar."
"Hunf,
aquele Madarn, sempre jogando os problemas pra cima de mim. Tudo
bem, entrem."
Bingo, Arthos
e Kariel conseguiram entrar na pequena casa, mas não Magnus,
que decidiu ficar do lado de fora cuidando de Sirius.
"Sou Telimas
Tecedor de Sonhos, sirvo à vontade de nosso deus Baervan
Errante Selvagem. A que devo a visita de vocês?"
"Nós
estamos procurando um lugar, a torre de uma bruxa." Revelou
Kariel.
"Ora, mas
alguns anos atrás vieram outro grupo procurando a mesma coisa.
Eles estavam atrás de um homem chamado Randal Morn."
"Sim, ele
nos pediu procurar a torre de Gothyl. Ele suspeita de que ela seja
responsável por alguns desaparecimentos que estão
ocorrendo no Vale da Adaga."
"Madarn
poderá levar vocês, ele já levou o outro grupo
antes. Mas talvez a presença de vocês não seja
por acaso, eu andei tendo uns sonhos estranhos sobre um anão
me pedindo para completar um tal ritual, vocês sabem de algo?"
"Pra falar
a verdade sim, Sirius disse que estava tendo uns sonhos parecidos
com estes." Disse Arthos.
"Talvez
a Torre de Gothyl seja a resposta afinal." Concluiu Kariel.
"Tive um
estranho também, ele se repete de tempos em tempos. É
sobre uma enorme guerra envolvendo muitas raças, muitos massacres,
e no final, apenas um exército ficou de pé. Eram uns
elfos de pele negra.."
"Drows?"
Interrompeu Arthos.
"Sim, acho
que é isso. Uum espaço se abriu no meio do exército
e então apareceu uma carroça puxada por estranhas
criaturas e nela estava uma fêmea destes deste drows. Tinha
uma bonita coroa de prata em sua cabeça e carregava um símbolo
de uma aranha em suas vestes. Já viram algo assim antes?"
Kariel e Arthos
não sabiam o que responder, apenas ficaram inquietos. Bingo
estava com fome, então Telimas jogou-lhe uma maçã.
Telimas fez algumas perguntas sobre o mundo fora dali, Arthos aproveitou
e mencionou que conheceu um gnomo crente em Baervan se referindo
a Gilbert que ficou em Suzail, depois concluíram a conversa
, decididos a rumarem para a Torre de Gothyl.
Madarn
voltava com Mikhail e Limiekli. No caminho de volta explicou sobre
a natureza dos ettercaps e sobre as aranhas. Tendo chegado na aldeia,
a Comitiva lhe propôs que os guiasse à Torre de Gothyl.
Daí que o gnomo respondeu:
"Tá
certo, são 300 peças de ouro."
"O quê?
Isso tudo?" Exasperou Arthos.
"É
claro! Afinal vou me arriscar não é?"
Então
a contra gosto Arthos aceitou pagar metade na ida e metade na volta
para que ele os levasse na torre. Foram feitos pequenos preparativos
enquanto Sirius melhorava. Um dia depois já estavam prontos
para partir floresta a dentro.
Esta
história é uma descrição em teor literário
dos resumos de aventuras jogadas pelo grupo Comitiva da Fé
em Salvador sob o sistema de RPG Advanced Dungeons & Dragons.
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