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Assim Disse El Ma'ra
Descrita por Ivan Lira.
Baseada no jogo mestrado por Ivan Lira.
Personagens principais da aventura:
Os
Humanos: Magnus de Helm; Sirius Lusbel; Sigel O'Blound (Limiekli),
Sir Galtan de Águas Profundas, Brian Mestre das Espadas.
Os Elfos: Mikhail Velian; Kariel Elkandor. O Halfling:
Bingo Playamundo. Participação Especial: Storm
Mâo Argentêa, Florin e Dove Garra da Falcão,
e Ruha.
Assim Disse El Ma'ra
Fora
uma missão difícil, meticulosa e muito arriscada, mas finalmente
Florin, Dove, Sirius e Limiekli chegaram ao final dela quando encontraram
o halfling Bingo aprisionado na fortaleza secreta da organização
orc Ambição de Shargrass, localizada ao norte da cidade Urgithor.
O problema agora é levar os ex-prisioneiros embora dali, pois no
momento da fuga uma guerra se tratava.
Em Anauroch, a situação
era diferente, pois os heróis foram de encontro ao perigo.
Com a ajuda de Ruha, a harpista da região, eles encontraram
um sítio arqueológico levantado pelos vultos de Obscura.
O grupo derrotou facilmente os sentinelas que se encontravam ali,
porém eles tem ainda uma caverna para explorar. Esta que
poderia levá-los ao mistério dos eventos que ocorrem
naquele lugar.
Gothyl,
o Início
Faerûn,
desde os tempos primórdios, sempre foi um lugar de encanto
e magia. Eram muitos os apaixonados pela Arte, que empregavam todo
seu potencial no domínio e no aumento deste poder. Há
mais de 150 invernos atrás, seja por ambição
ou apenas curiosidade não fora diferente com uma humana de
nome Gothyl. Ela aprendeu desde cedo a manipular esta desejada energia.
Fez várias jornadas pelo continente em busca de conhecimento
que pudesse aumentar consideravelmente seu poder. Em uma delas,
obteve o tão almejado dom do lich, uma transformação
da qual torna o mago um ser de imenso poder e imortal. Com aquela
informação ela rapidamente fez os preparativos para
se transformar em lich, contudo, paciência nunca foi uma das
virtudes de Gothyl que sempre esperava por resultados imediatos.
Então, em um erro de cálculo, o processo que deveria
transformá-la em lich deu errado. Seu corpo sofrera uma terrível
transformação, a escuridão das trevas adentrou
seu ser, e sua essência, deixando-a com uma nova aparência.
Sua pele se tornou quase negra como as sombras, suas unhas aumentaram
como as garras dos animais da noite e seus olhos tinham apenas ódio.
Seu corpo flutuara incessantemente apenas com o pensamento. Posteriormente,
a bruxa denominou sua nova aparência de arqui-sombra.
Naquela
mesma época havia um grande mago chamado Shraevyn, ele criou
uma arma especial de grande poder, era a Espada dos Vales. Esta
arma estava predestinada a ser empunhada por um grande herói
que venceria as forças do mal que tentavam invadir os Vales.
Gothyl, em suas pesquisas descobriu que poderia novamente aumentar
seu poder, ela precisava de uma energia mágica concentrada
que poderia realizar uma nova transformação. Seu novo
desejo era ascender para a forma que ela denominou de arqui-vulto.
Sabendo da criação de Shraevyn, a bruxa resolveu tomar
a espada para si, ela acreditava ser aquela arma a solução
para os seus problemas. Em um combate mortal contra Shraevyn, Gothyl
foi aprisionada pelo mago na cripta de seu complexo.
Os
anos se decorreram e a cidade de Cachoeiras da Adaga passava por
uma dominação pela organização maligna
conhecida por Zhentarim. Randal Morn, herdeiro do trono de Cachoeiras,
era o chefe dos rebeldes que combatiam os invasores zentharins.
Ele e seus Batedores da Liberdade descobriram a lenda sobre o mago
Shraevyn e sobre a Espada dos Vales. Randal era um homem perspicaz,
ele sabia que seu povo precisava de um mito que os influenciasse,
por isso decidiu procurar a Espada dos Vales e ser este herói
do qual a lenda falava. Ele e seu grupo rumaram para o Estômago
do Gigante, uma área perto das montanhas ao Sul. Lá
eles encontraram o Complexo de Shraevyn. Ao explorarem as ruínas
do local, eles acidentalmente libertaram Gothyl de sua prisão
que se deteriorara com o tempo. A bruxa rapidamente liquidou o grupo
de Randal e o capturou. Ela resolveu voltar para seu covil, em uma
torre que ficava mais ao sul na Floresta das Aranhas. Ariton, um
paladino do grupo de Randal conseguiu escapar com vida e revelou
o acontecido a Lhael, o escriba de Elminster. Este, conseguiu contactar
alguns aventureiros que posteriormente libertaram Randal, e este
último encontrou a Espada dos Vales. Gothyl ficou furiosa,
pois não conseguiu a espada e não conseguiu se apossar
dos corpos dos aventureiros para que fossem usados pelos espíritos
de seus falecidos aprendizes. Um novo confronto se fez depois, onde
Gothyl eliminou Ilthond, um mago zhentarim que tinha atrapalhado
seus planos. Mesmo assim, não conseguira adquirir a energia
necessária para sua transformação, então
desapareceu.
Um
Caminho na Escuridão
O
grupo de heróis em Anauroch só tinha um caminho, adentrar
a misteriosa caverna no sítio arqueológico dos vultos.
Sabiam eles que havia algo ali, pois no momento do ataque ao acampamento,
um dos vultos escapara entrando naquele lugar. Então todos
fizeram o mesmo. Storm, filha da antiga deusa Mystra, seguiu na
frente. A barda era imponente, embora ainda prevalecesse sua graça
e gentileza, qualidades estas que conquistaram o coração
do paladino Magnus. O servo de Helm andava ao seu lado, porém
estava sempre vigilante. Não permitiria que seus sentimentos
prejudicassem seus colegas em tão perigosa missão.
Mikhail rogava a deusa da magia que aproveitasse ao máximo
seu potencial. Kariel, desde o incidente em Zaartikan, andava calado,
talvez em luto pelo bedine morto por sua magia. Brian, o Mestre
das Espadas, ainda absorvia todas aquelas informações
recentes que levaram o grupo até aquele local, comandar exércitos
é o que estava acostumado a fazer e não explorar masmorras
abandonadas repletas de mistério. Galtan compartilhava destas
condições, contudo tinha um gosto para enfrentar novos
desafios, a vontade lutar era evidente nele. Por fim, Ruha, a bedine
harpista, se manteve em silêncio após o encontro com
Yego, um zhentarim e alvo da fúria da maga.
O
grupo andou cem passos para dentro da caverna. Storm fez um encantamento
que criou uma luz bastante forte que se irradiava por sua linda
espada. Não viram nada demais, era uma simples caverna. Mas
bem no meio de uma câmara natural havia um buraco, uma espécie
de fosso. Nela estavam cordas amarradas, provavelmente os vultos
desciam por ali. Depois de examinar cuidadosamente o ambiente, os
aventureiros, um a um, desceram pelas cordas.
Depois
de uns oito metros de descida, chegaram a um túnel completamente
irregular. Os heróis continuaram a caminhada, pois só
havia uma direção a seguir. A medida que andavam o
caminho descia. Vinte minutos haviam se passado até que eles
avistaram ao longe o final do túnel, era um buraco que dava
para algum lugar diferente. Ao passarem por ele, desceram-no e chegaram
a um novo túnel. Entretanto, este novo local não era
como os outros. Pois, ao pisarem no solo deste novo túnel,
perceberam algo interessante. Ele era liso, como se fora uma estrada
artificial. Os aventureiros continuaram até que suas suspeitas
foram sanadas, nas bordas do túnel haviam parapeitos feitos
de rocha. Vendo tudo amplamente, Storm deduziu que eles estavam
em uma espécie de passarela ou ponte feita em rocha. Este
fato os deixou curiosos e apreensivos. Depois disso continuaram
descendo.
Seguindo
mais a frente perceberam uma curva que os levou à direita.
Depois dela, não haviam mais paredes, ou seja, eles não
estavam mais em um túnel. Era apenas uma plataforma de passagem.
Com a forte iluminação da espada de Storm era possível
ver que além desta passarela havia apenas um paredão
à esquerda, mas não do outro lado. Após cinco
minutos de caminhada, os aventureiros puderam ver o final da passarela.
Nela havia uma pequena estrutura e uma entrada para outro lugar.
Mas, inesperadamente, duas figuras saíram desta entrada.
Eram dois seres trajados em negro. Eram vultos. Um deles era o que
escapou durante o ataque do grupo ao acampamento. O outro, mais
alto, foi imediatamente reconhecido por Kariel, que disse:
"Leevoth!"
"Sim,
pelo que vejo vocês não atenderam o conselho de Aglarel.
Retornem daqui! Não interfiram em nossos objetivos."
Respondeu ele.
"Não
chegamos de tão longe para voltar assim. Terá de se
explicar, vulto!" Ameaçou Storm.
"Que
seja."
Todos
pensaram que Leevoth ia sacar sua espada e partir para cima do grupo,
mas os dois vultos pularam para fora da passarela e sumiram. Storm
iluminou o local do salto, mas sua luz não conseguiu evidenciar
nada, pois ela tinha um limite de alcance. Então eles só
tinham apenas um caminho agora, a entrada de onde os vultos saíram.
Fugindo
dos Orcs
Sirius,
Limiekli, Florin e Dove Garra de Falcão tinham acabado de
libertar os prisioneiros da fortaleza da organização
secreta Ambição de Shargrass ao qual seu líder,
o ex-general de Urgithor Numoz, pereceu diante do poderoso golpe
do rei Jodrus. Então os quatro heróis que conseguiram
encontrar Bingo, tentavam sair da batalha que seguia entre as forças
do rei e da Ambição. Saíram por um vão
feito por Dove na muralha lateral e tinham agora como ameaça
os arqueiros que logo perceberam o intento deles na fuga.
Dove
foi na frente com seu marido e deu cobertura aos fugitivos. Sirius
e Limiekli vieram em seguida. Ambos pararam, armaram seus arcos
e começaram a trocar disparos com os orcs. Um destes, ia
atingir um dos fugitivos, uma criança, porém Dove
percebeu o perigo a tempo de ficar no caminho da trajetória
do projétil. Ela se protegeu e a flecha apenas resvalou em
sua armadura. Após três seqüências de disparos,
Sirius e Limiekli conseguiram alvejar seus opositores ceifando suas
vidas. Todos estavam sendo instruídos na fuga por uma elfa
que era prisioneira, ela tinha em mente um rota pela floresta para
despistar os goblinóides. Entre os fugitivos havia além
da elfa, um gnomo e um anão que corriam à toda para
salvar suas vidas. Eles passaram perto da última guarita
que ficava acima da muralha e novamente dois orcs atiraram, contudo,
as miras de Sirius e Limiekli eram implacáveis. Bastaram
apenas um disparo de cada para enviarem os adversários para
o reino da morte.
Após
isso, iniciou-se uma fuga frenética pela floresta, pois ninguém
a conhecia. Com exceção de Florin, Dove e Limiekli,
todos ficaram um tanto desorientados na corrida. Quase tropeçaram
em algumas raízes. Não havia tempo para respirar,
eles correram como puderam. Quando as crianças já
não mais agüentavam, os maiores as carregaram para não
ficarem para trás. Depois de algum tempo correndo, eles chegaram
a um desfiladeiro sem saída. Entretanto, a três metros
havia outro penhasco. Eles perceberam que teriam de pular para chegar
ao outro lado. Florin foi o primeiro a saltar, ele conseguiu. Limiekli
lhe jogou uma corda e então Florin a amarrou a uma pedra
próxima. Desta forma os fugitivos foram pulando com a outra
ponta da corda amarrada em suas cinturas. Pularam um de cada vez.
Enquanto faziam isso, Dove ouviu a aproximação de
um batalhão orc. Ela mandou que continuassem e foi de encontro
aos perseguidores. Atrás dela veio Sirius, mesmo com o pedido
da filha de Mystra de que ele voltasse, pois pretendia cuidar daquela
situação sozinha. Aproximadamente quinze orcs armados
os cercaram. Dove, com toda sua fúria, arrancava os membros
de seus adversários com sua poderosa espada. Sirius atacava
e se defendia com seu escudo, mas aos poucos sua guarda ia se abrindo
até que Dove conseguiu liquidar seus inimigos e ajudá-lo.
Com todos os orcs mortos eles voltaram para seus amigos que já
os esperavam do outro lado do desfiladeiro. Após passarem
por ele continuaram correndo pelas florestas não se importando
para onde estavam indo.
Gothyl,
a Ascensão
Não
conseguindo concretizar seu objetivo, a bruxa Gothyl procurou por
um novo refúgio na Floresta das Aranhas, pois tinha receio
de uma retaliação por parte de Randal Morn. Lá
ela iniciou novos estudos visando descobrir uma nova maneira de
realizar sua transformação. Após dois anos
de pesquisa, tentando buscar respostas com sua bola de cristal,
ela foi contactada por um ser em um lugar conhecido pelos arcanos
como Plano das Sombras. O ser se identificou como Melegaunt Thantul
e alegou fazer parte de uma cidade chamada Obscura e revelou que
Gothyl se transformara em algo semelhante a ele. A bruxa, fascinada
com as revelações do arquimago, conseguiu posteriormente
realizar um feitiço que permitiu a vinda de Melegaunt ao
Plano Material. O vulto, como assim denominou, revelou a Gothyl
que poderia ajudá-la em seu desejo de se transformar em uma
arqui-vulto. Ele possuía um conhecimento notável na
área do misticismo e realmente tinha a capacidade para tal.
Mas para isso ele pediu algo em troca, queria que a bruxa o ajudasse
a devolver sua cidade ao Plano Material, pois Obscura nada mais
era que um enclave construído do Império de Netheril
no passado distante. Obscura foi levada ao Plano das Sombras por
um arquimago chamado Lorde Sombra. Ele o fez por motivos misteriosos.
Gothyl, afogada em sua ambição aceitou completamente
o acordo. Desta forma, Ela e Melegaunt, juntos fizeram uma pesquisa
pelos reinos e descobriram um excelente conduíte mágico
que abrigava energia suficiente para realizar a transformação
de Gothyl, se tratava da filacteria dos dragões liches. Eram
pedras mágicas que continham a essência de dragões
mortos-vivos criados pela organização Culto do Dragão.
Eles procuraram por uma dessas bestas e encontraram Nevinthicorus
Larcious, um enorme dragão azul que fora transformado em
lich pelo Culto do Dragão há muitos anos. Fora uma
batalha muito perigosa, mas o poder somado dos magos sobrepujou
a ameaça do dragão que foi reduzido a pó. Melegaunt
tomou precauções para que a essência do dragão
não escapasse da pedra e então puderam realizar um
ritual ao qual finalmente Gothyl se transformou em arqui-vulto,
aumentando consideravelmente seu poder.
Com
a parte de Melegaunt no acordo feita, Gothyl se predispôs
a ajudá-lo a devolver Obscura ao Plano Material. Mas antes
disso, ela o alertou de que os vultos deveriam tomar cuidado ao
voltarem para o plano de origem, pois no presente existem muitos
seres poderosos em Toril que ficariam ameaçados com a presença
deles podendo então criar algum tipo de represália.
Melegaunt compreendeu a situação e contactou seu mestre,
o líder de Obscura, ao qual ordenou esta missão. O
Rei então ordenou-lhe que libertasse uma ameaça pelos
reinos. Ameaça esta que eles poderiam conter fazendo com
que Faerûn ficasse dependente dos vultos e vê-los como
aliados. A ameaça escolhida não foi outra senão
os implacáveis phaerimns, seres vindos de outra dimensão
através de um acidente mágico provocado pelos antigos
magos de Netheril. Estes seres haviam sido aprisionados por seus
nêmesis, as criaturas chamadas sharn, que se converteram em
energia e criaram a Muralha Sharn que conteve os phaerimns até
os dias atuais. Melegaunt e Gothyl, em uma nova pesquisa desenvolveram
o Globo das Almas Perdidas, uma esfera mágica de incrível
poder que podia absorver a essências dos seres vivos e acumular
em energia mística. Esta energia poderia bombardear a quase
instransponível Muralha Sharn e libertar os phaerimns. Este
intuito foi realizado, mas não como fora programado. Um grupo
de heróis conhecidos por Comitiva da Fé e Galaeron,
um arquimago de Evereska lutaram contra Gothyl. A Ondulação
de Galaeron e a Ondulação Negra de Gothyl se chocaram
causando um distúrbio na Arte de modo que rompeu a Muralha
Sharn libertando assim milhares de phaerimns. Melegaunt, escondido,
conjurou um feitiço que aprisionou Gothyl dentro de uma garrafa
e depois modificou sua aparência para se parecer com um humano
comum. Desta maneira conseguiu iludir os aventureiros de que era
um mago de Halruaa que fora aprisionado pela bruxa. Galaeron levou
todos a Evereska para discutirem com os Anciões da Colina
uma maneira de deter os monstros. Melegaunt, em mais uma farsa previamente
arquitetada por seu mestre e com o conhecimento de Gothyl, revelou
que eles poderiam eliminar a ameaça dos phaerimns com um
artefato antigo nas ruínas do Templo Karse na Floresta Alta.
Sem opções, os Anciões concordaram com a idéia
e o grupo foi para lá. No momento em que enfrentavam Wulgreth,
um arquimago lich remanescente de Netheril, Melegaunt traiu a Comitiva
e libertou Gothyl da garrafa, ela imediatamente se dirigiu a Pedra
Karse, artefato considerado como o último Mythalar. Wulgreth
e Melegaunt pereceram na batalha, porém Gothyl conseguiu
realizar um ritual com a Pedra Karse e abriu uma fenda que trouxe
Obscura de volta ao seu plano original. Logo depois a bruxa fugiu
deixando o fracasso para os heróis.
Gothyl
voltou ao seu refúgio na Floresta das Aranhas e arquitetou
um novo plano, se tornar uma pessoa de respeito em Obscura. A bruxa
voou até a cidade flutuante e conseguiu uma audiência
com o rei. Este ofereceu as propriedades de Melegaunt como agradecimento
ao feito da bruxa de trazer a cidade de volta ao Plano Material.
Porém o monarca, junto com seus aliados, determinaram que
Gothyl poderia se tornar uma ameaça, pois sua última
transformação a fez mais poderosa do que um vulto
comum. Então a colocaram em uma missão muito arriscada
onde possivelmente ela confrontaria os heróis de Faerûn.
Mais
Asabis
Após
o desaparecimento de Leevoth, o grupo resolveu adentrar onde o vulto
tinha saído, pois era o único caminho a seguir. Descendo
uma escadaria, eles perceberam que se tratava de uma torre que em
seu topo estava a passarela que levava para cima. Os mais atentos
acharam isso um tanto estranho. Mas ao chegaram ao solo, com a luz
emanada da espada de Storm, os aventureiros naquele momento tinham
certeza em que espécie de lugar estavam, era uma cidade em
ruínas. À frente deles havia várias estruturas
em decadência, apenas escombros do que foi um dia uma cidade.
A medida que avançavam viam mais e mais escombros sendo que
existia um caminho reto. Uma rua talvez. Storm, com sua experiência
secular, determinou que provavelmente estavam nas ruínas
de alguma cidade de Netheril.
"Temos
de tomar muito cuidado. Talvez Leevoth esteja preparando alguma
armadilha." Disse Brian preocupado.
"Mas
temos que seguir em frente. Se cair em alguma armadilha é
o único meio de descobrir o que eles estão fazendo
aqui então cairemos." Falou Storm.
"Talvez
estejam mesmo procurando algum legado do passado deles." Opinou
Mikhail.
Naquele
momento, Mikhail parou e ouviu algo. Um ruído vindo dos escombros,
parecia algo se arrastando.
"Pessoal,
eu escutei algo vindo daqueles escombros." Alertou Mikhail.
"Eu
irei ver o que é." Disse Galtan de espada empunhada.
"Espere
meu amigo. Sua armadura vai fazer muito barulho. Deixe que eu vá."
Aconselhou Kariel e em seguida tocando em seu elmo que o fez invisível.
O
mago, vagarosamente foi se aproximando de um dos entulhos, circundando-o
e encontrou uma figura que espreitava o grupo. Era um réptil
que, segundo o zhentarim Yego, era um asabis. A criatura estava
bem quieta como um crocodilo e mantinha-se firme vigiando os heróis.
Kariel sorrateiramente voltou para seus companheiros e relatou a
descoberta.
"Há
um asabis nos espreitando."
"Um
asabis! Talvez o maldito do Yego esteja aqui." Lembrou Ruha
entusiasmada.
"Se
há apenas um asabis então podemos esperá-lo
ir embora e segui-lo. Ele poderá nos levar aos seus comparsas."
Opinou Magnus.
"Eu
faço isso. Ficarei esperando ele ir embora." Voluntariou-se
Kariel ainda invisível.
O
elfo fez o caminho de volta e esperou. Demorou algum tempo, mas
o réptil finalmente saiu de seu esconderijo. Pois seus alvos
permaneciam parados. Mentalmente Kariel transmitia mensagens para
Storm, isso devido a ambos seres escolhidos da deusa Mystra. O asabis
saiu e começou a fazer um caminho em outra direção
dos heróis. Kariel continuou seguindo. O réptil foi
até um grande túnel que dava para outro lugar, talvez
outra parte daquela cidade. Tinham mais escombros à frente.
Até que finalmente o asabis chegara em uma grande estrutura
semelhante a uma grande catedral onde haviam mais dois répteis.
As criaturas se comunicaram e começaram a circular ao redor
da estrutura. Kariel informou ao grupo que o seguiu a alguns metros
atrás dele. Se esconderam e planejaram invadir aquele grande
prédio que estava perto.
Após
os asabis se afastarem, o grupo seguiu para a entrada da grande
estrutura. O portão estava aberto, portanto não tiveram
dificuldades em adentrar o recinto. O lugar parecia vazio. Apenas
um grande corredor com uma ladeira pouco íngreme que subia.
Lá em cima viram algumas entradas para quartos, mas todos
estavam destruídos. Andaram mais alguns metros até
que viram à frente alguns asabis. Os monstros foram de encontro
a eles correndo e empunhando lanças para tentar atravessá-los.
Mas como o grupo não era de pessoas comuns isso não
representou uma ameaça. Os répteis foram trucidados.
Os aventureiros aumentaram seu passo até uma sala circular.
Lá haviam mais asabis preparados para eles. E junto com eles
estava o alvo de Ruha, Yego.
"Ruha,
como conseguiu chegar aqui tão rápido? Arh, não
importa, os vultos cuidarão de vocês." Disse ele
correndo em seguida. Ruha tentou alcançá-lo, mas vários
asabis estavam no caminho e não a deixaram passar. Um novo
combate se iniciou e o resultado foi o mesmo, os asabis tombaram
ante as lâminas dos aventureiros.
Retornando
à Evereska
Os
ex-cativos da fortaleza da Ambição de Shargrass já
não agüentavam mais, não tinham mais energia
para continuarem a fuga. Mesmo o medo de serem novamente capturados
não os compelia a continuar.
"Acho
melhor então nós descansarmos." Aconselhou Limiekli.
"Mas
se ficarmos aqui eles acharão nossos rastros. Temos que continuar."
Discordou Florin.
"Eles
não agüentam mais Florin." Lembrou Sirius.
"Temos
que pelo menos alcançar a margem do rio para depois seguirmos
a sul. Descansemos por algum tempo."
Os
fugitivos então caíram exaustos. Respiravam mais que
nunca para recuperar suas forças. Limiekli aproveitou e foi
caçar alguma coisa. O restante ficou vigiando.
Após algum tempo, depois de uma breve refeição,
eles continuaram o caminho até encontrarem a margem de um
rio, do qual era o mesmo que passava pelos subterrâneos de
Evereska. Escolheram um bom lugar para acampar e ali dormiram. Pela
manhã, o grupo conduziu os fugitivos pela floresta. Fora
uma viagem extremamente fatigante. Até o anão cedia
ao cansaço, no entanto, escondia isso por pura vaidade. O
gnomo fazia o maior sacrifício para andar e bufava pelo caminho.
A elfa que estava com eles, chamada Alanna Veridel, era residente
de Evereska. Ela auxiliou as crianças na fuga. Todos eles
com exceção da elfa, moravam em várias partes
da Floresta Alta e foram capturados pelos orcs aleatoriamente.
Um
dia se passara e o grupo conseguiu chegar nos arredores de Urgithor,
pois tinham ainda mais duas pessoas para levar dali. Eles fizeram
um percurso de modo que passaram pela morada secreta de Marut, o
feiticeiro orc. Sirius mandou o grupo prosseguir enquanto ele ia
buscar Marut e Pukto. Chegando na caverna do feiticeiro, Sirius
os viu dizendo:
"Marut!
Pukto! Preparem-se! Vamos embora daqui!" Disse ofegante.
"Espere
meu amigo. Tome um pouco de água. O que aconteceu?"
"Marut.
Estamos vindo da fortaleza da Ambição. Houve uma guerra
lá, o exército de Jodrus invadiu o local."
"Sim,
houve uma grande movimentação na cidade."
"Nós
libertamos os cativos da fortaleza e conseguimos encontrar Bingo.
Vamos Marut, faltam vocês dois."
"Sirius,
eu ... eu não vou." Disse o feiticeiro pesaroso.
"Como
não vai? O que está dizendo?"
"Eu
pensei durante a ausência de vocês e decidi que é
melhor eu ficar. Eu tenho um ideal, com ele consegui convencer Pukto.
Se eu trouxer mais outros a este ideal então ainda há
uma chance de eu impedir a extinção de minha raça.
Alguém tem que continuar lutando."
"Bom,
se é esse o seu desejo."
"Mas
Pukto vai com você."
"Pukto
você quer ir comigo?" Perguntou o humano.
O
goblin pensou por alguns instantes, e com bastante angústia
apenas baixou a cabeça dizendo que sim. Mas antes deu um
forte abraço em seu mestre e foi embora com Sirius. Após
a saída deles é que Marut pode derramar suas lágrimas
para o único amigo que ele teve na vida. Sirius levou consigo
um dos livros de Marut que falava sobre sua crença em algum
dia orcs e outras raças viverem em harmonia.
Ele
chegou a uma clareira onde o restante do grupo e os fugitivos o
esperaram. Muitos se assustaram ao ver um goblin acompanhado com
Sirius, mas logo foram alertados de que não se tratava de
um inimigo. Todos eles então seguiram para sul até
alcançar Evereska.
Gothyl,
o Fim
Após
terem massacrado um bando de asabis, os aventureiros seguiram a
toda velocidade para tentar alcançar Yego, o zhentarim que
acabara de emboscá-los naquele misterioso lugar. Mas com
a presença de Leevoth tudo se tornava mais perigoso, pois
o envolvimento vulto era certo. Mesmo tendo a possibilidade de caírem
em armadilhas mortais, os heróis seguiram preparados para
um combate derradeiro. O corredor que eles correram formava um arco
para a direita a medida que o seguiam. Dessa forma foi possível
notar que eles se encontravam em uma estrutura redonda. Após
alguns instantes surgiu uma escadaria que descia em direção
ao centro interno daquele prédio. Eles desceram cautelosamente,
e chegaram ao fim dela. Com a iluminação de Storm
eles aos poucos perceberam estar no centro daquela estrutura, e
depois determinaram que parecia ser um anfiteatro, pois haviam bancos
de pedra quebrados formando um círculo, e havia luz vinda
de pequenos postes de pedra, parecia ser um fogo mágico.
Ao se aproximarem, eles ouviram alguns seres cercando-os. Os heróis
sacaram as armas e os esperaram. Mas uma figura surgiu vindo do
centro do anfiteatro, possuía uma cor azul-escuro e flutuava.
O heróis da Comitiva presentes logo perceberam de quem se
tratava, era Gothyl a bruxa.
"Ora,
ora, se não é a Comitiva da Fé. Eu ainda não
tive a oportunidade de agradecê-los por terem nos ajudado
a trazer Obscura de volta. Não fosse pela bravura de vocês,
não conseguiríamos atingir esta meta."
"Pode
ter nos enganado da última vez Gothyl, mas hoje você
pagará pela sua vilania." Ameaçou Magnus.
"O
que pretende bruxa? Já não foi suficiente trazer os
vultos?" Perguntou Kariel.
"Vocês
não viverão o suficiente para saber. E eu não
estou sozinha agora." Disse ela olhando para o lado onde se
encontrava Leevoth no primeiro andar da estrutura. A bruxa começara
a gesticular visando criar um feitiço. Foi o anúncio
do início da batalha.
Storm,
vendo aquilo, tentou ser mais rápida que a arquimaga e conjurou
um encantamento que eliminasse quaisquer proteções
místicas que ela tivesse. No entanto, Gothyl foi mais rápida
e ergueu um campo invisível sobre si que rebateu o feitiço
de Storm ao qual retornou. A barda do Vale das Sombras ficou sem
algumas proteções que conjurara antes.
Outros
vultos se revelaram ao redor deles e foram de encontro. Galtan,
sabendo da ameaça de Gothyl, ignorou um vulto que veio na
sua direção e foi até a bruxa. O paladino de
Helm tentou o mesmo, pois sabia que Gothyl poderia conjurar algum
feitiço maldito que pudesse atingir a todos. Porém,
Leevoth, o capitão dos vultos, pulou de onde estava dando
um salto mortal e antes de chegar ao chão sacou sua espada
e golpeou Magnus visando cortar seu crânio, mas o paladino
viu o golpe a tempo e o aparou com sua Chama do Norte. Leevoth então
postou-se frente à ele preparando um novo ataque. Mikhail,
o clérigo de Mystra, tinha dois vultos para se preocupar,
mas viu que seu amigo Magnus poderia ter problemas por se tratar
do capitão dos vultos. Com muita astúcia ele percebeu
que poderia ajudar e si mesmo e seu companheiro. Então ergueu
seu martelo presenteado por Bhury Rocha Suprema, o Destruidor de
Tempestades, e acionou uma de suas dádivas. Um potente raio
de luz tão forte quanto a luz do sol saiu do martelo indo
em direção a Leevoth, nesta mesma direção
estavam os dois vultos que pretendiam cercar o clérigo, mas
o mesmo foi esperto e atingiu a todos inclusive Magnus. Mas o paladino
não possuía fraquezas quanto a luz, o que não
se podia dizer o mesmo aos vultos. A luz fora tão intensa
que cegou as três criaturas deixando-as por alguns momentos
indefesas. Kariel, vendo que outro vulto se aproximava, realizou
um feitiço que o fez aumentar de tamanho e depois sacou sua
espada para duelar contra o inimigo. Brian, o Mestre das Espadas,
fez o mesmo dando um severo golpe que foi defendido por outro vulto.
Ruha que já pensava em conjurar um feitiço para neutralizar
Gothyl, desistiu quando no cenário da batalha surgira Yego.
De longe, o zhentarim atirava setas com sua besta. A maga bedine
viu e foi em sua direção. Um vulto se juntou a Yego
para lutar contra ela.
Tendo
dois oponentes para se preocupar, Gothyl invocou um mão gigante
e translúcida que a protegeu dos poderosos ataques de Galtan.
O cavaleiro se descuidou e recebeu um golpe por trás do vulto
que ele ignorou, mas agora voltou atrás e devolveu o golpe
não tendo sucesso. Storm, através de sua magia pediu
o auxílio de um ser do plano elemental e então surgiu
uma criatura feita da mistura de vegetal, pedra e terra. Ela, assim
que apareceu, foi de encontro a bruxa Gothyl. Magnus hesitou por
um momento ao tentar atingir Leevoth, pois o vulto estava cego naquele
momento, mas como aquilo era uma guerra e precisava ajudar seus
amigos, o paladino deu seu golpe que inusitadamente foi defendida
pelo vulto. Leevoth, apesar de cego não estava indefeso e
também atacou, ambos os guerreiros chocaram suas lâminas
entre si. Para melhorar a situação de seu grupo, Mikhail
os benzeu para que Mystra os protegesse, depois sacou seu martelo
preparando-se para os dois vultos que se recobravam naquele momento.
Kariel e Brian se saíam bem contra seus adversários,
pois estes últimos não suplantavam o conhecimento
deles na guerra. Ruha, obcecada em destruir Yego, conjurou um encantamento
que aumentou incrivelmente sua habilidade no combate. Ela sacou
sua adaga curva, a qual era conhecida por jambya por seu povo e
atacou o zhentarim que se esforçava ao máximo para
não ser ferido.
Gothyl,
percebendo que Storm não era uma pessoa comum, resolveu liquidá-la
imediatamente com um feitiço mortal, ela tentou transformá-la
em pedra com um pequeno raio que saiu de seu dedo. O raio foi até
a barda, mas sua força de vontade dela era muito poderosa
e o feitiço não fez efeito. O elemental se aproveitou
disso e agarrou a bruxa em um forte abraço. Storm ergueu
uma proteção mágica a si e foi em direção
a bruxa. As espadas de Magnus e Leevoth se chocavam resultado da
força que ambos aplicavam em suas armas. Porém o vulto
foi o primeiro a acertar e então feriu o paladino no braço.
Mikhail furiosamente atingiu com um potente golpe com seu martelo
que quase derrubou um de seus oponentes. Kariel e Brian mantinham
sua superioridade até que conseguiram eliminar seus rivais.
Após isso foram ajudar seus companheiros. Ruha, protegida
por um feitiço, não era atingida pelo vulto que estava
as suas costas. Ela se concentrava apenas em Yego, queria o miserável
morto até que finalmente um de seus ataques abriu a carne
dele fazendo gritar. Gothyl, para se livrar do elemental, disse
poucas palavras mágicas e surgiu flutuando a quinze metros
acima do cenário de combate. Surpreendendo a todos, ela conjurou
um poderosíssimo feitiço, parando o tempo ao seu redor.
Apenas Ruha continuava lutando, pois ela e Yego estavam muito afastados
e não estiveram sob o efeito do encantamento. Mas para a
infelicidade de Gothyl, Kariel, o dileto de Mystra, não foi
afetado pela magia, pois era uma das dádivas da deusa de
que ele ignorasse esse feitiço. Ele se teletransportou para
cima de Gothyl e caiu em direção a ela, ele visava
atingi-la com sua espada, mas não obteve êxito. Após
isso, a bruxa criou uma nuvem tóxica no lugar onde estavam
os aventureiros. O tempo voltara ao normal, e os combatentes, incluindo
alguns vultos que foram afligidos pela fumaça terrível
fazendo tossir bastante. Ignorando isso, Magnus, deu um forte golpe
na espada de Leevoth. O vulto não conseguiu fazê-la
voltar a tempo para defender o golpe seguinte do paladino e fora
atravessado na barriga. Leevoth colocou a mão no lugar atingido
e viu que tinha muito sangue. Tentou revidar o ataque, mas não
tinha mais forças e caiu desacordado. Um dos vultos que estava
lutando contra Mikhail se afastou e foi ajudar seu superior. Galtan,
depois de alguns balanços com sua espada fez em pedaços
seu adversário e foi ajudar seus companheiros. Storm conjurou
um encantamento que a fez voar e mais uma vez foi em direção
a Gothyl. Esta lançou um relâmpago em Kariel, mas o
dileto também era imune a este feitiço.
Afastados
dali lutavam Ruha contra Yego e um vulto que ajudava o zhentarim.
Como o ser de Obscura estava atrapalhando-a, Ruha lançou-lhe
um relâmpago que o matou instantaneamente. Yego tentava acertá-la
de alguma forma mas era inútil, "Ruha, espere! Não
fui eu que fiz nada daquilo! Foram outros!" disse ele implorando.
"Eu jamais vou acreditar nisso seu miserável!"
Ruha pegou-lhe pelos cabelos, inclinou seu rosto para cima, e antes
de dar o último golpe disse "Isso é por Ajaman,
Kadumi e Lander!!", e enfiou, de baixo para cima, sua jambya
na garganta do infeliz até que a ponta da adaga atingisse
seu cérebro. O zhentarim agonizou por algum tempo e depois
pereceu. Ruha o largou e ficou vendo o corpo sem vida de seu inimigo.
Gothyl
estava percebendo que ficara em desvantagem, então já
pretendia escapar dali como fizera antes. Mas desta vez ela não
contava com a persistente e famosa harpista e filha da antiga deusa
Mystra. Quando a bruxa ia começar a proferir as palavras
para acionar seu feitiço que a tiraria dali ela foi pega
por Storm Mão Argêntea. A barda, sabendo do intento
da bruxa, tapou-lhe a boca da famigerada e com seu braço
esquerdo deu um forte abraço nela. Gothyl ficou se debatendo
tentando sair daquela humilhante situação. Os demais
se ocuparam eliminando facilmente os vultos que restavam. Mas, por
um azar talvez, não conseguiram impedir que um dos vultos
conseguisse fugir com Leevoth que se encontrava inconsciente. O
vulto levou o corpo de seu mestre até uma sombra atrás
de uma parede e entrou nela como se ambos fossem uma energia negra.
Naquele instante, muitos pensamentos passaram pela mente de Gothyl,
de quando ela era apenas uma aprendiz até o dia que finalmente
conseguira realizar sua transformação em arqui-vulto.
Mas esta felicidade estava fadada a acabar, e ela terminou quando
Storm percebeu que não havia outra coisa a fazer senão
eliminar a bruxa, pois era uma ameaça muito grande para os
reinos. Ela entortou-lhe o pescoço até ouvir a espinha
se partir. Depois largou o corpo sem vida dela que permanecera flutuando
apesar de tudo. O combate terminara.
Com
receio de que pudesse haver mais alguma surpresa, o grupo ateou
fogo ao corpo de Gothyl que foi destruído pelas chamas. Enquanto
viam o corpo da arquimaga se queimar, um forte vento começou
a tomar conta do local vindo de um direção. Pensaram
eles ser mais algum inimigo. O vento se juntou e formou um pequeno
furacão. Acima dele uma face do tamanho de um corpo inteiro
surgiu, era uma mulher com grandes cabelos negros e ondulados, e
de incrível beleza. Todos sabiam de quem se tratava, com
exceção de Ruha que não tivera antes o mesmo
sonho que os aventureiros tiveram ao adentrar o deserto poucos dias
atrás. Eles sabiam que era El Ma'ra, a deusa de Anauroch.
Ela fitou os mortais e disse:
"Por
muitos anos esta antiga civilização incomodou os habitantes
do meu deserto. A ganância atraiu saqueadores de outras regiões.
Mas isso termina hoje. Assim deseja El Ma'ra." Após
isso a face da deusa desapareceu sutilmente e tudo ao redor começou
a desmoronar. Os aventureiros ficaram tensos, Kariel já se
preparava para realizar algum feitiço, mas um grande portal
surgiu à frente deles. Os heróis não pensaram
duas vezes e o adentraram. Surgiram na superfície onde se
encontrava o acampamento dos vultos. De lá viram a montanha
que acabaram de sair cair sobre si mesma, um legado de Netheril
se foi para sempre.
Depois
que a montanha foi demolida, atrás dela, há vários
metros, os aventureiros puderam enxergar enormes esferas brancas
depositadas nas areias do deserto. Pegaram os camelos e se dirigiram
para lá. Ao chegarem, viram algumas pedras enormes e brancas
perto de um pequeno lago. Alguns perceberam que na verdade aquilo
era gelo, eram imensos blocos de gelo que foram colocados ali e
estavam derretendo formando aquele pequeno lago. Em alguns instantes
Storm disse: "Agora percebo tudo! Os vultos pretendem tomar
Anauroch para si."
"Como
assim? Não entendo Storm." Perguntou Brian confuso.
"Os
vultos devem ter usado de feitiços para carregar estes blocos
de gelo do norte e trouxeram para cá a fim de tornar fértil
novamente o deserto de Anauroch. Antes, na época do Império
de Netheril, Anauroch não era um deserto. Então talvez
eles estejam querendo dominar esta região e depois as outras.
Vamos partir logo, temos que informar aos outros em Evereska."
E assim foram eles retornar a Yassur.
Omar
e os habitantes de Yassur ficaram tristes com a partida dos heróis
que os salvaram. Eles foram com os camelos e Ruha os acompanhou.
No caminho ela aproveitou para desculpar, "Eu gostaria de me
desculpar por minhas ações recentes. Eu não
queria de modo algum colocá-los em perigo, me perdoem, mas
era uma coisa que tinha de fazer."
"Não
é necessário se desculpar Ruha, entendemos que você
teve seus motivos." Disse Mikhail.
"Ruha,
eu entendo que além de harpista você é uma mulher
e tinha algo a fazer, mas tome cuidado da próxima vez."
Aconselhou Storm.
Ruha
ainda mencionou durante a viagem sobre a superstição
dos bedines em relação à magia. Que através
da possessão de seu corpo pela deusa Eldath, ela pode convencer
algumas tribos de que não eram poderes malignos. A viagem
durou apenas um dia, pois Ruha conhecia caminhos entre as montanhas
fazendo com que eles não precisassem passar por Zaartikan
novamente. A bedine se despediu e os aventureiros então retornaram
ao acampamento de Selenil, a druida elfa de Evereska que estava
ordenada a vigiar os arredores da cidade élfica e informar
de uma possível aproximação dos phaerimns.
Mikhail ficou aliviado ao ver Burgos, seu cavalo falante em segurança,
pois o clérigo tinha instruído seu animal a voltar
ao acampamento se eles demorassem muito no interior da caverna.
Deste
modo, eles voltaram dois dias depois para a cidade élfica
de Evereska.
Esta
história é uma descrição em teor literário
dos resumos de aventuras jogadas pelo grupo Comitiva da Fé
em Salvador sob o sistema de RPG Advanced Dungeons & Dragons.
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